segunda-feira, 1 de novembro de 2010

4. Monte Negro

_ Eu sei Leandro. _ Eu disse, devia ser a sexta vez que eu dizia.
Eram seis horas da tarde e Leandro repetia simultaneamente o que eu devia e não devia fazer e isso já estava me irritando.
_ É sempre bom lembrar Angélica. _ Ele deu um sorrisinho falso e então partiu para a pequena orquestra que havia convidado para o momento tão especial.
Eu havia chegado cedo para ajudar na decoração, Leandro tem um amigo que faz um excelente trabalho como decorador. Ele fez o grande lugar ficar com cara de “intimo”, o alvo foi deixá-los em casa. Tudo estava mais agradável, alguns pontos do restaurante estavam iluminados por velas, o simples havia ficado chique.
Fernando estava na cozinha preparando o prato da noite que era pato com laranja e batatas.
_Angélica? _ Perguntou Bruno me olhando quando chegou.
_ A própria. _ Sorrir.
_ Nossa! Você está linda.
_ São seus olhos Bruno.
Eu não estava tão surpreendente assim. Eu vestia a mesma calça, Leandro havia trocando minha blusa branca normal por uma comprida com babado no pescoço e nos pulsos e trocado a cor do colete que agora era vermelho, meu cabelo estava solto e rigorosamente escovado.
_ Não são não. _ Ele contradisse. _ Como se sente?
_ Ansiosa e você?
_ Um pouco nervoso, afinal não é todo dia que os Monte Negro aparecem.
_ É.
Na verdade eles não apareciam quase nunca, uma vez ou outra para ver como anda as coisas.
_ Ouvir dizer que a casa abandonada atrás do seu bairro é deles e que quando veem eles ficam lá. _ Disse Bruno interessado.
_ Pra você ver que ela não é tão abandonada assim.
_ Pois é _ ele riu. _ Vou me arrumar antes que Leandro comece a me infernizar.
Hoje todos estariam bem vestidos, a moda Monte Negro. Todos de terno e gravata emanando cheiro suave e servindo graciosamente, teria musica, instrumentos tocando alegres. Isso me fazia lembrar contos de fada da Disney, só faltava todos começarem a cantar e dançar.
_ Angélica, venha comigo. _ Leandro chamou. _ Quero que ajude os garçons a se vestirem. _ Ele disse polindo nervosamente um garfo.

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