sábado, 19 de fevereiro de 2011

minhas visões ficam embaçadas. _ Ele disse nervoso , parecia não acreditar no que dizia. _Não conseguir vê você. Sabe o risco que correu vindo aqui sozinha? _ Ele mudou de assunto.
_Espera! _ Fiz um sinal com as mãos para que ele parasse. _ Você não ver só o seu futuro?
Não entendia o porquê da minha presença o favorecer de algum jeito.
_ Eu não sei. _Ele pareceu confuso . _ Elas simplesmente acontecem e são curtas, mas desde que você apareceu elas me devoram e são duradoras e você sempre está nelas.
Ele parecia um bêbado argumentando para beber.
Confusão. Eu era culpada por ele está tendo mais visões e por serem em versão estendida?
_ Não entendo. Eu disse.
_ Você não pode ficar longe de mim Angélica. _ Ele pegou e minha mão.
_ Daniel _ minha voz saiu baixa.
O que estava acontecendo?
Me senti fraca, a mercê dele e de suas palavras. Ele se aproximou e me abraçou, fazendo meu corpo desabar sobre o dele. Ficamos um tempo assim, abraçados, não conseguia me separar dele.
_ Vamos para a casa. _ Eu disse finalmente me separando dele. _ Devem está preocupados.
_ Com certeza Katrine está, ela estava histérica quando sair.
Ele abriu a porta do companheiro do motorista para mim e em seguida ocupou o seu lugar. O jeito cavalheiro dele, me encantava.
Ao dá partida, olhei para a janela, evitando o contato com os olhos dele, sentir um arrepio. Não sei se foi bom ou um mal sinal.

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_ Obrigada por ajudar minha mãe. _ Ana agradeceu.
_ Não foi nada.
Havia outros feridos, nada de tão grave, a maioria estava desnutrido e desidratados. Estava contente de está em meio deles, em poder ajudá-los. Sabia pouco, mas para eles era o suficiente.
_ Ai está você!
Estava cuidando de um senhor que tinha um ferimento na testa, quando escutei a voz dele, a voz de Daniel.
Parecia um pai a procura de um filho, sua expressão de preocupação era misturada com alivio, mas depois subiu para a escala da raiva.
_ Você que se matar? Não pode sair sozinha._ Daniel disse quase gritando
O ignorei, cuidei do senhor tranquilamente sem me importar com a presença dele ali. Afinal o que ele estava pensando? Que podia mandar em mim?
_ Escute bem. _ Minhas mãos se apoiaram na cintura sem meu consentimento. _ Não sou prisioneira de vocês.
Ele não me deu atenção, estava ocupado com outra coisa. Ele me olhava, mas não para o meu rosto, lembrei-me da minha metade nua . Eu estava sem a blusa, com o meu sutiã a mostra.
Percebeu que eu havia percebido, ele arqueou uma das sobrancelhas e seus lábios se contorceram em um sorriso.
_ Ninguém disse que era.
O olhar indiferente reinou nele, minha antipatia com isso era notável.
Dei-lhe as costas e me despedi de Ana, Daniel com certeza me faria voltar com ele. Ele me observava, eu pensava em voltar depois para trazer algo.
Estava amanhecendo, os leves tons laranja dourado já havia tingindo céu, o orvalho caia manhosamente.
_ Vista isso.
Ele retirou seu casaco e o estendeu para mim.
_ Obrigada. _ Aceitei sem querer.
O vesti. Estava quentinho e o leve cheiro de madeira em flor invadia minhas narinas. O carro estava logo ali, depois das ruas apertadas, pelo menos devia está. As chaves estavam em meu bolso.
_ Não se preocupe , Córios o tirou daqui. Ele pirou quando não o encontrou na garagem._ Avisou Daniel.
_ Não sabia que era dele. _ Me desculpei. _ Tenho que trazer o meu para cá.
_ Pedirei para Lício trazer. Venha, meu caro está ali.
O caro dele estava mais à frente, era negro como sua moto e seus olhos. As pessoas a nós ver se escondiam, era assim . Ela tinham medo de nós, quanto como tinham dos decadentes.
_ Que fique bem claro Angélica, você não pode fazer o que quê quando quê. _Ele disse quando chegamos ao carro.
_ Não sou propriedade de vocês._ Disse eu o encarando.
Eu abominava a ideia de ser dependente de outra pessoa que não fosse eu.
_ Faço o que quero e quando quero. _ Rebati. _ Vocês não mandam em mim.
_ Você não pode. _Ele suspirou alto. _ Fico cego quando você está longe,
_ Vai me matar?_ Ela perguntou deixando mais lagrimas escaparem.
_ Não.
_ É uma daquelas coisas?
_ Não. _ Respondi novamente
Iria dizer que era um dos puros, mas eles também não tinham vez ali.
_ Só vim ajudar. _ Me aproximei um pouco dela._Está machucada?
O pavor evoluiu para surpresa, ela balançou a cabeça negando.
_ Porquê está chorando? O que faz aqui sozinha?
_ Minha mãe. _ A voz dela falhou.
_ O que tem a sua mãe? _ Me aproximei mais um pouco.
_ Ela está machucada, muito machucada.
_ Onde ela está? Eu posso ajudar.
Ela passou as mãos no rosto, o limpando e esfregou os olhos.
_ Está no armazém, junto com os outros.
_ Me leva até lá? Eu posso ajudá-la._ Estendi a mão para ela.
Ela sorriu sem jeito e pegou fracamente em minha mão. Abandonei o carro e fui andando com ela, também pelas ruas estreitas em que passávamos, carro não adiantaria. O nome dela era Ana e tinha dez anos, ela e sua mãe estavam refugiadas em um armazém junto com outras pessoas, era um abrigo para os que perderam tudo.
O lugar fedia a membros mutilados e mortes prematuras. O armazém era protegido por cortinas de plastico, a mãe dela estava junto com os outros o lugar estava repleto, cada canto abrigava uma pessoa .
Ela me levou até uma mulher que estava deitada sobre um velho cobertor listrado no chão. Ana lembrava ela, a mesma cor de cabelo, os mesmos olhos castanhos. Sua mãe não se assustou com a minha chegada, não tinha forças para isso.
Com febre ela tinha muitos cortes no braço, alguns já com o sangue coagulado. Em sua perna direita havia um corte profundo que ainda sangrava.
_ Pode conseguir um pouco de água limpa?
Ajoelhada em frente a mãe ela se levantou rapidamente e saiu correndo sem me responder. Eu precisava de um pano limpo para a limpeza dos ferimentos e para fazer o estancamento para a ferida na perna. Ela não podia perder mais sangue.
Em momento algum ela falou comigo , apenas me olhava com seus olhos fracos e eu não tive coragem de falar nada.
Ana chegou com uma pequena bacia com água e voltou a ficar ao lado da mãe.
Usei minha camiseta branca para fazer o curativo, a levei a boca a puxando violentamente, o pano não rasgou como é mostrado em alguns filmes, não dá pra acreditar em cenas assim. Minha mandíbula doeu com o esforço feito.
Rasguei dificilmente com as mãos e amarrei forte o ferimento da perna depois que o limpei. Limpei sua face cansada, ela sorriu como agradecimento.
Fiquei feliz, era satisfatório poder ajudar.
Me livrei da roupa, da joia e desabei na cama. Precisava ficar parada, tinha exigido muito do meu corpo. A queimação d da marca havia contaminado outras partes. Sentia meus nervos beliscarem de tanto serem contraídos, eu merecia dias e noites de sono, era injusto não conseguir fazer minha terapia e nem dormi naturalmente.
Minha mente estava deserta, meu rosto devia contém um olhar vazio, meus lábios trancados sem foma. Era estranho não pensar em nada, me esforcei para algo aparecer.
Sentir meu corpo trabalhando. Meus pulmões se expandirem e se contraírem dentro da minha caixa torácica , meu coração batendo. Tive saudades de casa, da faculdade, do restaurante.
Como estaria tudo por lá? Eu esperava que bem.
Fraguei me pensando no futuro , talvez quando tudo terminar eu possa voltar e começar de onde parei.
Olhei para o relógio, indicava ser o inicio do outro dia. Se eu tivesse observado antes talvez achasse que já havia passado um bom tempo. Me fez cair em mim.
Liberta do estagio de nostalgia, vesti uma roupa qualquer e desci decidida a fazer algo que preenchesse o tempo. A sala estava vazia o que me poupava olhares e perguntas. Os gladiadores deviam ter ido embora e os outros descansado.
Sem querer entrei na sala de armas. Armas sagradas, armas de fogo, todas piamente organizadas. Peguei uma arma já carregada e coloquei entre a calça a tampando com a blusa. Não foi a única , peguei também uma das armas dourada , a coloquei dentro da blusa no sutiã a prendendo.
Não teria problema nenhum se eu desse uma volta pela cidade e voltasse antes que eles acordassem. Seria rápido já que estava quase amanhecendo.
Desde que cheguei ao novo mundo fiquei presa ali, rodeando apenas os limites deles.
Peguei emprestado um carro prata, um Corrolla, o grande portão rangeu timidamente. O carro era silencioso e rápido, eu dirigia devagar.
Lugares abandonados, na maioria grandes e chamativas construções, na porta delas pessoas largadas de aparências dignas de pena.
Faces sujas , cabelos maltratados e embolados de qualquer jeito ,muitos com a doença estampada e com o desespero rindo. Sentia-me mal por isso, mal por eles, um pouco assustada, um pouco culpada.
Como era possível, uma cidade está assim?
Meus olhos avistaram uma garotinha. Ela estava debaixo de um alpendre com as mãos ao redor do corpo a protegendo, sua cabeça estava entre as pernas. Lembrei de Katrine e sua trajetória. Parei o carro e desci.
Ela não notou minha presença e pelas fungadas estava chorando. Estava com uma calça já rasgando e um casaco grande sujo, seus cabelos marrons desciam sobre ele.
_ Olá! _ Chamei sua atenção.
Ela levantou a cabeça rapidamente, seu olhar continha pavor, as lágrimas que escorriam de olhos vermelhos e inchados provavam que aquelas lagrimas não eram únicas.
O que havíamos descartado estava acontecendo. Descobertos e encurralados, não iriamos dá conta de todos, a grande porta estava bloqueada por guardas. Não iria ser tão fácil escapar.
Com um aceno de cabeça o autor daquilo tudo mudou a situação. Com o aceno de Galápagos Pandora nos revelou verdadeiramente os fazendo se aproximar, nada carinhosos . O chão começou a tremer , desequilibrando tudo e todos.
O tremor crescia fazendo rachaduras brotarem. Foi a distração perfeita para fugimos.
_ Porquê não soterrá-los agora? _ Pandora perguntou empolgada.
_ Isso exige tempo e isso é uma coisa que nos falta._ Respondeu Galápagos.
Como escalado por Karmos fugimos pela mata, seguimos uma trilha que nos levou ao encontro dos carros.
Voltamos para a casa com o plano perfeito arruinado. Galápagos e os seus vieram conosco para casa de Karmos. Estava envergonhado, era propicio ao momento.
Todos apostavam que fosse Daniel a estragar tudo e quase foi mesmo, mas acabou dividida entre mim e Galápagos. Cinquenta por cento pra cada.
Reunidos na sala, todos os classificados “Puros” em um silêncio cortante.
Minha cabeça estava deitada sobre o colo de Katrine, ela à acariciava me acalmando. Como Calixto sabia? Como os outros eu não tinha o minimo de presença e o vestido escondia bem a minha marca. A menos que ele tivesse sentindo a minha dor. Será que era isso?
_ Nada a dizer? _ Perguntou Daniel. _ Se fosse eu, estariam decidindo o lugar onde me exalariam.
Ninguém respondeu, Galápagos não gostou do que ouviu, mas não disse nada. Daniel estava certo e ele sabia.
_ A culpa não foi só dele. _ Kaia interveio._ Angélica também foi conhecida.
Olhares caíram sobre mim, notei a expressão de satisfação dela.
_ Diz isso por implicância, todos sabem que você não gosta dela por causa de Daniel.
A expressão dela não mudou, mesmo sabendo que Katrine estava certa.
_ Teria realmente sido eu, se ela não tivesse me ajudado.
_ Claro. _ Ela disse irônica. _ Arrumou um bom jeito de ajudá-lo.
_ Vamos parar com isso. _ Disse Karmos. _ Acusações não iram nos levar a nada, o importante é que estamos bem.
Fui para meu quarto sem dizer nada, aquilo tudo me deixou cansada. Não era o que eu precisava para dormir, mas era o suficiente para pedi pausa para reposição.
_ Devo dize que está o liderando. Isso é bom? _ Ele perguntou.
_ È? _ Respondi com outra pergunta.
_ Para mim sim.
Não ouve mais pergunta ou declarações, fui apenas uma marionete em suas mãos.
_ Incrível. _ Ele disse quando a melodia terminou.
_ Foi uma boa dança. _ Mentir.
_ Não falo disso. Refiro-me a outra coisa.
Meu coração parou. No que ele estava falando?
_ O que seria?_ Me olhos já varriam o salão em busca de ajuda.
_ Como está suportando?
_ O quê?_ Meus olhos pararam.
_ A dor.. _ Ele cantou.
Ele sabia. Mas como ele sabia?
_ Não sei do que está falando.
_ Acho que sabe sim. _ Ele pousou a mão na marca. Gemi de dor.
Como se fosse uma miragem, vi Daniel se aproximar. Quando realmente apareceu Calixto me entregou a ele e saiu com seus grandes lábios contraído em sorriso.
_ Ele sabe. _ Eu disse apavorada
_ O quê? _ Daniel perguntou perdido.
_ Da marca, da dor. _ Balbuciei.
_ Temos que sair daqui. _ Ele disse me arrastando. _ Reconheceram Galápagos.
Juntamo-nos aos outros, estávamos preparando para fugir quando Baronesa, a alimentadora nos anunciou.
_ Como agradecimento pela maravilhosa comemoração, nós lhe damos os puros. _ Ela nos indicou.
Todos se voltaram a nós, nos encurralando. Estávamos perdidos
_ Vamos fugir?_ Perguntou Katrine.
_ Se quiser ficar, fique a vontade. _ Disse Licio.
_ A pergunta certa é pra onde. _ Reclamou Daniel.

14.Saideira

Só tive consciência do meu ato quando ele correspondeu.
Seus lábios receberam os meus bem, não ouve precipitações ou violações, foi terno, gentil. Suas mãos enlaçadas em minha cintura me envolveram em um abraço. Esqueci-me das pessoas ali, do lugar em si. Só havia eu e ele, nada mais.
Imaginei o quanto de distração seria necessário, logo nossos pulmões queimariam em busca de ar.
Meus lábios deixaram os deles relutantes, quando ele abriu os olhos fiquei feliz em ver a escuridão neles, em seguida fiquei envergonhada.
_ Obrigado. _Ele disse nos fazendo voltar a dançar.
_ Mais um salvamento e estamos quites. _ Falei olhando para além dele.
_ Ou não._ Ele soltou.
Não acreditava que eu havia feito aquilo. Apesar de ter sido algo para o bem de todos me traria problemas, Kaia era o nome de todos eles, mas o que eu realmente temia era ter gostado do salvamento.
_ Cavalheiro. _ Alguém chamou. A voz era do tipo que se exigia de um locutor de rádio.
Paramos de dançar, Daniel apertou minha mão a ver quem era.
Um dos lideres estava ali a nossa frente.
Calixto o invocador. Ele não era tão grande como eu havia julgado, seu traje que o fantasiava assim. Sua pele era de um bronzeado falho, sem vida. Sua face aparentava de um homem bem sucedido, um pouco esticada com a boca grande na largura e seus olhos me lembravam os de Anita, mas o cinza dele era como a noite coberta por nevoa.
_ Me daria à honra de dançar com sua dama?
_ Claro, senhor. _ Daniel disse o reverenciando.
Colocou minha mão sobre a dele já aberta e saiu me dando um olhar de cuidado. Minha marca queimava com vontade, parecia afundar na minha carne. Parecia gritar: _ “Não entendeu que isso significa perigo?”
O reverenciei, ele sorriu.
_ Não sabia que aqui havia tantas belas damas.
_ Estou nesse grupo?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

_ Eles só vão fazer contato na hora do banquete. _ Disse Galápagos me fazendo voltar a dançar.
_ Já ficou tempo demais. _ Daniel nos interrompeu.
Galápagos rodou os olhos.
_ Tempo demais ela estaria a sua espera. _ Ele lembrou Daniel. _
Ele me olhou com olhos sem sombra de arrependimento.
_ Tudo bem Galápagos. Obrigada pela dança. _ Sorrir o descartando.
Ele sorriu, beijando minha mão e saiu nos deixando.
_ Confesse. Foi extremamente tedioso está com ele.
Ele pegou em minha mão e me puxou fazendo meu corpo se chocar com o dele. Seu olha era o velho indiferente.
_ Não. Foi agradável. _ Tentei me afastar, sua mão prendia fortemente minha cintura. _ Sabe, devia ser como ele. Ele não me obrigou a dançar, pediu gentilmente.
O empurrei fracamente, como se fosse conseguir escapar. Ele se aproximou, sua face roçou o lado direito da minha.
_ Dança comigo. _ Ele sussurrou.
Não ouve palavras, meu coração batia descompassado, me sentir boba. Palavras raramente me tocavam, e eu não sabia porquê meu corpo não estava obedecendo minha ordem. Um bom tapa na cara , era isso que ele merecia por me fazer sua marionete. Invés disso estávamos dançando um clarão surpresa nasceu em seus olhos, não era um bom sinal. Iria acontecer, ele iria ter uma visão, isso significava um mar de problemas para nós. O lugar está transbordando de decadentes. Eles brilharam de novo, vi o desespero crescer. Ele tirou a mascara com violência, esfregando os olhos e em seguida o fechando.
_ Abra os olhos Daniel.
_ Não dá, se eu abrir, aquilo vai acontecer. Tenho que me manter ocupado.
A mulher do casal a nossa direita o olhou o reparando.
Ele iria nos revelar, eu tinha que fazer alguma coisa. Mas o que?
Me apeguei a primeira ideia que meu cérebro me apresentou para mantê-lo ocupado.
O beijei.
Ignorei sua brincadeira e bebi do vinho, que era bem adocicado. Enquanto eu bebia ele me observava.
_ Pela primeira vez, concordo em algo com Galápagos.
_ Em que?
_ Você está belíssima. _ Ele disse olhando em meus olhos.
Me sentir feliz, me fez esquecer da queimação em meu ombro.
_ Obrigada. _ O agradecimento saiu baixo.
A orquestra mudou a melodia e uma voz num tom soprano agudo a invadiu.
_ Com licença bela dama. _ Galápagos se abaixou perto de minha cadeira. _ Me daria a graça de tira - lá para dançar? _ Ele estendeu a mão.
Olhei para automaticamente para Daniel, ele estava concentrado na mesa ao lado que por coincidência estava Kaia. Isso me deixou com raiva, se ele estava ali na espreita com Kaia não haveria problema se eu dançasse com Galápagos.
_ Claro! _ Coloquei minha mão sobre a dele e lancei um sorriso.
Nos juntamos com os outros casais que giravam no salão. Ele pegou gentilmente em minha mão a levantando e enlaçou minha cintura me trazendo gentilmente para perto dele.
_ Daniel não ficará bravo conosco ?
_ Ele é meu parceiro, não meu dono.
De onde estávamos dava para ver minha mesa, Daniel estava lá olhando em direção a minha cadeira vazia. Um sorriso sem querer saiu brotando em meus lábios.
_ Bela festa não é? Pena que seja para esses malditos.
_ Sim. _ Concordei. _ É sempre assim?
_ O quê? _ Ele perguntou.
_ Toda vez que soltam demônios eles comemoram?
_ Nem sempre. Em algumas vezes uma coisa mais intima entre os três. _ Explicou.
A música cessou e com obediência todos pararam e ficaram em silêncio . As luzes se focaram no topo das escadas, era a hora dos três líderes aparecerem.
Provavelmente ensaiado apareceram harmonizável os três. Dois homens e uma mulher, sem máscaras. Todos o reverenciaram enquanto eles nos olhavam na certa a procura de inimigos.
_São eles a raiz dos problemas. _ Galápagos disse num tom raivoso.
Continuei a os olhar. O homem da primeira escada era grande com o cabelo negro um pouco longo. A mulher que estava na escada central possuía o cabelo vermelho como fogo e usava um vestido preto. O outro homem era careca e um pouco menor que o primeiro, sua aparência era estranha.
_ Calisto, Baronesa e Ivan. _ Disse Galápagos os nomes deles em ordem.
Minha marca que ainda queimava, agora queimava ainda mais.
_ O invocador, a alimentadora e o guarda.
Tudo se esclareceu. Os demônios apareciam por ordem, um chamado, mais não era só isso, encarnados eles tinham que se alimentar e sem atingir um grau de maturidade corporal eles tinham que ser alimentados e protegidos.
Fizeram uma pequena reverência a nós e com um gesto do invocador Calixto tudo voltou ao normal. A musica, o canto, a dança.
O plano B não era engenhoso e todos sabiam que dependeria da sorte. Desarmados, a sorte era a única que podíamos contar. Eu pensava em como iria resistir a queimação que vinha do meu ombro originada pela marca.
Os guardas pegaram e avaliaram nossos convites, cópias perfeitas, os rasgaram e nos deram passagem. Caminhando pelo jardim, víamos uma grande casa de estilo medieval, parecia um daqueles castelos antigos. Havia outras pessoas juntamente conosco que conversavam e riam alto com taças nas mãos.
Daniel caminhava elegantemente, atraia olhares de muitos ali, principalmente femininos. Me senti com sorte e julguei esse pensamento como “ sem sentido “.
A frente estava Galápagos com Pandora ao seu lado, sua expressão não foi uma das melhores quando viu Daniel, creio que ele não esperava vê-lo.
_ Você veio, Daniel. _ Ele disse o reparando. Galápagos trajara um terno branco com uma gravata vermelha, calça preta e seus cabelos prateados estavam bem penteados.
_ Para a sua alegria. _ Daniel retrucou.
Galápagos o ignorou e dirigiu sua atenção a mim e como fez com Daniel ele me avaliou e pelo sorriso de canto, gostou do que viu.
_ Esta belíssima, querida Angélica. _ Ele disse puxando minha mão para seus lábios.
Agradeci com um sorriso.
_ Espero ter a oportunidade de tira - lá para dançar, antes de precisarmos0 fugir. _ Seu olhar atacou Daniel.
_ Se o parceiro dela deixar. _ Daniel sorriu. _ Tente na próxima vez. _ Ele disse me encaminhando para dentro.
Dentro do casarão uma decoração magnífica. Um extenso tapete vermelho que vinha afinando até a porta. Devia ser das escadas que surgiria os líderes.
Uma suave orquestra regia uma bela melodia. Havia dançarinos, bailarinos que se expressavam gloriosamente, garçons bem vestidos e bonitos, trapezistas e equilibristas que distraiam as pessoas. Todos mascarados como ordenado.
Era tudo incrível, irreal, aparentava normal, um sonho perfeito.
_ Nunca acredite de imediato no que ver. _ Sussurrou Daniel.
Me tirou do transe, eu estava absorvida naquela maravilha que não tinha nada de má, nada de perigoso.
Ele me levou para uma das mesas douradas com cadeiras almofadas muito confortável. Ele puxou uma cadeira para mim e em seguida foi se sentar a minha frente, sorrir em forma de agradecimento.
Em um gesto ingênuo ele retirou a cartola e balançou sua vasta cabeleira negra a deixando desalinhada. Foi o movimento mais sexy que presenciei. Em seguida ele colocou a máscara e fez com um gesto que eu colocasse a minha.
Seguidamente um garçom veio nos servi, uma taça de vidro grosso contendo vinho, podia ser de cristal.
_ Não beba ainda. _ Ele pediu. Deu um gole degustando o vinho e o engoliu. _ Pode beber ele autorizou. _ Mas por favor, não vá ficar bêbada.
_ Tem sorte. _ Daniel disse se colocando á minha frente.
Ele viu o desentendimento em minha face.
_ Estou te salvando novamente. _ Continuou ele.
Ele gostava de falar isso, que estava me salvando.
_ Não vejo nenhum demônio. _ Olhei para os lados.
_ É porque Galápagos é um pouco lento.
_ Dá pra ver o quanto você é eficiente. _ Disse saindo de sua frente.
_ Não vai gostar de está com ele . _ Ele disse se colocando entre mim novamente. _ E sabe disso..
_ Não sei se sei isso. _ Sorrir. _ Me viu entediada com ele?
_ Não. _ Sua expressão era de alguém desapontado. _ A vi comigo. _ E sua expressão mudou para sacrifício.
_ O cordeiro para o sacrifício. _ Rir da cara dele. _ Me salvando você pode condenar os outros.
O olhar que me atacou seguidamente era o mesmo que havia atacado Galápagos na reunião.
_ Gosto de coisas difíceis. _Ele estendeu o braço.
Queria não pegar, já podia sentir o ador da raiva de Kaia, ela ficaria sozinha.
_ E Kaia? _ Perguntei a olhando discretamente.
_ Gabriel estará com ela.
Ele continuou com o braço estendido.
_ Quando decidirem, nos avisem. _ Disse Córius me lembrando que não estávamos só.
Sentir meu rosto queimando, passei o braço pelo o de Daniel, aceitando-o.
_ Até que fim. _ Suspirou ele. _ Vamos pessoal nossa carona chegou.
Duas limousines brancas nos esperavam, quatro casais em cada uma. Ficamos junto com Anita e Karmos que conversavam pelo pouco de atenção que dei a única coisa que entendi foi algo relacionado a Gabriel.
Eu estava quieta num canto e Daniel em outro, não nos falávamos, os dois com medo da aproximação. Por quê sim eu estava com medo dele se aproximar e eu perder o controle. Perto dele eu ficava incerta.
Um pouco de preocupação me perturbava, nossas presenças estavam completamente invisíveis, fingíamos ser pessoas normais e isso requereu trabalho.
Tivemos que fazer nossos dons adormecerem, os psíquicos foram guardados no fundo da cabeça, Córius chegou a reclamar de dor de cabeça. Os chamados “ Espirituais “ foram trancados a sete chaves e os físicos chamados “ Carnais” como o de Delies, não deram muito trabalhos.
Mas o grande X era Daniel, ele não podia dominar seu dom. A grande interrogação em minha cabeça era como Karmos havia permitido a presença dele ali? Pra mim soava como irresponsabilidade.
Os carros pararão um atrás do outro em frente a uma grande entrada com guardas grandes que dava, sorrisos aterrorizantes ao convidados.
_ Se algo dê errado fugiremos pela mata do parque, eu e Daniel, conhecemos bem essa área.

13. O baile

Quem não arrisca não petisca.

Daniel acreditava fielmente nisso. Lá estava ele trajando um terno negro, com o que parecia ser uma bengala que possuía um cristal na ponta, usando uma cartola. Apoiado no corrimão da escada ele mantinha seu olhar padrão, o velho tão usado distante.
Eu tinha três palavras sinceras para ele : Arrogante, sexy, e incrível. Nessa ordem.
Os demais também estavam bem vestidos, mas ninguém se igualava a ele, pela primeira vez o olhei com outros olhos e talvez eu tenha me sentido como Kaia ao vê-lo.
Como as outras fui elogiada ao descer, vestidos cintilantes e chamativos cobriam e valorizava nosso corpo.
Anita usava um vestido preto com algumas pedras transparentes, a saia de seu vestido parecia uma flor a desabrochar e com ele usava uma sandália baixa de fitas negras.
O vestido de Katrine era prata e longo. Colado em seu corpo ele tinha uma linda calda. Além do vestido ela usava luvas brancas também longas. O cabelo preso em um rabo de cavalo alto com uma mecha solta de propósito à frente de seus olhos enrolada. Pelo olhar de Córius ela estava perfeita.
Como se fosse armadilha do destino ou algum tipo de brincadeira de mal gosto eu e Kaia usávamos a mesma cor. Vermelho.
Seu vestido era como o de Katrine longo e colado, nas costas dele havia um dragão verde, notava-se que era oriental. Os cabelos presos perfeitamente em um coque com dois palitos dourados os atravessando em harmonia. Com sua máscara em uma das mãos, aguardando com os outros.
Como eu não tinha esse estilo de roupa, ou qualquer parecida Katrine me emprestou uma das suas. Vermelho Vivo, o vestido tinha como base um espartilho e um volume que achei desnecessário . Era como um vestido antigo. No começo eu mal pude respirar, parecia que meus pulmões estavam sendo exprimidos.
Favoreceu meus seios normais e pela primeira vez pude usar meu colar com crucifixo que possuía como pedra central um rubi, que ganhei da minha tia.
O vestido era bem volumoso atrás e sua frente era curta, um pouco acima do joelho, sandálias traçadas cobriam a nudez dos meus pés. Meus leves cabelos com seus cachos prematuros caiam sobre meus ombros, meu rosto com uma maquiagem básica e clara se mantinha.
Karmos prendeu o seu braço ao de Anita o que me deixou um pouco triste, gostaria de ser acompanhante dele. Eu ficaria sobrando, já que Lício preferiria a companhia de Marine.
Me desapontamento foi visível, eu tentava não olhar para eles, talvez invés de sozinha eu ficasse com Galápagos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Anita pediu desculpa novamente e saiu com ele. Mais tarde Galápagos distribuiu convites, falsificados é claro.
Era algo difícil e perigoso, por isso havia nos colocado no meio, sabia que só os gladiadores não dariam conta, eram apenas cinco. Apesar de mesmo juntos sermos pouco, doze exatamente.
Ele estava certo sobre Daniel. Esta riamos no território do inimigo, um passo em falso e todos nos esta vamos condenados. Apesar da implicância ele estava certo.

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Um animal preso em uma caixa de vidro sendo observado, era assim que me sentia . Cada olhar uma curiosidade.
_ Angélica. _A voz de Anita veio fraca e insegura, pegando eu e Katrine de surpresa.
Não disse nada, apenas a olhei, estava com seu primo Delies ao lado.
_ Esse é Delies , meu primo. _ Ela o apresentou.
Ele balançou a cabeça em um cumprimento.
_ Ele queria falar com você. _ Ela terminou.
Ele se sentou a minha frente, não conseguir não olhar em seus olhos. Havia veias grossas ao lado deles, me davam calafrios. Vistas tão de perto eram horrendas.
_ Não acreditei que você fosse verdade. _Ele disse.
_ Porquê não? _ Perguntei olhando para baixo.
_ Não achei que fosse possível, eu imaginava qualquer coisa, menos a reencarnação de um anjo._ Ele disse me analisando. _ Zafiriel. _ Ele terminou.
_ Meu nome é Angélica. _ Me defendi. _ E eu tenho a minha própria vida.
_ Não me leve a mal, não quis ofendê-la. _Ele disse sem se importar. _ Mas é que você é algo que não tem explicação. Tão incerta e duvidosa.
_ Deixa ela em paz._ Foi a vez de Katrine me defender.
_ Perturbo? _ Ele me perguntou.
_ Se continuar a fazer comparações,sim.
_ Não são comparações, são apenas pontos de vista.
_ Já ouvi demais por hoje.
_ A deixe em paz. _ Dessa vez foi Anita que disse._ Perdoe meu primo, ás vezes ele é inconveniente.
_ Acontece. _ Soltei.
Ele sorriu e estendeu a mão para mim, que de encontro a minha fez uma pressão maior que o necessário.
_ Espero algum dia poder ter um amistoso com você.
_ Quem sabe?_ Dei os ombros e ele soltou minha mão.
_ Isso porque o conheceu agora. _ Ela fez uma observação. _ Vim te por a par das coisas. _ Ela anunciou antes de começar a cochichar. _ Nossa querida Anita é apaixonada por Gabriel . _Ela apontou discretamente para ele. _ E seu primo Delies por ela.
Como disse alguém, primo não é parente e presente. E como o esperado ela continuou apontando os possíveis casais ali.
Licio gostava de Marine, Pandora de Delies, Gabriel possuía um amor fulminante por Kaia , que amava Daniel, que não a correspondia.
_ E porquê todos eles não ficam juntos?
_ Anita é tímida demais para se declarar, ficar vermelha até de vê-lo. Delies já se declarou á Anita o que fez Pandora se manter distante. _ Explicou ela como se fosse uma professora explicando uma matéria nova. _ Licio e Marine já ficaram juntos, mas Marine o acha muito incerto.
_ Será que Gabriel tem mesmo uma queda por Kaia?_ Perguntei.
_ Queda?Ele tem o tombo inteiro. _ Ela respondeu divertida. _ Mas conhece o interesse dela pelo nosso Daniel.
_ A. _ Finalizei. _ Mas Daniel nunca gostou de ninguém?
Katrine nunca soube de nada desde a época que entrou no clã, mas o que parecia e que ele era do tipo “lobo solitário”. Ele e suas visões, não havia espaço para mais nada.
_ Mas talvez isso mude. _ Ela me olhou com um sorriso sapeca.
_ Porque? Não disse que ele gosta de Kaia como irmã?
_ E quem disse que estou falando dela? _Ela fez uma leve careta. _ Ela não tem salvação.
Eu sabia que não era ela, ela via algo que me tinha como alvo.
_ Quem sabe agora com uma purificadora entre nós o velho espirito do lobo não é exorcizado. _ Ela brincou.
_ Sou a favor dos animais . _ Descartei sua ideia.
Daniel mal falava comigo e quando isso acontecia era relativo ao trabalho. Sempre me perseguia com seu olhar indiferente e com seu sacarmos.
Era Galápagos, o bom conselheiro.
_ Espero não ter passado uma má imagem na reunião.
_ Não fiz um pré-julgamento. _ Sorrir sem querer.
_ Sei que não. _ Ele pareceu satisfeito.
_ Você ler mentes ou emoções?
Ele riu. E não havia sido uma piada.
_ Infelizmente não. Apenas tenho a capacidade de rastrear qualquer um que tenha um dom, qual é, e o seu desenvolvimento. _Ele disse orgulhoso.
_ Um rastreador. _ pensei alto. _ Qualquer um?
_ Até agora sim, tenho deficiência em alguns dons espirituais.
_ Ver o futuro é uma de sua deficiência?
Ele me olhou surpreso talvez esse fosse o motivo da pressão em cima de Daniel.
_ Faz parte dela. _ ele disse nada satisfeito. _ Dons espirituais não pertencem a carne ou a mente, por isso são mais difíceis _ O que faz?
_ O que todos sabem.
_ E o que sabem?
_ Me diz você. _ Rebati.
_ Possui poderes espirituais, assim como os irmãos Monte Negro. Os seus ainda são mais fortes, não consigo nem mesmo senti uma ponta deles. _ Ele recitou. _ Dizem que só você consegue fazer aqueles degenerados voltarem ao normal e purificar seus espíritos. Gostaria de vê-la em ação.
_ Se Daniel for ao baile, talvez possa. _ Brinquei.
Por sua expressão ele não gostou. Ele deu os ombros, me deixando sozinha novamente. Definitivamente Galápagos era bonito, atraente e até gentil, mas parava por ai.
Me surpreendi com o olhar de Daniel depois que Galápagos me deixou em paz. Talvez ele tenha nos observado ou era apenas aquele momento, um olhar vago que só desapareceu quando Katrine se jogou ao meu lado me abraçando.
_ O que achou deles? _ Ela perguntou
_ Ainda não tive a oportunidade de conhecer todos. _ Falei como se realmente quisesse. _ Mas Galápagos é bastante hostil.
_ Você não deveria ir Daniel. _ Disse Galápagos quando terminou de explicar seu plano.
_ E porquê não? _ Daniel perguntou cruzando os braços em cima do peito com um olhar desafiador.
_ Dentre nós você é o único que não consegue controlar seu dom. _ Ou será que pode estimular um horário para suas visões.
A antipatia do Daniel para com Galápagos fluía pela sua nova expressão, a raiva flamejava. Galápagos havia tocado em sua parte sensível.
_ Mas claro, isso apenas é um conselho. _ Galápagos finalizou irônico.
_ Fique calmo Daniel. _ Karmos colocou a mão no ombro dele. Compulsão.
Demorou para que ele a retirasse sua mão sobre Daniel, Daniel era realmente um cara difícil.
_ Não preciso de seus conselhos, afinal de contas não pertenço ao seu clã. _ Respondeu Daniel com um sorriso cínico.
_ Estou apenas preocupado com seu bem estar e o de todos. _ Desculpou-se Galápagos.
_ Eu cuido dos meus. _ Interveio Karmos.
Depois da reunião não formos embora, o pessoal ficou matando saudade, quase não tinham contato. Apesar de ambos os grupos fazerem a mesma coisa e ter o mesmo objetivo havia brechas da falha concorrência.
Disputas e gênios que não eram compreendidos, como os de Daniel e Galápagos.
Córius estava com sua irmã, Katrine e Lício que pareciam bem interessados na conversa. Anita com seu primo, Karmos com Galápagos e Daniel estava com a transforme que falava com Gabriel e Pandora.
De certa forma que fique sozinha, excluída.
_ Anjo de fogo.
Incomodaram minha solidão.
_ Angélica Trindade. _ Corrigir.

12. Gladiadores

Um grande casarão cinzento e bem guardado por cães, uma verdadeira fortaleza,como a nossa. Assim era a residencia das Gladiadores, era assim que o grupo gostava de ser chamado.
Dentro tão atraente quando a casa de Karmos, uma sala com grandes cadeiras confortáveis mesa prateada e mais nenhuma especialidade. No total eram cinco, duas mulheres e três homens.
Pandora tinha lindos cabelos cor de terra e grandes olhos da mesma cor, alta de pele morena como Kaia tinha o rosto fino. Segundo Katrine ela podia controlar o elemento terra.
Gabriel o loiro fosco que possuía os cabelos enrolados como os de um anjinho tinha olhos azuis mar, era o mais novo deles e seu dom era criar pequenas fontes de luz.
Delies era primo de Anita e como ela possuía os olhos cinzas como os de Anita, cabelos castanhos longos, ele podia enxergar fontes de calor. Podia dizer o grau da temperatura de qualquer ambiente e de qualquer ser.
Marine a irmã de Córius possuía o dom da sabedoria, ela aprendia qualquer coisa em questão de segundos. Sua mente capitava tudo. Era como Córius, seu cabelo era preto e seus olhos dá cor dos deles, duas grandes esmeraldas.
E como se fosse lei eles tinham um líder bonito. Galápagos era o nome dele e era uma raridade.
Seus cabelos era prateados, eu nunca imaginei algo assim. Seus olhos eram da cor do mel, alto, seu corpo era magro, mas forte com suas definições. E com certeza suas roupas eram feitas especialmente para ele.
_ Sejam bem vindos!_ Ele disse pegando na mão de Karmos.
Pareciam ser amigos, eles nos olhavam, me olhavam para ser mais exata.
_ Você é um anjo?_ Galápagos perguntou beijando minha mão.
_ As vezes._ Respondi.
Ele riu e nos fez sentar juntamente com os seus. Tudo se tratava de um plano. Ele fez algumas observações e começou a contar sobre o plano para invadi a cerimônia de pré invocação dos lideres decadentes.
Teria um baile, uma festa onde comemorariam a chegada dos três a cidade, onde decidiriam os próximos a serem invocados. O plano era nos infiltrar entre eles e descobrir o que viria .
Estaríamos ao meio deles festejando a destruição. Nossa presença teria que desaparecer, ao contrario seriamos massacrados. O baile aconteceria no grande parque o qual eu desconhecia.