domingo, 17 de outubro de 2010

_ Angélica!_ O professor chamou minha atenção. _ Chega atrasada e ainda atrapalha minha aula.
_ Desculpa.
O professor podia ser lerdo às vezes, mas em outras ele era pior que mulher com TPM.
A aula de hoje era uma revisão de ferimentos o que envolvia acidentes. Revisão quer dizer que o professor não quer dá aula, então ele usa algo para esconder isso.
_ Hoje vamos trabalhar com curativos. O lado direito ficará responsável por cuidar de ferimentos domésticos e o esquerdo ferimentos mais graves. _ Ele explicou. _ Quero que usem a imaginação, sei que alguns de vocês têm muita.
_ Qual será o nosso ferimento?_ Paula perguntou.
_ Um corte profundo perto do osso com hemorragia, uma bacia quebrada...
_ Não pode ser um simples braço quebrado?_ Ela me cortou.
_ Pode ser.
Eu não estava acostumada com coisas simples, eu sempre imaginava os pior porque um médico de verdade cuidava de coisas além do que um braço quebrado.
Passei o intervalo com Cássio um colega que fazia direito, mas não gostava de passar o momento livre discutindo leis e falando sobre a legislação. Paula assim que viu Cássio mudou totalmente e saiu dizendo que tinha que ver algumas coisas.
_ Está acontecendo algo?_ Perguntei.
_ Não. _Ele respondeu depressa.
_ Tem certeza?
_ Sim, por quê?
_ A Paula te viu e ficou estranha.
_ Até parece que não conhece a Paula, ela é estranha. _ Ele sorriu levando a mão á cabeça.
Cássio Júnior era uma das poucas pessoas que eu conversava ali. Ele era alto, magro, tinha os cabelos e os olhos castanhos claros, quieto, inteligente e cuidadoso ele fazia o segundo ano de Direito.
_ Como está à aula? _ Ele perguntou.
_ Eu e Paula estamos cuidando de um braço quebrado.

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