sexta-feira, 12 de novembro de 2010

_ Eu sei muito bem o que vi. _ Eu disse desaprovando sua ideia.
Ele suspirou e levou a mão no rosto.
_ Hei, essa é a garota que sobreviveu ao massacre no estacionamento da boate? _ Perguntou um cara entrando.
O policial apenas balançou a cabeça dizendo que sim.
_ Olha pra cá. _ Ele disse batendo fotos.
_ Para!_ Eu gritei
_ Saia daqui. _ O policial disse se levantando.
_ Só mais uma. _ O fotografo pediu batendo mais fotos.
_ Sai já. _ O policial o empurrou para fora da sala.
_ Assine aqui o seu depoimento Angélica. _ O outro policial pediu.
Li o depoimento, ele havia escrito tudo que eu havia dito. No final havia meu nome com uma observação. “A única sobrevivente de uma chacina”.
_ Não sou a única, ainda tem minha amiga. _ Protestei.
_ Daiana Brito Castro, faleceu á quinze minutos atrás. Não resistiu. _ O outro disse sem se importar se sentando novamente á minha frente. _ Você é a única.
O policia que ficou me fazendo companhia dentro da salame acompanhou até a saída, me fazendo perguntas as quais não respondi.
_ Seu carro está lá fora. _ Avisou ele.
_ Obrigada.
_ Hei garota! _ Ele me chamou quando eu estava entrando no carro _ Você tem sorte. _ Ele disse como se estivesse me elogiando.
Fui a única sobrevivente de um massacre, de uma carnificina e quase fui morta por um monstro.
Sorte? Eu acho que não.

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