Meu vestido era de cor prata cintilante, curto de cetim leve com algumas pedras, eu havia comprado há alguns meses, mas nunca tive oportunidade de usar, até hoje.
O espelho com uma rachadura grande central me dizia que apesar de alguns fios fora do lugar minha cabeleira cor de cobre estava razoável e que minha boca estava bem com sua cor normal.
Bruno e Daiana estavam me esperando no estacionamento, as luzes do beco eram fracas bem baixas e algumas que iluminavam a quadra estavam quebradas e outras queimadas. O clima estava um pouco frio, ainda bem que eu havia trago um casaco.
A quadra estava lotada, mas eu sabia que o meu prisma era um dos últimos, um pouco escondido, junto com o palio do Bruno. Na quadra só se podia ouvir o barulho que minha sandália fazia ao tocar o chão acabado.
De repente ouvi algo que parecia ser o som de algo se partindo. Eu tinha uma boa audição que às vezes me trazia problemas, certas coisas não deviam ser ouvidas.
_ Bruno, Daiana!_ Eu chamei. _ Se for algum tipo de brincadeira parem já.
Cruzei os braços e comecei a andar depressa, eu esperava ter ouvido coisas. Escutei novamente o som de algo se partindo antes de escorregar e cai.
_ Droga!
O lugar onde eu havia caindo estava molhado e por causa da pouca luz eu não tinha enxergado. Enquanto lá dentro tinha muita, ali fora era raro, devia ser óleo.
Levantei-me, meus braços estavam molhados e minha perna direita doía um pouco, eu tinha apenas machucado a carne. Instintamente passei a mão no braço para limpá-lo e dei alguns passos para debaixo de uma fraca lâmpada que piscava ameaçando á queimar, a pouca luz revelou um líquido vermelho.
Olhei pro chão e ali poucos metros a diante havia outra poça, a pouca luz refletia nela, era sangue.
_ Oh, meu Deus! O que é isso?
Ouvi o barulho novamente, ele vinha mais á frente perto de onde estava meu carro.
_ Tem alguém aí? _ Gritei. _ Por favor. _ Murmurei.
Eu não conseguia dizer se eu queria que tivesse alguém ou não . Me aproximei devagar, ao lado do meu carro havia uma pessoa agachada. Estava usando uma capa de chuva preta com o capuz tampando a cabeça ao redor dele havia muito sangue.
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