_ Obrigada por ajudar minha mãe. _ Ana agradeceu.
_ Não foi nada.
Havia outros feridos, nada de tão grave, a maioria estava desnutrido e desidratados. Estava contente de está em meio deles, em poder ajudá-los. Sabia pouco, mas para eles era o suficiente.
_ Ai está você!
Estava cuidando de um senhor que tinha um ferimento na testa, quando escutei a voz dele, a voz de Daniel.
Parecia um pai a procura de um filho, sua expressão de preocupação era misturada com alivio, mas depois subiu para a escala da raiva.
_ Você que se matar? Não pode sair sozinha._ Daniel disse quase gritando
O ignorei, cuidei do senhor tranquilamente sem me importar com a presença dele ali. Afinal o que ele estava pensando? Que podia mandar em mim?
_ Escute bem. _ Minhas mãos se apoiaram na cintura sem meu consentimento. _ Não sou prisioneira de vocês.
Ele não me deu atenção, estava ocupado com outra coisa. Ele me olhava, mas não para o meu rosto, lembrei-me da minha metade nua . Eu estava sem a blusa, com o meu sutiã a mostra.
Percebeu que eu havia percebido, ele arqueou uma das sobrancelhas e seus lábios se contorceram em um sorriso.
_ Ninguém disse que era.
O olhar indiferente reinou nele, minha antipatia com isso era notável.
Dei-lhe as costas e me despedi de Ana, Daniel com certeza me faria voltar com ele. Ele me observava, eu pensava em voltar depois para trazer algo.
Estava amanhecendo, os leves tons laranja dourado já havia tingindo céu, o orvalho caia manhosamente.
_ Vista isso.
Ele retirou seu casaco e o estendeu para mim.
_ Obrigada. _ Aceitei sem querer.
O vesti. Estava quentinho e o leve cheiro de madeira em flor invadia minhas narinas. O carro estava logo ali, depois das ruas apertadas, pelo menos devia está. As chaves estavam em meu bolso.
_ Não se preocupe , Córios o tirou daqui. Ele pirou quando não o encontrou na garagem._ Avisou Daniel.
_ Não sabia que era dele. _ Me desculpei. _ Tenho que trazer o meu para cá.
_ Pedirei para Lício trazer. Venha, meu caro está ali.
O caro dele estava mais à frente, era negro como sua moto e seus olhos. As pessoas a nós ver se escondiam, era assim . Ela tinham medo de nós, quanto como tinham dos decadentes.
_ Que fique bem claro Angélica, você não pode fazer o que quê quando quê. _Ele disse quando chegamos ao carro.
_ Não sou propriedade de vocês._ Disse eu o encarando.
Eu abominava a ideia de ser dependente de outra pessoa que não fosse eu.
_ Faço o que quero e quando quero. _ Rebati. _ Vocês não mandam em mim.
_ Você não pode. _Ele suspirou alto. _ Fico cego quando você está longe,
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