_ Logo você vai se acostumar. _ Disse Katrine dirigindo. _ Depois que você se acostuma as coisas não ficam tão ruim.
_ O que vocês fazem ? Digo vocês não são normais.
_ Não, não somos, mas ninguém realmente é normal. _ Ela respondeu divertida. _ Bem, Córius é o que chamamos divertidamente de baú, ele se infiltra nas mentes das pessoas e rouba sua lembranças, Karmos tem o dom da compulsão. Através do toque ele consegue controlar as pessoas como se fossem marionetes.
_ Então foi isso que ele usou comigo?
_ É ela confirmou. _ Kaia pode se transformar em qualquer animal, Daniel é o nosso vidente e eu posso trocar de corpo.
_ Trocar de corpo?_ Perguntei curiosa.
_ Sim, quando chegamos em casa te mostro, se eu usar aqui vou revelar minha presença.
Katrine estava sendo ótima comigo, pelo menos eu teria alguém para conversar.
Enquanto eles conversavam na grande sala oval da casa abandonada, eu estava em um quarto na parte de cima da casa sentada em uma cadeira vendo o pôr do sol. Não dava para ver bem, as arvores e os grandes rochedos atrapalhavam. Apenas os raios dourados escapavam.
Talvez fosse a ultima vez que eu visse algo assim, eu não sabia se no outro lado haveria algo assim já que as trevas dominavam.
_ Já vamos. _ Disse Katrine aparecendo atrás de mim.
Ela carregou minhas malas para a sala, onde estavam todos e uma coisa estranha e brilhante bem no centro.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
_ Sinto, mas eles fizeram patê do seu bichinho de estimação.
Mais uma morte, ainda bem que eu e Lira não éramos muito apegadas.
_ Meu quarto é lá em cima. _ avisei.
Lá em cima as coisas estavam normais, peguei minhas malas e comecei a colocar minhas roupas, Katrine estava me ajudando.
_ Vamos? _Ela disse pegando minhas malas.
_ Ainda não, tenho que fazer uma coisa antes.
Liguei para o Gômer para me demitir, Leandro não aceitou de primeira, tive que dizer que ia para a Romênia dá um tempo ficar com a minha tia. Fingir que estava traumatizada, em estado de choque.
O pessoal da faculdade se sensibilizou muito com a minha voz frágil e entenderão a minha situação.
_ Podemos ir agora? _ Perguntou Katrine se jogando no sofá.
_ Ainda não, tenho que ligar para uma pessoa importante.
Eu tinha salvado na bina do telefone o numero da onde minha tia havia me ligado pela ultima vez. Era um hotel e ela não estava, havia acabado de sair para a convenção, eles mandaram minha ligação para o telefone do quarto dela, para que deixasse o recado.
_ Oi tia é a Angélica. Espero que esteja tudo bem, liguei para avisar que não estou mais na sua casa. Aconteceram algumas coisas e estou partindo, não se preocupe estou bem. Assim que eu puder ligo para dizer onde estou. Beijos te – amo.
_ Eu vou poder voltar? _ Perguntei quando desliguei.
_ Quando você aprender a esconder sua presença, poderá voltar, mas apenas para visitar.
_ E isso demora?
_ Vai depender de você.
_ Você demorou muito?
_ Três meses, se você tiver sorte consegue em um mês.
Era aí que estava à questão, sorte.
_ Vamos. _ Ela pegou as malas e colocou no carro.
Tranquei a casa e guardei a chave, eu iria sentir falta dali, do lugar que me adotou.
Mais uma morte, ainda bem que eu e Lira não éramos muito apegadas.
_ Meu quarto é lá em cima. _ avisei.
Lá em cima as coisas estavam normais, peguei minhas malas e comecei a colocar minhas roupas, Katrine estava me ajudando.
_ Vamos? _Ela disse pegando minhas malas.
_ Ainda não, tenho que fazer uma coisa antes.
Liguei para o Gômer para me demitir, Leandro não aceitou de primeira, tive que dizer que ia para a Romênia dá um tempo ficar com a minha tia. Fingir que estava traumatizada, em estado de choque.
O pessoal da faculdade se sensibilizou muito com a minha voz frágil e entenderão a minha situação.
_ Podemos ir agora? _ Perguntou Katrine se jogando no sofá.
_ Ainda não, tenho que ligar para uma pessoa importante.
Eu tinha salvado na bina do telefone o numero da onde minha tia havia me ligado pela ultima vez. Era um hotel e ela não estava, havia acabado de sair para a convenção, eles mandaram minha ligação para o telefone do quarto dela, para que deixasse o recado.
_ Oi tia é a Angélica. Espero que esteja tudo bem, liguei para avisar que não estou mais na sua casa. Aconteceram algumas coisas e estou partindo, não se preocupe estou bem. Assim que eu puder ligo para dizer onde estou. Beijos te – amo.
_ Eu vou poder voltar? _ Perguntei quando desliguei.
_ Quando você aprender a esconder sua presença, poderá voltar, mas apenas para visitar.
_ E isso demora?
_ Vai depender de você.
_ Você demorou muito?
_ Três meses, se você tiver sorte consegue em um mês.
Era aí que estava à questão, sorte.
_ Vamos. _ Ela pegou as malas e colocou no carro.
Tranquei a casa e guardei a chave, eu iria sentir falta dali, do lugar que me adotou.
Me vi colocando pesos em uma balança. Em um lado, meu lado egoísta com os meus desejos, as vidas das pessoas que seriam sacrificadas por ele. Em outro lado o que eu podia chamar de “destino” e a vida das pessoas que eu poderia ajudar a salvar.
Eu queria ser medica para salvar vidas, não iria ser tão diferente no outro lado, eu estaria salvando. A diferença era que eu estaria arriscando a minha também.
_ Qual é a sua escolha?
_ Eu vou ir com vocês. Respondi um pouco incerta.
_ Fez a melhor escolha. _ Ele disse contente.
Eu esperava que sim, tenho certeza que não haveria mais volta.
_ Vamos voltar à noite. Você pode voltar a sua casa para se trocar e pegar suas coisas. Katrine irá com você.
Katrine Mcgold era bem diferente dos demais, enquanto os outros me ignoravam e não respondiam as minhas perguntas, ela era bem comunicativa e simpática.
Do trajeto da casa abandonada até a minha ela me interrogou. Minha idade, preferências, desejos, signo, namorados, emprego, filhos, família, faculdade.
_ Você mora com seus pais? _ Ela perguntou.
_ Não, moro sozinha. Minha mãe morreu quando nasci e meu pai quando fiz oito anos.
_Sinto muito. _ ela sorriu delicadamente.
_ Não sinta, não foi sua culpa.
O clima ficou um pouco tenso, era normal depois das pessoas saberem o motivo da minha independência, a minha “sorte” espantava.
_ Nossa! _Ela disse quando parou em frente da casa. _ Essa casa é sua?
_ Na verdade não. Ela é da minha tia, ela mora na Romênia e eu cuido pra ela.
_ É linda. _ Ela declarou.
A porta estava encostada, na correria de fugir eu me esqueci completamente da casa.
_ Vou na frente para ter certeza que está tudo bem. _Ela disse abrindo a porta.
Ela entrou e saiu rápido com algo escondido atrás das costas.
_ O que é
Ela tirou a mão que estava escondida revelando um cadáver pequeno esmagado, branco com manchas vermelhas. Era o corpo de Lira.
Eu queria ser medica para salvar vidas, não iria ser tão diferente no outro lado, eu estaria salvando. A diferença era que eu estaria arriscando a minha também.
_ Qual é a sua escolha?
_ Eu vou ir com vocês. Respondi um pouco incerta.
_ Fez a melhor escolha. _ Ele disse contente.
Eu esperava que sim, tenho certeza que não haveria mais volta.
_ Vamos voltar à noite. Você pode voltar a sua casa para se trocar e pegar suas coisas. Katrine irá com você.
Katrine Mcgold era bem diferente dos demais, enquanto os outros me ignoravam e não respondiam as minhas perguntas, ela era bem comunicativa e simpática.
Do trajeto da casa abandonada até a minha ela me interrogou. Minha idade, preferências, desejos, signo, namorados, emprego, filhos, família, faculdade.
_ Você mora com seus pais? _ Ela perguntou.
_ Não, moro sozinha. Minha mãe morreu quando nasci e meu pai quando fiz oito anos.
_Sinto muito. _ ela sorriu delicadamente.
_ Não sinta, não foi sua culpa.
O clima ficou um pouco tenso, era normal depois das pessoas saberem o motivo da minha independência, a minha “sorte” espantava.
_ Nossa! _Ela disse quando parou em frente da casa. _ Essa casa é sua?
_ Na verdade não. Ela é da minha tia, ela mora na Romênia e eu cuido pra ela.
_ É linda. _ Ela declarou.
A porta estava encostada, na correria de fugir eu me esqueci completamente da casa.
_ Vou na frente para ter certeza que está tudo bem. _Ela disse abrindo a porta.
Ela entrou e saiu rápido com algo escondido atrás das costas.
_ O que é
Ela tirou a mão que estava escondida revelando um cadáver pequeno esmagado, branco com manchas vermelhas. Era o corpo de Lira.
_ Isso. _ Ele disse simplesmente com um sorriso.
Vozes começaram a sussurrar na minha cabeça.
“As asas de um anjo, o céu. A calda de um demônio, o inferno.”
_ Ela está bem? _ Perguntou Katrine.
_ O quebra-cabeça está se encaixando. _ Respondeu Karmos.
_ Eu sou Zafiriel?_ Perguntei ainda meio confusa.
Era quem o demônio estava procurando e meus amigos haviam morrido por isso.
_ Ficou bem claro que sim. _ Daniel respondeu.
_ Você não pertence á essa dimensão, não sei como veio parar nesse lado._ Disse Karmos.
_ Como assim, não sou daqui? Eu nasci aqui. _ Protestei.
_ Sabemos disso, mas esse lado não é o certo. Nosso mundo tem duas dimensões. Essa onde as pessoas normais vivem suas vidas pacatas e monótonas e a outra onde os demônios atacam, onde as trevas estão dominando.
Eu estava tendo certa dificuldade para entender agora com essa coisa de dimensões. Vivo onde ele descreveu se pacato e monótono, eu tenho uma vida aqui, objetivos e família apesar de só ter a tia Danna. Ele não estava esperando que eu embarcasse nessa história e que fosse com ele para essa tal dimensão.
Então era por isso que os Monte Negro só apareciam de vez em quando, eles caçavam monstros no outro lado.
_ Isso tudo significa que terei que ir com vocês, para essa dimensão?
_ Claro, ao menos que você queira morrer ou ser culpada por mais mortes. _ Disse a morena.
_ Kaia! _ Karmos chamou a atenção dela. _ Pode escolher Angélica. Se vai conosco e aceita seu destino, ou se fica aqui vendo pessoas inocentes sendo mortas. Enquanto um do outro lado estiver aqui, eles estarão também.
Minha consciência pesou, as pessoas iriam morrer por minha culpa. Mesmo podendo escolher entre ir e ficar ele colocou bem destacadamente o que aconteceria, o que era meio chantagem emocional.
Eu não queria que mais pessoas morressem duas já foram mais que suficientes e desnecessárias, mas também eu não queria desistir da minha vida. Ela não era lá maravilhosa, mas eu tinha planos, objetivos, sonhos e desejos.
Vozes começaram a sussurrar na minha cabeça.
“As asas de um anjo, o céu. A calda de um demônio, o inferno.”
_ Ela está bem? _ Perguntou Katrine.
_ O quebra-cabeça está se encaixando. _ Respondeu Karmos.
_ Eu sou Zafiriel?_ Perguntei ainda meio confusa.
Era quem o demônio estava procurando e meus amigos haviam morrido por isso.
_ Ficou bem claro que sim. _ Daniel respondeu.
_ Você não pertence á essa dimensão, não sei como veio parar nesse lado._ Disse Karmos.
_ Como assim, não sou daqui? Eu nasci aqui. _ Protestei.
_ Sabemos disso, mas esse lado não é o certo. Nosso mundo tem duas dimensões. Essa onde as pessoas normais vivem suas vidas pacatas e monótonas e a outra onde os demônios atacam, onde as trevas estão dominando.
Eu estava tendo certa dificuldade para entender agora com essa coisa de dimensões. Vivo onde ele descreveu se pacato e monótono, eu tenho uma vida aqui, objetivos e família apesar de só ter a tia Danna. Ele não estava esperando que eu embarcasse nessa história e que fosse com ele para essa tal dimensão.
Então era por isso que os Monte Negro só apareciam de vez em quando, eles caçavam monstros no outro lado.
_ Isso tudo significa que terei que ir com vocês, para essa dimensão?
_ Claro, ao menos que você queira morrer ou ser culpada por mais mortes. _ Disse a morena.
_ Kaia! _ Karmos chamou a atenção dela. _ Pode escolher Angélica. Se vai conosco e aceita seu destino, ou se fica aqui vendo pessoas inocentes sendo mortas. Enquanto um do outro lado estiver aqui, eles estarão também.
Minha consciência pesou, as pessoas iriam morrer por minha culpa. Mesmo podendo escolher entre ir e ficar ele colocou bem destacadamente o que aconteceria, o que era meio chantagem emocional.
Eu não queria que mais pessoas morressem duas já foram mais que suficientes e desnecessárias, mas também eu não queria desistir da minha vida. Ela não era lá maravilhosa, mas eu tinha planos, objetivos, sonhos e desejos.
Demônios, eu nunca havia pensando neles.
_ Aquilo eram demônios? _ Eu estava incrédula.
_ Eram. _ Ele confirmou como se estivesse feliz.
_ Por que eles estão atrás de mim?
Eu não era uma pessoa ruim e nem boa demais, não era possível que eu estivesse os perturbando e nem sendo admirada por eles.
Os outros me olhavam, dava pra ver que eles também queriam saber o motivo dos demônios deles do nada começarem a me atacar. Karmos saiu de onde ele estava e veio até mim.
_ Fique calma. _ Ele disse colocando a mão sobre meu ombro. _ Com licença. _ Ele disse abaixando a alça da minha camisola.
Minha respiração parou, a alça era fina e fria, sua mão pousou quente sobre minha pele. O seu olhar se encheu de surpresa e alegria.
_ É esse o motivo. _ Ele contornou minha marca de nascença com o dedo.
Pude sentir meu ombro formigar, como naquela vez no restaurante quando ele pegou em meu braço e de novo eu senti uma sensação estranha.
_ Isso pode ser uma tatuagem. _ Disse Córius.
_ Tenho certeza de que quando tentou fuçar a mente dela, não conseguiu. _ Respondeu Karmos colocando a alça da camisola no lugar.
“Fuçar minha mente”, aquilo não me pareceu legal.
_ Aquelas coisas estão atrás de mim, por isso? _ Massageie meu ombro, ele ainda formigava.
_ Sabe Angélica, isso não é uma marca de nascença comum. Há uma historia para essa marca.
Que não era comum eu sabia, qual é o numero de bebês que nascem com uma asa e uma calda tatuadas no ombro. No começo meu pai disse que era apenas um borrão, mas com o tempo foi tomando forma.
_ A historia diz que um ser celestial, desistiu de algo importante para si para ajudar as pessoas e que esse ser foi marcado pelos dois mundos.
_ O céu e o inferno. _ As palavras saíram espontâneas da minha boca.
_ Aquilo eram demônios? _ Eu estava incrédula.
_ Eram. _ Ele confirmou como se estivesse feliz.
_ Por que eles estão atrás de mim?
Eu não era uma pessoa ruim e nem boa demais, não era possível que eu estivesse os perturbando e nem sendo admirada por eles.
Os outros me olhavam, dava pra ver que eles também queriam saber o motivo dos demônios deles do nada começarem a me atacar. Karmos saiu de onde ele estava e veio até mim.
_ Fique calma. _ Ele disse colocando a mão sobre meu ombro. _ Com licença. _ Ele disse abaixando a alça da minha camisola.
Minha respiração parou, a alça era fina e fria, sua mão pousou quente sobre minha pele. O seu olhar se encheu de surpresa e alegria.
_ É esse o motivo. _ Ele contornou minha marca de nascença com o dedo.
Pude sentir meu ombro formigar, como naquela vez no restaurante quando ele pegou em meu braço e de novo eu senti uma sensação estranha.
_ Isso pode ser uma tatuagem. _ Disse Córius.
_ Tenho certeza de que quando tentou fuçar a mente dela, não conseguiu. _ Respondeu Karmos colocando a alça da camisola no lugar.
“Fuçar minha mente”, aquilo não me pareceu legal.
_ Aquelas coisas estão atrás de mim, por isso? _ Massageie meu ombro, ele ainda formigava.
_ Sabe Angélica, isso não é uma marca de nascença comum. Há uma historia para essa marca.
Que não era comum eu sabia, qual é o numero de bebês que nascem com uma asa e uma calda tatuadas no ombro. No começo meu pai disse que era apenas um borrão, mas com o tempo foi tomando forma.
_ A historia diz que um ser celestial, desistiu de algo importante para si para ajudar as pessoas e que esse ser foi marcado pelos dois mundos.
_ O céu e o inferno. _ As palavras saíram espontâneas da minha boca.
7. A escolha
A minha vontade de saber o que era aquilo tudo fugiu primeiro que minhas perguntas.
Sinceramente eu pensei na possibilidade de correr, o que era impossível. Antes que eu desse o segundo passo eles já haveriam me imobilizado. Minha boca havia ficado seca e minha mente num branco total.
Medo? Talvez.
_ Nós somos um tipo de guardas e protegemos as pessoas de coisas como aquelas que te perseguiram. _ Disse Karmos devagar.
_ O que são aquelas coisas? _ Conseguir falar.
_ Você acredita em Deus? _ Ele respondeu com outra pergunta
Minhas visitas á igreja eram raras, uma vez ao ano, talvez, mas eu acreditava que havia um alguém que fez tudo isso. A ideia de tudo ter acontecido por uma explosão não me agradava.
Balancei a cabeça dizendo que sim.
_ E em demônios, você acredita?
Na ultima vez que visitei uma igreja e isso já faz tempo. A pregação foi relacionada ao paraíso e ao inferno, o padre falou pouco do paraíso e se centrou mais no inferno. Acho que o inferno chama mais atenção das pessoas por ter fama de ruim e falar dele deixa as pessoas mais atentas.
Ele disse algumas coisas sobre os demônios, disse que um dia já foram anjos, mas se voltaram contra Deus juntamente com Lúcifer que se tornou orgulhoso do poder que Deus lhe deu e não aceitava a servi uma criação de Deus, “O Homem”. O arcanjo Miguel juntamente com os anjos leais á Deus o expulsou juntamente com os seus seguidores.
Sinceramente eu pensei na possibilidade de correr, o que era impossível. Antes que eu desse o segundo passo eles já haveriam me imobilizado. Minha boca havia ficado seca e minha mente num branco total.
Medo? Talvez.
_ Nós somos um tipo de guardas e protegemos as pessoas de coisas como aquelas que te perseguiram. _ Disse Karmos devagar.
_ O que são aquelas coisas? _ Conseguir falar.
_ Você acredita em Deus? _ Ele respondeu com outra pergunta
Minhas visitas á igreja eram raras, uma vez ao ano, talvez, mas eu acreditava que havia um alguém que fez tudo isso. A ideia de tudo ter acontecido por uma explosão não me agradava.
Balancei a cabeça dizendo que sim.
_ E em demônios, você acredita?
Na ultima vez que visitei uma igreja e isso já faz tempo. A pregação foi relacionada ao paraíso e ao inferno, o padre falou pouco do paraíso e se centrou mais no inferno. Acho que o inferno chama mais atenção das pessoas por ter fama de ruim e falar dele deixa as pessoas mais atentas.
Ele disse algumas coisas sobre os demônios, disse que um dia já foram anjos, mas se voltaram contra Deus juntamente com Lúcifer que se tornou orgulhoso do poder que Deus lhe deu e não aceitava a servi uma criação de Deus, “O Homem”. O arcanjo Miguel juntamente com os anjos leais á Deus o expulsou juntamente com os seus seguidores.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Havia uma lareira acesa, o fogo que nela crepitava era de chama azulada, outra coisa estranha. A porta se fechou num estrondo quando Córius passou, dava pra ver que ele era o nervosinho do grupo. Todos estavam ali, todos daquele jantar no Gômer. Córius, Katrine, Daniel, a morena e Karmos.
Karmos estava sentado em uma das velhas cadeiras almofadada de costa para nós, Katrine estava ao seu lado de frente, ela sorriu quando me viu. Eu estava na jaula com os leões, agora restava eu saber se eram adestrados.
_ E agora? Eu vou saber o que significa isso?
Ninguém disse nada, apenas me olharam, tão curiosos quanto os meus, mas eu não estava nem aí, eu queria saber o que realmente estava acontecendo.
_ Tudo que quiser. _ Respondeu Karmos se levantando e se voltando á mim.
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Karmos estava sentado em uma das velhas cadeiras almofadada de costa para nós, Katrine estava ao seu lado de frente, ela sorriu quando me viu. Eu estava na jaula com os leões, agora restava eu saber se eram adestrados.
_ E agora? Eu vou saber o que significa isso?
Ninguém disse nada, apenas me olharam, tão curiosos quanto os meus, mas eu não estava nem aí, eu queria saber o que realmente estava acontecendo.
_ Tudo que quiser. _ Respondeu Karmos se levantando e se voltando á mim.
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Seus olhos eram incríveis, de um verde escuro brilhante, abaixo do olho esquerdo dele havia uma cruz pequena tatuada.
_ Ela é o nosso problema. _ Foi à vez de Daniel olhar pra mim.
Eu sabia desde do primeiro momento que botei os olho neles que eram estranhos, principalmente esse Daniel. Foi a minha vez de ficar calada apesar da vontade de metralhá-los de perguntas.
Minha cabeça estava doendo, na verdade umas pontadas estranhas como se estivesse me espetando, aquilo estava me incomodando.
_ Pare com isso Córius. _ Daniel pediu.
Então o nome do ruivo era realmente Córius e ele deu uma risada nervosa depois do pedido de Daniel.
O carro caminhava solitário pela estrada, eu conhecia aquele caminho, ele levava a grande casa abandonada que o povo gostava de dizer que era assombrada.
Quando eu estava na oitava série eu e alguns alunos da turma formos conhecê-la. Armados de lanternas e alguns pedaços de pau, formos fazer um passeio nela. A casa era grande, o que ela tinha de grande ela tinha de sem graça. Formos lá imaginando ver fantasmas, algum monstro, sacrifício, alguma assombração, qualquer coisa que nos fizesse sair correndo e gritando, mas não encontramos nada. Saímos dela bem decepcionados.
O carro parou em frente da casa, antigamente ela era a mais bela dali. Jardim perfeito, decoração magnífica e cor viva. Isso antes de eu nascer, minha tia era apaixonada por ela, ela tem um toque medieval, mas é moderna.
Na porta da casa estava a morena de traços asiáticos, com certeza esperando o namorado.
Eles saíram do carro e em seguida Daniel veio abrir a porta pra mim. Apesar de não ser de falar ele era adorável como cavalheiro. Ele caminhou na minha frente e Córius atrás, eu estava parecendo uma celebridade, com seguranças.
Ao passar a morena me mediu dos pés a cabeça me fazendo lembrar que eu estava de camisola e com os pés descalços.
Dentro a casa continuava a mesma, só quem agora suas paredes estavam manchadas por pichações. A morena agora andava ao meu lado e sua cara não era nada amigável.
Eles me levaram para a sala oval. Eu já havia estado ali com a turma, era sala que eles falavam onde era o “Portal dos Fantasmas”, bem que a gente queria que fosse mesmo.
_ Ela é o nosso problema. _ Foi à vez de Daniel olhar pra mim.
Eu sabia desde do primeiro momento que botei os olho neles que eram estranhos, principalmente esse Daniel. Foi a minha vez de ficar calada apesar da vontade de metralhá-los de perguntas.
Minha cabeça estava doendo, na verdade umas pontadas estranhas como se estivesse me espetando, aquilo estava me incomodando.
_ Pare com isso Córius. _ Daniel pediu.
Então o nome do ruivo era realmente Córius e ele deu uma risada nervosa depois do pedido de Daniel.
O carro caminhava solitário pela estrada, eu conhecia aquele caminho, ele levava a grande casa abandonada que o povo gostava de dizer que era assombrada.
Quando eu estava na oitava série eu e alguns alunos da turma formos conhecê-la. Armados de lanternas e alguns pedaços de pau, formos fazer um passeio nela. A casa era grande, o que ela tinha de grande ela tinha de sem graça. Formos lá imaginando ver fantasmas, algum monstro, sacrifício, alguma assombração, qualquer coisa que nos fizesse sair correndo e gritando, mas não encontramos nada. Saímos dela bem decepcionados.
O carro parou em frente da casa, antigamente ela era a mais bela dali. Jardim perfeito, decoração magnífica e cor viva. Isso antes de eu nascer, minha tia era apaixonada por ela, ela tem um toque medieval, mas é moderna.
Na porta da casa estava a morena de traços asiáticos, com certeza esperando o namorado.
Eles saíram do carro e em seguida Daniel veio abrir a porta pra mim. Apesar de não ser de falar ele era adorável como cavalheiro. Ele caminhou na minha frente e Córius atrás, eu estava parecendo uma celebridade, com seguranças.
Ao passar a morena me mediu dos pés a cabeça me fazendo lembrar que eu estava de camisola e com os pés descalços.
Dentro a casa continuava a mesma, só quem agora suas paredes estavam manchadas por pichações. A morena agora andava ao meu lado e sua cara não era nada amigável.
Eles me levaram para a sala oval. Eu já havia estado ali com a turma, era sala que eles falavam onde era o “Portal dos Fantasmas”, bem que a gente queria que fosse mesmo.
_ Nossa!_ Exclamei surpresa com aquilo tudo. _ E agora vai me contar o que é..._ não conseguir terminar.
Ele estava daquele jeito, como daquela vez no restaurante, com os olhos amarelos cor de ouro e com os lábios mexendo rapidamente. Me afastei um pouco me escorando em outra árvore, aquilo me assustava.
Seus lábios pararam e seus olhos voltaram a ficar negros.
_ O que foi isso?
_ Vamos para lá. _ Ele apontou. _ Tem uma carona lá para nós. _ Ele disse não respondendo minha pergunta.
Ele começou a andar e então parou quando percebeu que eu não estava o seguindo.
_ Vamos! _ Ele ordenou.
_ Eu não vou a lugar nenhum, eu quero saber o que está acontecendo.
_ Se ficar vai morrer.
_ Talvez eu deva. Era pra mim está morta, meus amigos morreram por minha culpa. Aquelas coisas me querem e eu estou com um cara estranho.
_ Se você vier comigo vai sabe o motivo de tudo isso. Não vou obrigá-la, se quiser venha se não continue sem saber o que realmente é tudo isso e se lamente pelas mortes. Acredite não serão só essas.
O que me deixava irada e que eu sabia que ele estava certo, a minha curiosidade geralmente me dominava. Eu não disse nada apenas caminhei, para o lado dele.
Estávamos caminhando por uma trilha, ainda estávamos no bairro, na parte das montanhas, imaginei que podia ter algum perigo ali, ursos para ser mais exata. Mas para quem havia enfrentado aquelas coisas, um urso não seria nada pra ele, pelo menos era o que eu esperava.
Em frente da saída da trilha, na estrada, havia um carro preto o mesmo que eles usaram na noite do jantar.
Daniel abriu a porta de trás pra mim, dentro do carro estava o ruivo, Córius acho que era esse o nome dele.
_ Vamos logo. _ Daniel disse sentando ao lado dele.
_ Não usou o carro como bomba, usou? _ O ruivo perguntou.
_ Deram trabalho.
_ Espero que tenha valido a pena. _ Ele disse olhando pra mim.
Ele estava daquele jeito, como daquela vez no restaurante, com os olhos amarelos cor de ouro e com os lábios mexendo rapidamente. Me afastei um pouco me escorando em outra árvore, aquilo me assustava.
Seus lábios pararam e seus olhos voltaram a ficar negros.
_ O que foi isso?
_ Vamos para lá. _ Ele apontou. _ Tem uma carona lá para nós. _ Ele disse não respondendo minha pergunta.
Ele começou a andar e então parou quando percebeu que eu não estava o seguindo.
_ Vamos! _ Ele ordenou.
_ Eu não vou a lugar nenhum, eu quero saber o que está acontecendo.
_ Se ficar vai morrer.
_ Talvez eu deva. Era pra mim está morta, meus amigos morreram por minha culpa. Aquelas coisas me querem e eu estou com um cara estranho.
_ Se você vier comigo vai sabe o motivo de tudo isso. Não vou obrigá-la, se quiser venha se não continue sem saber o que realmente é tudo isso e se lamente pelas mortes. Acredite não serão só essas.
O que me deixava irada e que eu sabia que ele estava certo, a minha curiosidade geralmente me dominava. Eu não disse nada apenas caminhei, para o lado dele.
Estávamos caminhando por uma trilha, ainda estávamos no bairro, na parte das montanhas, imaginei que podia ter algum perigo ali, ursos para ser mais exata. Mas para quem havia enfrentado aquelas coisas, um urso não seria nada pra ele, pelo menos era o que eu esperava.
Em frente da saída da trilha, na estrada, havia um carro preto o mesmo que eles usaram na noite do jantar.
Daniel abriu a porta de trás pra mim, dentro do carro estava o ruivo, Córius acho que era esse o nome dele.
_ Vamos logo. _ Daniel disse sentando ao lado dele.
_ Não usou o carro como bomba, usou? _ O ruivo perguntou.
_ Deram trabalho.
_ Espero que tenha valido a pena. _ Ele disse olhando pra mim.
Ele suspirou: _ Está bem.
Eu não podia ver o rosto dele, mas tinha certeza que sua expressão estaria me acusando de chantagem.
_ Meu nome é Daniel Monte Negro. _ Ele disse mostrando sua face. _E eu vim te salvar, de novo. Ele disse fazendo destacar o “de novo”. _ Agora, por favor, temos que ir.
Daniel Monte Negro, um dos donos do restaurante, o esquisito.
_ Pra onde vai me levar?
_ Para um lugar longe deles. _ Ele afastou a cortina da janela, mostrando a razão dos meus problemas.
Lá fora havia duas daquelas criaturas de ontem. Elas haviam me perseguido.
_ Eu tenho que me trocar.
Eu estava com a minha camisola cor de pérola que era fina e um pouco transparente.
_ Não temos tempo pra isso. _ Ele disse para em seguida me arrastar.
A casa estremeceu e começou a tremer, elas estavam atacando. Daniel me puxou para fora de casa, estávamos entrando no carro quando uma delas nos viu.
_Aperte o cinto. _ Ele disse arrancado.
Atrás de nós estava vindo às criaturas.
_ O que é isso? O que são eles? O que é você? O que eles querem comigo?
As perguntas saiam automaticamente sem controle. Ele não respondeu, pegou o celular e ligou.
_ Estou com ela. _ Ele disse. _ Eu sei, mas eu estou com dois problemas me seguindo, talvez demore._ Ele suspirou. _ Ok. _Ele disse antes de desligar.
Ele fez uma virada brusca entrando em uma pequena área verde que havia ali, perto da montanha.
_ Pra onde está me levando?
Ele não respondeu.
_ Desce do carro. _ Ele mandou.
_ O quê?
_ Desce do carro. _ Ele repetiu sem paciência saindo do carro.
Ele me levou para trás de uma árvore, logo as criaturas apareceram e se agarraram no carro que explodiu lançando agulhas grossas que as fizeram desaparecer.
Eu não podia ver o rosto dele, mas tinha certeza que sua expressão estaria me acusando de chantagem.
_ Meu nome é Daniel Monte Negro. _ Ele disse mostrando sua face. _E eu vim te salvar, de novo. Ele disse fazendo destacar o “de novo”. _ Agora, por favor, temos que ir.
Daniel Monte Negro, um dos donos do restaurante, o esquisito.
_ Pra onde vai me levar?
_ Para um lugar longe deles. _ Ele afastou a cortina da janela, mostrando a razão dos meus problemas.
Lá fora havia duas daquelas criaturas de ontem. Elas haviam me perseguido.
_ Eu tenho que me trocar.
Eu estava com a minha camisola cor de pérola que era fina e um pouco transparente.
_ Não temos tempo pra isso. _ Ele disse para em seguida me arrastar.
A casa estremeceu e começou a tremer, elas estavam atacando. Daniel me puxou para fora de casa, estávamos entrando no carro quando uma delas nos viu.
_Aperte o cinto. _ Ele disse arrancado.
Atrás de nós estava vindo às criaturas.
_ O que é isso? O que são eles? O que é você? O que eles querem comigo?
As perguntas saiam automaticamente sem controle. Ele não respondeu, pegou o celular e ligou.
_ Estou com ela. _ Ele disse. _ Eu sei, mas eu estou com dois problemas me seguindo, talvez demore._ Ele suspirou. _ Ok. _Ele disse antes de desligar.
Ele fez uma virada brusca entrando em uma pequena área verde que havia ali, perto da montanha.
_ Pra onde está me levando?
Ele não respondeu.
_ Desce do carro. _ Ele mandou.
_ O quê?
_ Desce do carro. _ Ele repetiu sem paciência saindo do carro.
Ele me levou para trás de uma árvore, logo as criaturas apareceram e se agarraram no carro que explodiu lançando agulhas grossas que as fizeram desaparecer.
Antes de ele fechar a porta entrei rapidamente, ficando no banco de trás.
_ Pai, por favor. _ O balancei. Não houve resposta.
Meu outro eu ria se divertido com o meu desespero, eu estava ali com o meu pai e ele não me via, não me ouvia, não me sentia.
Ela pegou fortemente em meu braço e me olhou nos olhos.
_ Me solta. _ Pedi
_ Sai daqui! _ Ela me empurrou.
Como se eu fosse um fantasma atravessei a porta do carro caindo em uma calçada molhada e gelada. Ao meu lado havia uma placa de madeira já gasta com o nome “Mabarrel”.
As pessoas que passavam ali me observavam e andavam apressadas, isso até a hora que elas começaram á correr e gritar. Um par de asas cortou o céu, um grande par de asas dourada.
_ De novo não. _ Sussurrei choramigando.
Eu sabia o que era aquilo e a quem pertencia. Logo se aproximou e sorriu ao me ver e de longe vi mais asas era mais daquelas coisas, comecei a correr.
Um deles me pegou pelos ombros e me jogou contra a parede, eu cair meio desacordada no chão, á minha frente havia um homem grande com os olhos cor de névoa.
_ Inútil. _ Ele disse ficando a faca dourada no meu coração.
A dor foi tão real, tão intensa, que acordei rapidamente. Uma mão tampava minha boca.
_ Não grita. _ Ele ordenou tirando as mãos aos poucos.
Era o cara da noite passada, aquele que tinha me salvado.
_ Quem é você? E o que está fazendo aqui?
_ Não temos tempo eles estão aqui, temos que sair logo daqui. _ Ele disse não respondendo minhas perguntas.
Eu iria perguntar quem era “eles”, mas fiquei com medo de ele confirmar os meus pensamentos.
_ Eu não vou á lugar nenhum com você, se você não disser quem é.
_ Vamos logo. _ Ele puxou meu braço me fazendo levantar.
Enchi meus pulmões de ar e abrir a boca preparada para gritar.
_ Pai, por favor. _ O balancei. Não houve resposta.
Meu outro eu ria se divertido com o meu desespero, eu estava ali com o meu pai e ele não me via, não me ouvia, não me sentia.
Ela pegou fortemente em meu braço e me olhou nos olhos.
_ Me solta. _ Pedi
_ Sai daqui! _ Ela me empurrou.
Como se eu fosse um fantasma atravessei a porta do carro caindo em uma calçada molhada e gelada. Ao meu lado havia uma placa de madeira já gasta com o nome “Mabarrel”.
As pessoas que passavam ali me observavam e andavam apressadas, isso até a hora que elas começaram á correr e gritar. Um par de asas cortou o céu, um grande par de asas dourada.
_ De novo não. _ Sussurrei choramigando.
Eu sabia o que era aquilo e a quem pertencia. Logo se aproximou e sorriu ao me ver e de longe vi mais asas era mais daquelas coisas, comecei a correr.
Um deles me pegou pelos ombros e me jogou contra a parede, eu cair meio desacordada no chão, á minha frente havia um homem grande com os olhos cor de névoa.
_ Inútil. _ Ele disse ficando a faca dourada no meu coração.
A dor foi tão real, tão intensa, que acordei rapidamente. Uma mão tampava minha boca.
_ Não grita. _ Ele ordenou tirando as mãos aos poucos.
Era o cara da noite passada, aquele que tinha me salvado.
_ Quem é você? E o que está fazendo aqui?
_ Não temos tempo eles estão aqui, temos que sair logo daqui. _ Ele disse não respondendo minhas perguntas.
Eu iria perguntar quem era “eles”, mas fiquei com medo de ele confirmar os meus pensamentos.
_ Eu não vou á lugar nenhum com você, se você não disser quem é.
_ Vamos logo. _ Ele puxou meu braço me fazendo levantar.
Enchi meus pulmões de ar e abrir a boca preparada para gritar.
_ Tchau Sara.. _ Eu disse desligando.
Meu corpo estava cansado, com os movimentos lentos, ele gritava isso. Minha mente estava confusa e curiosa, ela queria saber de tudo e tentava, se eu não parasse para descansar meu cérebro iria parar de vez.
Desabei na cama me enrolando com um lençol que estava ali, minha cama macia era diferente da cadeira dura e fria da delegacia.
Quem iria acreditar na minha história? Nem eu mesma acreditava. Mas Daiana e Bruno, eles estavam mortos e por minha causa.
Virei de barriga para baixo e coloquei o travesseiro em cima da cabeça, eu tinha que abafar esses pensamentos, estava cansada demais.
Bloqueei minha mente, eu precisava dormi, antes do milagre do sono aparecer eu pude ouvir um miado fraco.
_ Angélica! _ Alguém me chamou.
Eu estava em um tipo de parque, eu estava me vendo brincar e pelo que parecia eu tinha seis anos.
_ Só mais dez minutos. _ Eu pedi com uma expressão de coitadinha.
_ Agora. _ Um homem loiro apareceu e me pegou no colo.
Era meu pai. Eu me lembrava bem dele. Ele era bonito assim como a tia Danna, seus olhos eram azuis como a água do mar, ele era forte, alto e se vestia bem.
_ Pai! _ Eu o chamei, mas ele não me ouviu.
A pequena Angélica me olhou com cara de indiferente.
_ Ele é meu pai. _ Ela disse brava.
A ignorei e me aproximei um pouco mais.
_ Pai! _ Eu chamei de novo.
_ Ele não pode te ouvi, porque ele é só meu pai. _ A pequena gritou.
_ Cala a boca! _ Mandei.
“Será que eu era tão insuportável assim?”
_ Vamos papai. _ A menina pediu.
_ Vamos querida! _ Meu pai me carregou até um carro.
_ Espere! _ Gritei, mas como nas outras vezes ele não me escutou, ele nem ao menos me via.
Meu corpo estava cansado, com os movimentos lentos, ele gritava isso. Minha mente estava confusa e curiosa, ela queria saber de tudo e tentava, se eu não parasse para descansar meu cérebro iria parar de vez.
Desabei na cama me enrolando com um lençol que estava ali, minha cama macia era diferente da cadeira dura e fria da delegacia.
Quem iria acreditar na minha história? Nem eu mesma acreditava. Mas Daiana e Bruno, eles estavam mortos e por minha causa.
Virei de barriga para baixo e coloquei o travesseiro em cima da cabeça, eu tinha que abafar esses pensamentos, estava cansada demais.
Bloqueei minha mente, eu precisava dormi, antes do milagre do sono aparecer eu pude ouvir um miado fraco.
_ Angélica! _ Alguém me chamou.
Eu estava em um tipo de parque, eu estava me vendo brincar e pelo que parecia eu tinha seis anos.
_ Só mais dez minutos. _ Eu pedi com uma expressão de coitadinha.
_ Agora. _ Um homem loiro apareceu e me pegou no colo.
Era meu pai. Eu me lembrava bem dele. Ele era bonito assim como a tia Danna, seus olhos eram azuis como a água do mar, ele era forte, alto e se vestia bem.
_ Pai! _ Eu o chamei, mas ele não me ouviu.
A pequena Angélica me olhou com cara de indiferente.
_ Ele é meu pai. _ Ela disse brava.
A ignorei e me aproximei um pouco mais.
_ Pai! _ Eu chamei de novo.
_ Ele não pode te ouvi, porque ele é só meu pai. _ A pequena gritou.
_ Cala a boca! _ Mandei.
“Será que eu era tão insuportável assim?”
_ Vamos papai. _ A menina pediu.
_ Vamos querida! _ Meu pai me carregou até um carro.
_ Espere! _ Gritei, mas como nas outras vezes ele não me escutou, ele nem ao menos me via.
6. Presságio
Vozes distantes ecoavam na minha cabeça.
A água que descia pelo meu corpo e escorria pelo ralo era vermelha e quanto mais eu esfregava meu corpo mais saía.
O que era tudo aquilo? O que estava acontecendo? Essas perguntas bombardeavam meu cérebro.
Mas afinal aquilo estava mesmo acontecendo?
Todos os noticiários falavam do que aconteceu ontem, o meu acidente tinha despertado a curiosidade de muitos. Todos já sabiam da calamidade de ontem e todos falavam da minha sorte.
Ataque de alguma ceita ou ataque de algum louco doente, nada comparado com o verdadeiro ocorrido.
Breve eu receberia muitos telefonemas, visitas e fotógrafos viriam me perturbar.
“A única.” Uma voz fez ecoar. “Anjo de fogo” A voz da criatura ecoou.
Anjo de fogo? O que isso significava?
Tomei um pouco de água e belisquei qualquer coisa, eu estava pensando em descansar quando o telefone tocou. Já havia começado.
_ Alô?
_ Angélica? _ A voz perguntou tímida.
_ Sim, quem é?
_ É a Sara. Você está bem?
_ Oi Sara, acho que sim..
_ Sinto muito.
_ Obrigada. Onde conseguiu meu numero?
Eu estava com medo deles terem publicado.
_ Ah! Foi Leandro quem me deu.
Ficamos um tempo sem falar nada.
_ Obrigada por ligar Sara.
_ Por nada, se precisa de alguém para conversar, sabe onde me encontrar. _ Ela disse o mesmo que eu.
_ Obrigada.
_ Tchau, se cuide. _ Ela disse se despedido.
A água que descia pelo meu corpo e escorria pelo ralo era vermelha e quanto mais eu esfregava meu corpo mais saía.
O que era tudo aquilo? O que estava acontecendo? Essas perguntas bombardeavam meu cérebro.
Mas afinal aquilo estava mesmo acontecendo?
Todos os noticiários falavam do que aconteceu ontem, o meu acidente tinha despertado a curiosidade de muitos. Todos já sabiam da calamidade de ontem e todos falavam da minha sorte.
Ataque de alguma ceita ou ataque de algum louco doente, nada comparado com o verdadeiro ocorrido.
Breve eu receberia muitos telefonemas, visitas e fotógrafos viriam me perturbar.
“A única.” Uma voz fez ecoar. “Anjo de fogo” A voz da criatura ecoou.
Anjo de fogo? O que isso significava?
Tomei um pouco de água e belisquei qualquer coisa, eu estava pensando em descansar quando o telefone tocou. Já havia começado.
_ Alô?
_ Angélica? _ A voz perguntou tímida.
_ Sim, quem é?
_ É a Sara. Você está bem?
_ Oi Sara, acho que sim..
_ Sinto muito.
_ Obrigada. Onde conseguiu meu numero?
Eu estava com medo deles terem publicado.
_ Ah! Foi Leandro quem me deu.
Ficamos um tempo sem falar nada.
_ Obrigada por ligar Sara.
_ Por nada, se precisa de alguém para conversar, sabe onde me encontrar. _ Ela disse o mesmo que eu.
_ Obrigada.
_ Tchau, se cuide. _ Ela disse se despedido.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
_ Eu sei muito bem o que vi. _ Eu disse desaprovando sua ideia.
Ele suspirou e levou a mão no rosto.
_ Hei, essa é a garota que sobreviveu ao massacre no estacionamento da boate? _ Perguntou um cara entrando.
O policial apenas balançou a cabeça dizendo que sim.
_ Olha pra cá. _ Ele disse batendo fotos.
_ Para!_ Eu gritei
_ Saia daqui. _ O policial disse se levantando.
_ Só mais uma. _ O fotografo pediu batendo mais fotos.
_ Sai já. _ O policial o empurrou para fora da sala.
_ Assine aqui o seu depoimento Angélica. _ O outro policial pediu.
Li o depoimento, ele havia escrito tudo que eu havia dito. No final havia meu nome com uma observação. “A única sobrevivente de uma chacina”.
_ Não sou a única, ainda tem minha amiga. _ Protestei.
_ Daiana Brito Castro, faleceu á quinze minutos atrás. Não resistiu. _ O outro disse sem se importar se sentando novamente á minha frente. _ Você é a única.
O policia que ficou me fazendo companhia dentro da salame acompanhou até a saída, me fazendo perguntas as quais não respondi.
_ Seu carro está lá fora. _ Avisou ele.
_ Obrigada.
_ Hei garota! _ Ele me chamou quando eu estava entrando no carro _ Você tem sorte. _ Ele disse como se estivesse me elogiando.
Fui a única sobrevivente de um massacre, de uma carnificina e quase fui morta por um monstro.
Sorte? Eu acho que não.
Ele suspirou e levou a mão no rosto.
_ Hei, essa é a garota que sobreviveu ao massacre no estacionamento da boate? _ Perguntou um cara entrando.
O policial apenas balançou a cabeça dizendo que sim.
_ Olha pra cá. _ Ele disse batendo fotos.
_ Para!_ Eu gritei
_ Saia daqui. _ O policial disse se levantando.
_ Só mais uma. _ O fotografo pediu batendo mais fotos.
_ Sai já. _ O policial o empurrou para fora da sala.
_ Assine aqui o seu depoimento Angélica. _ O outro policial pediu.
Li o depoimento, ele havia escrito tudo que eu havia dito. No final havia meu nome com uma observação. “A única sobrevivente de uma chacina”.
_ Não sou a única, ainda tem minha amiga. _ Protestei.
_ Daiana Brito Castro, faleceu á quinze minutos atrás. Não resistiu. _ O outro disse sem se importar se sentando novamente á minha frente. _ Você é a única.
O policia que ficou me fazendo companhia dentro da salame acompanhou até a saída, me fazendo perguntas as quais não respondi.
_ Seu carro está lá fora. _ Avisou ele.
_ Obrigada.
_ Hei garota! _ Ele me chamou quando eu estava entrando no carro _ Você tem sorte. _ Ele disse como se estivesse me elogiando.
Fui a única sobrevivente de um massacre, de uma carnificina e quase fui morta por um monstro.
Sorte? Eu acho que não.
_ Quem é Zafiriel?_ Ela perguntou já desmaiando.
_ Eu não sei. Não desmaia Daiana, fica comigo. _ Pedi. _ Socorro! _ Gritei.
Ela lutou para não desmaiar, mas ela havia perdido sangue demais e não podia resistir.
Os policias chegaram juntos com a ambulância, eles nos pegaram e nos levaram. Daiana para um hospital e eu para a delegacia. Pela cara que eles fizeram eles nunca haviam visto algo desse grau. Havia pedaços de Bruno espalhados por quase toda a quadra.
Da quadra para uma cadeira gelada na delegacia. Eu estava em uma sala acinzentada com um policial no lado de fora da porta me vigiando e um dentro encostado num canto da parede. O que estava dentro me olhava sem restrições. Eu estava inquieta com a minha roupa suja de sangue, sangue que não era meu e as cenas que não saiam da minha cabeça.
_ Angélica Trindade Carpel. _ Um policial disse entrando na sala acompanhado com um cara de óculos.
Ele jogou minha ficha na mesa e se sentou á minha frente.
_ Quero saber tudo que aconteceu. _ Ele disse.
Contei tudo, com todos os pontos, vírgulas, travessões. O policial me olhava confuso e em algumas vezes pude notar que ele estava segurando riso.
_ Está me dizendo que o cara que matou seus amigos se transformou em um tipo de criatura com asas e que depois um outro cara encapuzado o matou e o fez desaparecer?_ Ele perguntou incrédulo.
_ Foi isso que eu disse.
_ Senhorita Angélica, você e seus amigos estavam na boate Birinight e com certeza vocês ingeriram alguma bebida alcoólica e tomado algum tipo de comprimido.
A minha história era absurda, não havia sentido nenhum, parecia com um daqueles contos de terror que passa naquela série na TV. Se isso não tivesse acontecido comigo, se eu não tivesse visto o que vi, eu também não acreditaria, mas havia acontecido, foi real.
_ Qualquer exame de sangue vai provar que o baixo teor de álcool no meu sangue não me faria ter alucinações e que não há nenhum rastro de qualquer tipo de droga.
_ Então você quer que eu acredite que quem destroçou seus amigos foi uma criaturas de asas douradas e corpo cinzento que saiu de dentro de um homem? Pode ter sido uma ceita, há vários tipos de malucos na cidade e pelo pavor que sentiu, pelo choque que passou você está dizendo coisas.
_ Eu não sei. Não desmaia Daiana, fica comigo. _ Pedi. _ Socorro! _ Gritei.
Ela lutou para não desmaiar, mas ela havia perdido sangue demais e não podia resistir.
Os policias chegaram juntos com a ambulância, eles nos pegaram e nos levaram. Daiana para um hospital e eu para a delegacia. Pela cara que eles fizeram eles nunca haviam visto algo desse grau. Havia pedaços de Bruno espalhados por quase toda a quadra.
Da quadra para uma cadeira gelada na delegacia. Eu estava em uma sala acinzentada com um policial no lado de fora da porta me vigiando e um dentro encostado num canto da parede. O que estava dentro me olhava sem restrições. Eu estava inquieta com a minha roupa suja de sangue, sangue que não era meu e as cenas que não saiam da minha cabeça.
_ Angélica Trindade Carpel. _ Um policial disse entrando na sala acompanhado com um cara de óculos.
Ele jogou minha ficha na mesa e se sentou á minha frente.
_ Quero saber tudo que aconteceu. _ Ele disse.
Contei tudo, com todos os pontos, vírgulas, travessões. O policial me olhava confuso e em algumas vezes pude notar que ele estava segurando riso.
_ Está me dizendo que o cara que matou seus amigos se transformou em um tipo de criatura com asas e que depois um outro cara encapuzado o matou e o fez desaparecer?_ Ele perguntou incrédulo.
_ Foi isso que eu disse.
_ Senhorita Angélica, você e seus amigos estavam na boate Birinight e com certeza vocês ingeriram alguma bebida alcoólica e tomado algum tipo de comprimido.
A minha história era absurda, não havia sentido nenhum, parecia com um daqueles contos de terror que passa naquela série na TV. Se isso não tivesse acontecido comigo, se eu não tivesse visto o que vi, eu também não acreditaria, mas havia acontecido, foi real.
_ Qualquer exame de sangue vai provar que o baixo teor de álcool no meu sangue não me faria ter alucinações e que não há nenhum rastro de qualquer tipo de droga.
_ Então você quer que eu acredite que quem destroçou seus amigos foi uma criaturas de asas douradas e corpo cinzento que saiu de dentro de um homem? Pode ter sido uma ceita, há vários tipos de malucos na cidade e pelo pavor que sentiu, pelo choque que passou você está dizendo coisas.
As asas do monstro eram douradas, mas as penas eram negras. Sua face era desfigurada e em lugar de mãos ele tinha garras. Ele encaminhou na minha direção e me levantou pelo pescoço.
_ Anjo de fogo. _ Ele apertou mais o meu pescoço.
“Eu vou morrer.” Me lembrei.
Eu podia ver a morte ali. Estava ali parada, atrás do monstro, me olhando, estava encapuzada e como respeito com a cabeça baixa me esperando.
Fechei olhos, essa era a hora que eu ia saber se realmente passava o tal filminho, esperei a dor, porque sim eu pensava que iria se muita.
_ Inútil. _ Foi a ultima coisa que ouvi antes de cair e ficar toda ensanguentada.
_ Você está bem?
Eu estava no chão coberta de sangue, mas não era o meu sangue, era o sangue daquela coisa. Á minha frente havia uma pessoa encapuzada. A que eu havia julgado ser minha morte.
_ Você está bem? _ A pergunta foi feita novamente. Pela voz forte parecia ser um homem.
Balancei a cabeça positivamente. Ele tirou uma faca dourada em um dos bolsos do sobretudo e fincou na criatura que estava com a garganta cortada, o corpo dela desapareceu como se fosse cinzas levadas pelo vento.
_ O que é isso?_ Perguntei.
Ele não respondeu, deu as costas e desapareceu. Fiquei lá olhando pro nada, tentando entender algo.
_ Angélica? _ Uma voz fraca me chamou, vinha de trás do Palio.
_ Daiana!_ Dei graças a Deus por vê-la.
Ela estava deitada peto do carro e tinha um corte profundo no abdome.
_ Ele matou o Bruno. _ Ela disse sentindo dor. _ Ele procurava um tal de Zafiriel.
_ Se acalme, onde está o seu celular? Temos que chamar a polícia e uma ambulância.
_ Eu já liguei, ele o quebrou, logo estarão aqui.
Tirei a blusa dela e amarrei fortemente no local da ferida, isso iria ajudar na perda de sangue.
_ Anjo de fogo. _ Ele apertou mais o meu pescoço.
“Eu vou morrer.” Me lembrei.
Eu podia ver a morte ali. Estava ali parada, atrás do monstro, me olhando, estava encapuzada e como respeito com a cabeça baixa me esperando.
Fechei olhos, essa era a hora que eu ia saber se realmente passava o tal filminho, esperei a dor, porque sim eu pensava que iria se muita.
_ Inútil. _ Foi a ultima coisa que ouvi antes de cair e ficar toda ensanguentada.
_ Você está bem?
Eu estava no chão coberta de sangue, mas não era o meu sangue, era o sangue daquela coisa. Á minha frente havia uma pessoa encapuzada. A que eu havia julgado ser minha morte.
_ Você está bem? _ A pergunta foi feita novamente. Pela voz forte parecia ser um homem.
Balancei a cabeça positivamente. Ele tirou uma faca dourada em um dos bolsos do sobretudo e fincou na criatura que estava com a garganta cortada, o corpo dela desapareceu como se fosse cinzas levadas pelo vento.
_ O que é isso?_ Perguntei.
Ele não respondeu, deu as costas e desapareceu. Fiquei lá olhando pro nada, tentando entender algo.
_ Angélica? _ Uma voz fraca me chamou, vinha de trás do Palio.
_ Daiana!_ Dei graças a Deus por vê-la.
Ela estava deitada peto do carro e tinha um corte profundo no abdome.
_ Ele matou o Bruno. _ Ela disse sentindo dor. _ Ele procurava um tal de Zafiriel.
_ Se acalme, onde está o seu celular? Temos que chamar a polícia e uma ambulância.
_ Eu já liguei, ele o quebrou, logo estarão aqui.
Tirei a blusa dela e amarrei fortemente no local da ferida, isso iria ajudar na perda de sangue.
_Senhor, você está bem?
Ele se levantou e se virou lentamente, eu não sabia por que, mas eu tinha a impressão de já tê-lo visto. Seu rosto estava sujo de sangue e seus olhos estavam de um tom laranja claro.
_ Estou, mas em breve você não. _ Ele sorriu mostrando muitos dentes pontiagudos e sujos de sangue.
Correr foi a melhor coisa e mais inteligente que eu já fiz na minha vida, mas não adiantou ele pulou em cima de mim, me jogando no chão.
_ Eu tive muito trabalho para te achar. _ Ele disse bem perto do meu rosto. Seu hálito fedia á enxofre.
_ O que você quer? O que fez com meus amigos?
_ Seus amigos foram só o aperitivo eu estava esperando o prato principal, você. _ Ele disse rindo. _ Eles querem você.
_ Do que você está falando? Você pegou as pessoas erradas.
Eu tentava me soltar, mas ele estava prendendo meus braços e pernas com forca.
_ Não. Você é ele, o ser de linhagem pura. Mas você acaba aqui. _ Ele pegou uma faca a levantando.
Minhas mãos e minha marca começaram á queimar, meu corpo todo começou a tremer e graças a isso conseguir soltar umas das minhas mãos.
_ Eu não quero morrer! _ Eu empurrei com força a seu rosto.
Ele saiu de cima de mim com as mãos sobre o rosto gritando. Seu rosto estava derretendo e saia um liquido estranho.
_ O que é você?_ Gritei.
Ele passou a mão no rosto tirando o restante da pele, mostrando sua verdadeira face.
_ Sou o seu pesadelo. _ Ele respondeu com uma voz grossa sorrindo.
Ele se encolheu e suas costas começaram a se rasgar, grandes asas surgiram, um corpo começou á nascer do outro, era como se ele tivesse se desfazendo de uma roupa.
Fiquei ali paralisada, com as coisas que me aconteceram me bombardeando e depois os meus amigos, o sangue, aquela coisa.
Mas afinal o que era aquilo tudo?Será que aquilo não era só mais um pesadelo?
Quando a metamorfose terminou ele ainda me viu ali, parada, com o olhar vazio, com o corpo e mente paralisados. Apenas meus olhos se mexiam, minha respiração estava devagar e minha marca queimava como nunca havia queimado.
Ele se levantou e se virou lentamente, eu não sabia por que, mas eu tinha a impressão de já tê-lo visto. Seu rosto estava sujo de sangue e seus olhos estavam de um tom laranja claro.
_ Estou, mas em breve você não. _ Ele sorriu mostrando muitos dentes pontiagudos e sujos de sangue.
Correr foi a melhor coisa e mais inteligente que eu já fiz na minha vida, mas não adiantou ele pulou em cima de mim, me jogando no chão.
_ Eu tive muito trabalho para te achar. _ Ele disse bem perto do meu rosto. Seu hálito fedia á enxofre.
_ O que você quer? O que fez com meus amigos?
_ Seus amigos foram só o aperitivo eu estava esperando o prato principal, você. _ Ele disse rindo. _ Eles querem você.
_ Do que você está falando? Você pegou as pessoas erradas.
Eu tentava me soltar, mas ele estava prendendo meus braços e pernas com forca.
_ Não. Você é ele, o ser de linhagem pura. Mas você acaba aqui. _ Ele pegou uma faca a levantando.
Minhas mãos e minha marca começaram á queimar, meu corpo todo começou a tremer e graças a isso conseguir soltar umas das minhas mãos.
_ Eu não quero morrer! _ Eu empurrei com força a seu rosto.
Ele saiu de cima de mim com as mãos sobre o rosto gritando. Seu rosto estava derretendo e saia um liquido estranho.
_ O que é você?_ Gritei.
Ele passou a mão no rosto tirando o restante da pele, mostrando sua verdadeira face.
_ Sou o seu pesadelo. _ Ele respondeu com uma voz grossa sorrindo.
Ele se encolheu e suas costas começaram a se rasgar, grandes asas surgiram, um corpo começou á nascer do outro, era como se ele tivesse se desfazendo de uma roupa.
Fiquei ali paralisada, com as coisas que me aconteceram me bombardeando e depois os meus amigos, o sangue, aquela coisa.
Mas afinal o que era aquilo tudo?Será que aquilo não era só mais um pesadelo?
Quando a metamorfose terminou ele ainda me viu ali, parada, com o olhar vazio, com o corpo e mente paralisados. Apenas meus olhos se mexiam, minha respiração estava devagar e minha marca queimava como nunca havia queimado.
Meu vestido era de cor prata cintilante, curto de cetim leve com algumas pedras, eu havia comprado há alguns meses, mas nunca tive oportunidade de usar, até hoje.
O espelho com uma rachadura grande central me dizia que apesar de alguns fios fora do lugar minha cabeleira cor de cobre estava razoável e que minha boca estava bem com sua cor normal.
Bruno e Daiana estavam me esperando no estacionamento, as luzes do beco eram fracas bem baixas e algumas que iluminavam a quadra estavam quebradas e outras queimadas. O clima estava um pouco frio, ainda bem que eu havia trago um casaco.
A quadra estava lotada, mas eu sabia que o meu prisma era um dos últimos, um pouco escondido, junto com o palio do Bruno. Na quadra só se podia ouvir o barulho que minha sandália fazia ao tocar o chão acabado.
De repente ouvi algo que parecia ser o som de algo se partindo. Eu tinha uma boa audição que às vezes me trazia problemas, certas coisas não deviam ser ouvidas.
_ Bruno, Daiana!_ Eu chamei. _ Se for algum tipo de brincadeira parem já.
Cruzei os braços e comecei a andar depressa, eu esperava ter ouvido coisas. Escutei novamente o som de algo se partindo antes de escorregar e cai.
_ Droga!
O lugar onde eu havia caindo estava molhado e por causa da pouca luz eu não tinha enxergado. Enquanto lá dentro tinha muita, ali fora era raro, devia ser óleo.
Levantei-me, meus braços estavam molhados e minha perna direita doía um pouco, eu tinha apenas machucado a carne. Instintamente passei a mão no braço para limpá-lo e dei alguns passos para debaixo de uma fraca lâmpada que piscava ameaçando á queimar, a pouca luz revelou um líquido vermelho.
Olhei pro chão e ali poucos metros a diante havia outra poça, a pouca luz refletia nela, era sangue.
_ Oh, meu Deus! O que é isso?
Ouvi o barulho novamente, ele vinha mais á frente perto de onde estava meu carro.
_ Tem alguém aí? _ Gritei. _ Por favor. _ Murmurei.
Eu não conseguia dizer se eu queria que tivesse alguém ou não . Me aproximei devagar, ao lado do meu carro havia uma pessoa agachada. Estava usando uma capa de chuva preta com o capuz tampando a cabeça ao redor dele havia muito sangue.
O espelho com uma rachadura grande central me dizia que apesar de alguns fios fora do lugar minha cabeleira cor de cobre estava razoável e que minha boca estava bem com sua cor normal.
Bruno e Daiana estavam me esperando no estacionamento, as luzes do beco eram fracas bem baixas e algumas que iluminavam a quadra estavam quebradas e outras queimadas. O clima estava um pouco frio, ainda bem que eu havia trago um casaco.
A quadra estava lotada, mas eu sabia que o meu prisma era um dos últimos, um pouco escondido, junto com o palio do Bruno. Na quadra só se podia ouvir o barulho que minha sandália fazia ao tocar o chão acabado.
De repente ouvi algo que parecia ser o som de algo se partindo. Eu tinha uma boa audição que às vezes me trazia problemas, certas coisas não deviam ser ouvidas.
_ Bruno, Daiana!_ Eu chamei. _ Se for algum tipo de brincadeira parem já.
Cruzei os braços e comecei a andar depressa, eu esperava ter ouvido coisas. Escutei novamente o som de algo se partindo antes de escorregar e cai.
_ Droga!
O lugar onde eu havia caindo estava molhado e por causa da pouca luz eu não tinha enxergado. Enquanto lá dentro tinha muita, ali fora era raro, devia ser óleo.
Levantei-me, meus braços estavam molhados e minha perna direita doía um pouco, eu tinha apenas machucado a carne. Instintamente passei a mão no braço para limpá-lo e dei alguns passos para debaixo de uma fraca lâmpada que piscava ameaçando á queimar, a pouca luz revelou um líquido vermelho.
Olhei pro chão e ali poucos metros a diante havia outra poça, a pouca luz refletia nela, era sangue.
_ Oh, meu Deus! O que é isso?
Ouvi o barulho novamente, ele vinha mais á frente perto de onde estava meu carro.
_ Tem alguém aí? _ Gritei. _ Por favor. _ Murmurei.
Eu não conseguia dizer se eu queria que tivesse alguém ou não . Me aproximei devagar, ao lado do meu carro havia uma pessoa agachada. Estava usando uma capa de chuva preta com o capuz tampando a cabeça ao redor dele havia muito sangue.
Os participantes ficavam rodeados por uma multidão de curiosos, tinha um tapete com figuras coloridas bem perto do grande telão onde passava as figuras as quais devíamos usar para montar a coreografia. As duplas não dançavam juntas, cada uma tinha uma hora para disputar com o outro.
Bruno havia detonado um cara, sorte dele que o cara estava trocando as pernas de tão bêbado, fez 87 pontos, pena que eu não tinha tanta sorte. Para a minha infelicidade a minha concorrente foi justamente a Daiana, eu tinha que parar de bater de frente com ela.
_ Boa sorte! _ Eu disse.
Ela acenou com a cabeça e se colocou em posição, pelo jeito era eu que iria precisar. Fiquei na posição e então as luzes se abaixarão, apareceu um grande globo de luz que começou a rodar e o jogo começou.
As primeiras sequências foram fáceis, mas como ordem natural do mundo há momentos que as coisas ficam difíceis.
A sequência aumentou e ficou mais rápida, Daiana estava se saindo bem enquanto eu me esforçava para seguir o ritmo. As luzes estavam me atrapalhando e eu mal via as figuras, eu estava ficando tonta de novo. No fim Daiana ganhou, ela fez 95 pontos e eu 70. Quando sair daquele caos de luz eu mal enxergava direito.
_ Você foi bem. _ Disse Bruno me consolando.
_ Nem tanto.
Depois disso disputaram com mais alguns e no fim Bruno e Daiana se enfrentaram, Daiana ganhou.
Muitos de nós já tinham ido embora, só havia sobrado apenas nos três.
_ Bom, está na hora de ir. _ Disse Bruno. _ Já comemoramos muito e amanhã é segunda dia de trabalho.
_ A dura realidade. _ Lamentou-se Daiana.
O estacionamento da Birinight ficava num beco atrás dela. Não era bem um estacionamento, era uma quadra velha onde os clientes deixavam seus carros.
_ Vão indo na frente, eu preciso ir ao banheiro.
Banheiro não era o nome específico para aquilo, parecia mais com uma cela. Espelho quebrado, algumas portas arrancadas e os sanitários completamente esquecidos pela faxineira, mas eu tinha que usar. Peguei folhas e mais folhas de papel toalha e forrei a borda do vaso e subi em cima dele, se eu tocasse nele com certeza eu iria pegar alguma doença. Ainda bem que eu estava de vestido, isso ajudou bastante.
Bruno havia detonado um cara, sorte dele que o cara estava trocando as pernas de tão bêbado, fez 87 pontos, pena que eu não tinha tanta sorte. Para a minha infelicidade a minha concorrente foi justamente a Daiana, eu tinha que parar de bater de frente com ela.
_ Boa sorte! _ Eu disse.
Ela acenou com a cabeça e se colocou em posição, pelo jeito era eu que iria precisar. Fiquei na posição e então as luzes se abaixarão, apareceu um grande globo de luz que começou a rodar e o jogo começou.
As primeiras sequências foram fáceis, mas como ordem natural do mundo há momentos que as coisas ficam difíceis.
A sequência aumentou e ficou mais rápida, Daiana estava se saindo bem enquanto eu me esforçava para seguir o ritmo. As luzes estavam me atrapalhando e eu mal via as figuras, eu estava ficando tonta de novo. No fim Daiana ganhou, ela fez 95 pontos e eu 70. Quando sair daquele caos de luz eu mal enxergava direito.
_ Você foi bem. _ Disse Bruno me consolando.
_ Nem tanto.
Depois disso disputaram com mais alguns e no fim Bruno e Daiana se enfrentaram, Daiana ganhou.
Muitos de nós já tinham ido embora, só havia sobrado apenas nos três.
_ Bom, está na hora de ir. _ Disse Bruno. _ Já comemoramos muito e amanhã é segunda dia de trabalho.
_ A dura realidade. _ Lamentou-se Daiana.
O estacionamento da Birinight ficava num beco atrás dela. Não era bem um estacionamento, era uma quadra velha onde os clientes deixavam seus carros.
_ Vão indo na frente, eu preciso ir ao banheiro.
Banheiro não era o nome específico para aquilo, parecia mais com uma cela. Espelho quebrado, algumas portas arrancadas e os sanitários completamente esquecidos pela faxineira, mas eu tinha que usar. Peguei folhas e mais folhas de papel toalha e forrei a borda do vaso e subi em cima dele, se eu tocasse nele com certeza eu iria pegar alguma doença. Ainda bem que eu estava de vestido, isso ajudou bastante.
5. O começo
Birinight, esse era o nome do lugar onde agora eu estava.
Uma boate grande e exótica, estava transbordando de pessoas que dançavam ao som da musica eletrônica e do balanço das luzes coloridas que estavam me deixando zonza.
Um armazém com paredes e chão de madeira, as pessoas se situavam na pista e no bar, atrás das paredes finas de madeira havia outro ambiente a ala vip onde as pessoas importantes tratavam de negócios e eram bem servidas. Havia um telão á frente da pista para jogos dançantes, onde as pessoas disputavam entre si.
Nem todos os funcionários estavam ali como o prometido, apenas alguns garçons, Bruno e Daiana. Eles estavam na pista se divertindo e eu estava no bar esperando a minha bebida enquanto o barman brincava de fazer malabarismo com os ingredientes dela.
_ Aqui está. _ Ele empurrou meu copo na mesa o fazendo parar sem derramar uma gota.
Fiquei ali mesmo, tomando o meu coquetel. Aquilo ia fazer um estrago nas células do meu fígado, mas naquele momento eu não estava ligando pra isso.
_ Aí está você. _ Disse Bruno se sentando ao meu lado, em seguida ele pediu uma caipirinha. _ Vai ter uma disputa de dança que ser meu par?
_ É melhor não Bruno, você perderia, essas luzes me deixam tonta.
_ Pare com isso, vamos!_ Ele pegou minha mão. _ Isso acontece só no inicio, depois você se acostuma.
_ Se eu fosse você não me daria muito crédito. _ Eu disse tomando mais um pouco do meu coquetel.
_ Mas você não é. _ Ele sorriu. _ E Daiana apostou cinquenta reais comigo, ela vai ganhar se você não for.
De repente me deu vontade de participar, no mínimo por eu quase não sair ela achava que eu fosse uma sem sal.
_ Mande ela aposta cem. _ Bebi o resto do coquetel e bati o copo.
_ É isso aí!_ Ele sorriu animado.
Uma boate grande e exótica, estava transbordando de pessoas que dançavam ao som da musica eletrônica e do balanço das luzes coloridas que estavam me deixando zonza.
Um armazém com paredes e chão de madeira, as pessoas se situavam na pista e no bar, atrás das paredes finas de madeira havia outro ambiente a ala vip onde as pessoas importantes tratavam de negócios e eram bem servidas. Havia um telão á frente da pista para jogos dançantes, onde as pessoas disputavam entre si.
Nem todos os funcionários estavam ali como o prometido, apenas alguns garçons, Bruno e Daiana. Eles estavam na pista se divertindo e eu estava no bar esperando a minha bebida enquanto o barman brincava de fazer malabarismo com os ingredientes dela.
_ Aqui está. _ Ele empurrou meu copo na mesa o fazendo parar sem derramar uma gota.
Fiquei ali mesmo, tomando o meu coquetel. Aquilo ia fazer um estrago nas células do meu fígado, mas naquele momento eu não estava ligando pra isso.
_ Aí está você. _ Disse Bruno se sentando ao meu lado, em seguida ele pediu uma caipirinha. _ Vai ter uma disputa de dança que ser meu par?
_ É melhor não Bruno, você perderia, essas luzes me deixam tonta.
_ Pare com isso, vamos!_ Ele pegou minha mão. _ Isso acontece só no inicio, depois você se acostuma.
_ Se eu fosse você não me daria muito crédito. _ Eu disse tomando mais um pouco do meu coquetel.
_ Mas você não é. _ Ele sorriu. _ E Daiana apostou cinquenta reais comigo, ela vai ganhar se você não for.
De repente me deu vontade de participar, no mínimo por eu quase não sair ela achava que eu fosse uma sem sal.
_ Mande ela aposta cem. _ Bebi o resto do coquetel e bati o copo.
_ É isso aí!_ Ele sorriu animado.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
_ É _ concordei. _ Ainda vamos sair amanhã?
_ Claro, amanhã a comemoração é geral, todos irão.
_ Leandro e Fernando? _ Perguntei meio incrédula.
_ Todos menos eles. _ Ele sorriu. _ Posso contar com você, certo?
_ Claro, pra onde vamos?
_ Numa boate aqui da cidade mesmo. Vamos dançar, beber, nos divertir. _ Ele se balançou animado.
Eu até podia ver a cena, aquele tanto de gente se acabando de dançar e de beber, zonzos com tanta luz e na segunda, dia de trabalho todos com ressaca reclamando de dor de cabeça e corpo ruim, mas rindo até o canto dizendo que foi por um bom motivo. Leandro como uma bomba prestes a explodir e Fernando reclamando como sempre.
Eu que não iria ser do contra, eu estava precisando correr o risco.
_ Tem limite de idade?
_ Maiores de dezoito anos. Pensando em levar alguém?
_ Na verdade sim, pensei na Sara.
_ A aprendiz. _ Ele se lembrou. _ É, vai ficar para próxima vez, apenas para os responsáveis.
_ Então não poderemos ir. _ Brinquei.
_ Apenas para responsáveis legalizados._ Ele riu. _ Amanhã as oito.
_ Marcado.
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_ Claro, amanhã a comemoração é geral, todos irão.
_ Leandro e Fernando? _ Perguntei meio incrédula.
_ Todos menos eles. _ Ele sorriu. _ Posso contar com você, certo?
_ Claro, pra onde vamos?
_ Numa boate aqui da cidade mesmo. Vamos dançar, beber, nos divertir. _ Ele se balançou animado.
Eu até podia ver a cena, aquele tanto de gente se acabando de dançar e de beber, zonzos com tanta luz e na segunda, dia de trabalho todos com ressaca reclamando de dor de cabeça e corpo ruim, mas rindo até o canto dizendo que foi por um bom motivo. Leandro como uma bomba prestes a explodir e Fernando reclamando como sempre.
Eu que não iria ser do contra, eu estava precisando correr o risco.
_ Tem limite de idade?
_ Maiores de dezoito anos. Pensando em levar alguém?
_ Na verdade sim, pensei na Sara.
_ A aprendiz. _ Ele se lembrou. _ É, vai ficar para próxima vez, apenas para os responsáveis.
_ Então não poderemos ir. _ Brinquei.
_ Apenas para responsáveis legalizados._ Ele riu. _ Amanhã as oito.
_ Marcado.
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Eles começaram a conversar e os vendo assim eu podia dizer que Leandro tinha feito tempestade em copo d’ água. Eles haviam se mostrado normais como qualquer cliente todos menos aquele de cabeça baixa, ele era o único que se encaixava na história de Leandro.
_ Estava maravilhoso. _ Elogio Karmos.
_ Que bom que agradou Sr. Monte Negro. _ Agradeceu Fernando.
_ Não só a mim como todos.
Eu duvidava, mas bem a maioria sempre ganha.
_ Decoração agradável, musica de qualidade, comida ótima _ ele continuou. _ Uma boa recepção. _ Ele sorriu me apontando. _ Tudo ótimo, parabéns Leandro.
_ Eu sempre tento fazer o melhor. _ Respondeu Leandro todo sorrisos.
_ Bem, amanhã virei aqui para ver a parte da contabilidade. _ Ele disse se levantando junto com os outros.
Ele nos cumprimentou com um aperto de mão forte, ele, Katrine e Córius. A morena e o Monte Negro mais novo não disseram nada quando passaram. Daniel passou com as mãos dentro do bolso, quando passou por de mim ele levantou a cabeça e olhou bem nos meus olhos. Seus olhos eram negros, tão negros como a noite. Ele estava os exibindo, depois ele sorriu e passou o braço por cima da morena.
Ele estava caçoando de mim, brincando com a minha lógica. Mas eu tinha visto seus olhos antes e não eram negros era amarelo ouro. Eu sei o que vi, meu cérebro estava tendo um curto circuito de tantas ideias.
_ O jantar foi um sucesso! _ Gritou Leandro quando o carro deles saiu do estacionamento.
_ Champanhe para todos! _ Gritou Fernando com uma garrafa na mão.
Leandro saiu abraçando e beijando a todos.
_ Parabéns Angélica. _ Leandro pegou em minha mão e começou a balançá-la sem parar. _ Pelo que vi gostaram de você.
“Nem todos.” Lembrei do Montenegro mais novo e da morena.
_ Parece que sim. _ Sorrir e fui me juntar aos garçons. Leandro havia liberado a orquestra e agora só nós estávamos lá comemorando.
_ Até que eles não são o bicho papão que Leandro apresentou. _ Disse Bruno.
_ Estava maravilhoso. _ Elogio Karmos.
_ Que bom que agradou Sr. Monte Negro. _ Agradeceu Fernando.
_ Não só a mim como todos.
Eu duvidava, mas bem a maioria sempre ganha.
_ Decoração agradável, musica de qualidade, comida ótima _ ele continuou. _ Uma boa recepção. _ Ele sorriu me apontando. _ Tudo ótimo, parabéns Leandro.
_ Eu sempre tento fazer o melhor. _ Respondeu Leandro todo sorrisos.
_ Bem, amanhã virei aqui para ver a parte da contabilidade. _ Ele disse se levantando junto com os outros.
Ele nos cumprimentou com um aperto de mão forte, ele, Katrine e Córius. A morena e o Monte Negro mais novo não disseram nada quando passaram. Daniel passou com as mãos dentro do bolso, quando passou por de mim ele levantou a cabeça e olhou bem nos meus olhos. Seus olhos eram negros, tão negros como a noite. Ele estava os exibindo, depois ele sorriu e passou o braço por cima da morena.
Ele estava caçoando de mim, brincando com a minha lógica. Mas eu tinha visto seus olhos antes e não eram negros era amarelo ouro. Eu sei o que vi, meu cérebro estava tendo um curto circuito de tantas ideias.
_ O jantar foi um sucesso! _ Gritou Leandro quando o carro deles saiu do estacionamento.
_ Champanhe para todos! _ Gritou Fernando com uma garrafa na mão.
Leandro saiu abraçando e beijando a todos.
_ Parabéns Angélica. _ Leandro pegou em minha mão e começou a balançá-la sem parar. _ Pelo que vi gostaram de você.
“Nem todos.” Lembrei do Montenegro mais novo e da morena.
_ Parece que sim. _ Sorrir e fui me juntar aos garçons. Leandro havia liberado a orquestra e agora só nós estávamos lá comemorando.
_ Até que eles não são o bicho papão que Leandro apresentou. _ Disse Bruno.
_ O que está ao lado dele, o de cabelo preto é Daniel irmão dele. O ruivo é Córius Martins amigo deles, a loira é Katrine Mcgold companheira dele, a morena não sei quem é. _ Respondeu Leandro. _ Agora volte para lá Angélica, sabe que não pode deixá-los tanto tempo sozinhos.
A orquestra ainda tocava e eles ainda comiam. Talvez Leandro tivesse feito terrorismo a toa.
_ Depois darei pessoalmente parabéns ao chefe. _ Disse Karmos assim que me aproximei.
_ É bom saber que está ao agrado.
_ Sim, e esse vinho é ótimo. _ Katrine levantou a taça.
_ Isso nos deixa feliz. _ Eu disse olhando para Katrine, até que percebi algo estranho.
O cara que estava com a cabeça baixa, o Monte Negro mais jovem estava olhando para mim. Seus olhos estavam estranhos num tom de amarelo ouro e ele mexia os lábios rapidamente.
_ Angélica.
Senti uma mão no meu braço.
_ Está tudo bem.
Isso não era uma pergunta, era uma afirmativa.
_ Está tudo bem. _ Repetir.
_ Ótimo, peça para trazer a sobremesa.
Acenei com a cabeça e me retirei e de novo os garçons os serviram elegantemente. Sentir meu braço formigar depois que Karmos o pegou, devia ser nervosismo meu. Mas não tinha porque, o jantar estava sendo calmo e eles não se mostraram sendo o Hitler que Leandro descreveu.
Mas os olhos do Monte Negro mais novo, o Daniel eram amarelo ouro. Lente? Esse povo rico gosta de parecer diferente, lançar uma nova moda. Mas porque o movimento dos lábios, aquilo era estranho.
Será que eu estava vendo coisas? Nos últimos dias estava acontecendo coisas estranhas demais para uma pessoa só.
Fiquei ao lado da orquestra os observando, o mais novo havia voltado a sua postura normal, mãos na mesa e cabeça baixa. Dessa vez quem me olhou foi a morena , tinha algo no olhar dela que me incomodava, era parecido com o olhar que um predador dava para sua presa.
A orquestra ainda tocava e eles ainda comiam. Talvez Leandro tivesse feito terrorismo a toa.
_ Depois darei pessoalmente parabéns ao chefe. _ Disse Karmos assim que me aproximei.
_ É bom saber que está ao agrado.
_ Sim, e esse vinho é ótimo. _ Katrine levantou a taça.
_ Isso nos deixa feliz. _ Eu disse olhando para Katrine, até que percebi algo estranho.
O cara que estava com a cabeça baixa, o Monte Negro mais jovem estava olhando para mim. Seus olhos estavam estranhos num tom de amarelo ouro e ele mexia os lábios rapidamente.
_ Angélica.
Senti uma mão no meu braço.
_ Está tudo bem.
Isso não era uma pergunta, era uma afirmativa.
_ Está tudo bem. _ Repetir.
_ Ótimo, peça para trazer a sobremesa.
Acenei com a cabeça e me retirei e de novo os garçons os serviram elegantemente. Sentir meu braço formigar depois que Karmos o pegou, devia ser nervosismo meu. Mas não tinha porque, o jantar estava sendo calmo e eles não se mostraram sendo o Hitler que Leandro descreveu.
Mas os olhos do Monte Negro mais novo, o Daniel eram amarelo ouro. Lente? Esse povo rico gosta de parecer diferente, lançar uma nova moda. Mas porque o movimento dos lábios, aquilo era estranho.
Será que eu estava vendo coisas? Nos últimos dias estava acontecendo coisas estranhas demais para uma pessoa só.
Fiquei ao lado da orquestra os observando, o mais novo havia voltado a sua postura normal, mãos na mesa e cabeça baixa. Dessa vez quem me olhou foi a morena , tinha algo no olhar dela que me incomodava, era parecido com o olhar que um predador dava para sua presa.
_ Sigam-me. _ Foi o que eu consegui dizer.
Eles me seguiram e eu os levei a grande e única mesa do centro, perto da orquestra, que os receberam com notas bem alegres.
Os casais se sentaram nas laterais, o ruivo e o outro moreno puxaram as cadeiras para as mulheres no mesmo tempo e elas se sentaram juntas harmoniosamente.
A loira par do ruivo tinha os olhos incrivelmente azuis que chegavam a quase o mesmo tom do vestido, deixavam até os meus azuis desbotados mais desbotados. Ela sorriu pra ele como agradecimento. A outra, par do moreno tinha a pele morena e traços asiáticos e agora que eu havia reparado ela também tinha um cabelo bem longo que estava trançado, seus olhos eram da cor de cappuccino. Seu parceiro não estava muito a vontade, estava com as mãos sobre a mesa e com a cabeça baixa.
_ Seu nome é Angélica, certo? _ O que estava sozinho perguntou.
_ Sim, senhor.
_ O que vocês prepararam hoje para nós?
_ Pato com laranja, vinho branco e de sobremesa mousse de frutas.
Ele sorriu satisfeito.
_ Peça para trazer.
Com um aceno com a cabeça, os garçons saíram de sua forma organizada e foram buscar a refeição.
A loira e o ruivo começaram a falar da decoração, enquanto a morena de traços asiáticos observava tudo com atenção.
Os garçons os serviram elegantemente e saíram ordenados voltando a ficar na parede ao lado direito.
_ Espero que agrade o paladar de vocês. _ Eu disse antes de sair. Em seguida a orquestra começou a tocar uma musica suave.
Leandro e Fernando estavam loucos na cozinha, queriam saber de tudo.
_ O que eles disseram? _ Perguntou Leandro.
_ O que está sozinho perguntou meu nome e o prato servido.
_ O que está sozinho é Karmos Monte Negro. _ Disse Leandro.
_ E os outros quem são?
Eles me seguiram e eu os levei a grande e única mesa do centro, perto da orquestra, que os receberam com notas bem alegres.
Os casais se sentaram nas laterais, o ruivo e o outro moreno puxaram as cadeiras para as mulheres no mesmo tempo e elas se sentaram juntas harmoniosamente.
A loira par do ruivo tinha os olhos incrivelmente azuis que chegavam a quase o mesmo tom do vestido, deixavam até os meus azuis desbotados mais desbotados. Ela sorriu pra ele como agradecimento. A outra, par do moreno tinha a pele morena e traços asiáticos e agora que eu havia reparado ela também tinha um cabelo bem longo que estava trançado, seus olhos eram da cor de cappuccino. Seu parceiro não estava muito a vontade, estava com as mãos sobre a mesa e com a cabeça baixa.
_ Seu nome é Angélica, certo? _ O que estava sozinho perguntou.
_ Sim, senhor.
_ O que vocês prepararam hoje para nós?
_ Pato com laranja, vinho branco e de sobremesa mousse de frutas.
Ele sorriu satisfeito.
_ Peça para trazer.
Com um aceno com a cabeça, os garçons saíram de sua forma organizada e foram buscar a refeição.
A loira e o ruivo começaram a falar da decoração, enquanto a morena de traços asiáticos observava tudo com atenção.
Os garçons os serviram elegantemente e saíram ordenados voltando a ficar na parede ao lado direito.
_ Espero que agrade o paladar de vocês. _ Eu disse antes de sair. Em seguida a orquestra começou a tocar uma musica suave.
Leandro e Fernando estavam loucos na cozinha, queriam saber de tudo.
_ O que eles disseram? _ Perguntou Leandro.
_ O que está sozinho perguntou meu nome e o prato servido.
_ O que está sozinho é Karmos Monte Negro. _ Disse Leandro.
_ E os outros quem são?
_ O que seria?
_ Sair pra comemorar.
_ Ta aí uma coisa boa. _ Apontei sorrindo.
Sair para noitadas não era muito minha praia, mas com as coisas que estavam acontecendo e depois de hoje eu merecia isso, parecia ser a coisa certa a chance de me distrai.
No restaurante Leandro estava ansioso olhando para a janela.
_ Eles chegaram. _ Ele disse nervoso.
Todos foram para a janela para ver. Um carro negro estilo esportivo havia acabado de estacionar.
_ Vamos trabalhar pessoal. _ Leandro anunciou. _ Angélica fique preparada, assim que eles entrarem faça como o combinado.
Os garçons se alinharam num lado do restaurante um ao lado do outro, todos bem sérios de postura reta.
Leandro ficou ao meu lado, agora secava sua testa com um lenço. Tenho que confessar que fiquei um pouco nervosa. Quando as portas se abriram cinco pessoas entraram, sendo elas três homens e duas mulheres. Tanto os homens quanto as mulheres eram belíssimos.
Havia um ruivo alto, magro dos olhos verdes esmeralda de parar o transito, ele estava ao lado de uma loira alta que estava com o cabelo preso em um coque é um vestido azul maravilhoso. Foram os que me chamaram mais atenção.
_ Vamos Angélica. _ Leandro me deu um tapinha nas costas e em seguida foi na direção dos convidados. Respirei fundo e fui atrás dele.
_ Boa noite a todos, é um prazer tê-los aqui. _ Disse Leandro com um largo sorriso.
_ Boa noite Leandro. _ Disse o homem que estava no meio dos casais.
Ele era o mais alto ali, seu cabelo era castanho escuro e seus olhos num tom de marrom folha seca, o terno descrevia seu corpo grande e bem definido e como os outros tinha feições bem másculas. Ele devia ser o mais velho dos Monte Negro, mas afinal quantos eram?
_ Essa é Angélica. _ Disse Leandro me apontando. _ Ela vai cuidar da recepção de vocês hoje.
O homem que cumprimentou Leandro sorriu. Em seguida Leandro foi embora me deixando sozinha com eles e por um minuto eu esqueci tudo que sabia, tudo que Leandro havia papagaiado no meu ouvido o tempo inteiro.
_ Sair pra comemorar.
_ Ta aí uma coisa boa. _ Apontei sorrindo.
Sair para noitadas não era muito minha praia, mas com as coisas que estavam acontecendo e depois de hoje eu merecia isso, parecia ser a coisa certa a chance de me distrai.
No restaurante Leandro estava ansioso olhando para a janela.
_ Eles chegaram. _ Ele disse nervoso.
Todos foram para a janela para ver. Um carro negro estilo esportivo havia acabado de estacionar.
_ Vamos trabalhar pessoal. _ Leandro anunciou. _ Angélica fique preparada, assim que eles entrarem faça como o combinado.
Os garçons se alinharam num lado do restaurante um ao lado do outro, todos bem sérios de postura reta.
Leandro ficou ao meu lado, agora secava sua testa com um lenço. Tenho que confessar que fiquei um pouco nervosa. Quando as portas se abriram cinco pessoas entraram, sendo elas três homens e duas mulheres. Tanto os homens quanto as mulheres eram belíssimos.
Havia um ruivo alto, magro dos olhos verdes esmeralda de parar o transito, ele estava ao lado de uma loira alta que estava com o cabelo preso em um coque é um vestido azul maravilhoso. Foram os que me chamaram mais atenção.
_ Vamos Angélica. _ Leandro me deu um tapinha nas costas e em seguida foi na direção dos convidados. Respirei fundo e fui atrás dele.
_ Boa noite a todos, é um prazer tê-los aqui. _ Disse Leandro com um largo sorriso.
_ Boa noite Leandro. _ Disse o homem que estava no meio dos casais.
Ele era o mais alto ali, seu cabelo era castanho escuro e seus olhos num tom de marrom folha seca, o terno descrevia seu corpo grande e bem definido e como os outros tinha feições bem másculas. Ele devia ser o mais velho dos Monte Negro, mas afinal quantos eram?
_ Essa é Angélica. _ Disse Leandro me apontando. _ Ela vai cuidar da recepção de vocês hoje.
O homem que cumprimentou Leandro sorriu. Em seguida Leandro foi embora me deixando sozinha com eles e por um minuto eu esqueci tudo que sabia, tudo que Leandro havia papagaiado no meu ouvido o tempo inteiro.
_ Como?_ Perguntei de novo para ter certeza.
_ Quero que vista os garçons. _ Ele repetiu.
_ Eles já não são bem grandinhos pra isso.
_ Mas não devem saber dá um simples nó em uma gravata.
Eu odiava essas atitudes do Leandro, isso mostrava o tão fútil era.
_ Vou ver o que posso fazer. _ Lhe dei as costas e desci para o vestiário.
_ Estão vestidos garotos?
_ Já estamos._ Parecia um coral.
_ Fiquei só na curiosidade então. _ Brinquei.
Eles rirão.
_ O que Leandro quer?
_ Que eu vista vocês.
_ Opa! _ Um dos garçons disse sorrindo. _ Não seja por isso ele pôs a mão na calça.
_ Pare com isso. _ Bruno disse lhe dando um tapa na nuca.
_ Na verdade a minha missão é apenas colocar a gravata.
_ Pelo menos isso. _ Brincou o outro.
_ Então fiquem em fila com a gravata na mão.
Eles me obedeceram tinha exatamente sete garçons, haja gravata.
_ Vai dá tudo certo, não é? _ Bruno perguntou.
_ Claro! _ Dei um nó na gravata dele. _ Tem que ser mais otimista Bruno.
_ Eu sei._ Ele disse desanimado.
Todos já haviam subido apenas eu e ele havíamos ficado.
_ Daiana está bem?_ perguntei.
_ Com dor de cotovelo, mas bem. _ Ele disse brincando, mas eu sabia que era verdade.
_ Espero que não dê problemas, eu não...
_ Não se preocupe Angélica. _ Ele me cortou. _ Está aqui pelo simples fato de merecer está. Além do mais Leandro não ia poder contar com os atrasos dela. Ah!_ Ele pegou em minha mão. _ Tenho planos caso isso dê certo. _ Ele disse sorridente.
_ Quero que vista os garçons. _ Ele repetiu.
_ Eles já não são bem grandinhos pra isso.
_ Mas não devem saber dá um simples nó em uma gravata.
Eu odiava essas atitudes do Leandro, isso mostrava o tão fútil era.
_ Vou ver o que posso fazer. _ Lhe dei as costas e desci para o vestiário.
_ Estão vestidos garotos?
_ Já estamos._ Parecia um coral.
_ Fiquei só na curiosidade então. _ Brinquei.
Eles rirão.
_ O que Leandro quer?
_ Que eu vista vocês.
_ Opa! _ Um dos garçons disse sorrindo. _ Não seja por isso ele pôs a mão na calça.
_ Pare com isso. _ Bruno disse lhe dando um tapa na nuca.
_ Na verdade a minha missão é apenas colocar a gravata.
_ Pelo menos isso. _ Brincou o outro.
_ Então fiquem em fila com a gravata na mão.
Eles me obedeceram tinha exatamente sete garçons, haja gravata.
_ Vai dá tudo certo, não é? _ Bruno perguntou.
_ Claro! _ Dei um nó na gravata dele. _ Tem que ser mais otimista Bruno.
_ Eu sei._ Ele disse desanimado.
Todos já haviam subido apenas eu e ele havíamos ficado.
_ Daiana está bem?_ perguntei.
_ Com dor de cotovelo, mas bem. _ Ele disse brincando, mas eu sabia que era verdade.
_ Espero que não dê problemas, eu não...
_ Não se preocupe Angélica. _ Ele me cortou. _ Está aqui pelo simples fato de merecer está. Além do mais Leandro não ia poder contar com os atrasos dela. Ah!_ Ele pegou em minha mão. _ Tenho planos caso isso dê certo. _ Ele disse sorridente.
4. Monte Negro
_ Eu sei Leandro. _ Eu disse, devia ser a sexta vez que eu dizia.
Eram seis horas da tarde e Leandro repetia simultaneamente o que eu devia e não devia fazer e isso já estava me irritando.
_ É sempre bom lembrar Angélica. _ Ele deu um sorrisinho falso e então partiu para a pequena orquestra que havia convidado para o momento tão especial.
Eu havia chegado cedo para ajudar na decoração, Leandro tem um amigo que faz um excelente trabalho como decorador. Ele fez o grande lugar ficar com cara de “intimo”, o alvo foi deixá-los em casa. Tudo estava mais agradável, alguns pontos do restaurante estavam iluminados por velas, o simples havia ficado chique.
Fernando estava na cozinha preparando o prato da noite que era pato com laranja e batatas.
_Angélica? _ Perguntou Bruno me olhando quando chegou.
_ A própria. _ Sorrir.
_ Nossa! Você está linda.
_ São seus olhos Bruno.
Eu não estava tão surpreendente assim. Eu vestia a mesma calça, Leandro havia trocando minha blusa branca normal por uma comprida com babado no pescoço e nos pulsos e trocado a cor do colete que agora era vermelho, meu cabelo estava solto e rigorosamente escovado.
_ Não são não. _ Ele contradisse. _ Como se sente?
_ Ansiosa e você?
_ Um pouco nervoso, afinal não é todo dia que os Monte Negro aparecem.
_ É.
Na verdade eles não apareciam quase nunca, uma vez ou outra para ver como anda as coisas.
_ Ouvir dizer que a casa abandonada atrás do seu bairro é deles e que quando veem eles ficam lá. _ Disse Bruno interessado.
_ Pra você ver que ela não é tão abandonada assim.
_ Pois é _ ele riu. _ Vou me arrumar antes que Leandro comece a me infernizar.
Hoje todos estariam bem vestidos, a moda Monte Negro. Todos de terno e gravata emanando cheiro suave e servindo graciosamente, teria musica, instrumentos tocando alegres. Isso me fazia lembrar contos de fada da Disney, só faltava todos começarem a cantar e dançar.
_ Angélica, venha comigo. _ Leandro chamou. _ Quero que ajude os garçons a se vestirem. _ Ele disse polindo nervosamente um garfo.
Eram seis horas da tarde e Leandro repetia simultaneamente o que eu devia e não devia fazer e isso já estava me irritando.
_ É sempre bom lembrar Angélica. _ Ele deu um sorrisinho falso e então partiu para a pequena orquestra que havia convidado para o momento tão especial.
Eu havia chegado cedo para ajudar na decoração, Leandro tem um amigo que faz um excelente trabalho como decorador. Ele fez o grande lugar ficar com cara de “intimo”, o alvo foi deixá-los em casa. Tudo estava mais agradável, alguns pontos do restaurante estavam iluminados por velas, o simples havia ficado chique.
Fernando estava na cozinha preparando o prato da noite que era pato com laranja e batatas.
_Angélica? _ Perguntou Bruno me olhando quando chegou.
_ A própria. _ Sorrir.
_ Nossa! Você está linda.
_ São seus olhos Bruno.
Eu não estava tão surpreendente assim. Eu vestia a mesma calça, Leandro havia trocando minha blusa branca normal por uma comprida com babado no pescoço e nos pulsos e trocado a cor do colete que agora era vermelho, meu cabelo estava solto e rigorosamente escovado.
_ Não são não. _ Ele contradisse. _ Como se sente?
_ Ansiosa e você?
_ Um pouco nervoso, afinal não é todo dia que os Monte Negro aparecem.
_ É.
Na verdade eles não apareciam quase nunca, uma vez ou outra para ver como anda as coisas.
_ Ouvir dizer que a casa abandonada atrás do seu bairro é deles e que quando veem eles ficam lá. _ Disse Bruno interessado.
_ Pra você ver que ela não é tão abandonada assim.
_ Pois é _ ele riu. _ Vou me arrumar antes que Leandro comece a me infernizar.
Hoje todos estariam bem vestidos, a moda Monte Negro. Todos de terno e gravata emanando cheiro suave e servindo graciosamente, teria musica, instrumentos tocando alegres. Isso me fazia lembrar contos de fada da Disney, só faltava todos começarem a cantar e dançar.
_ Angélica, venha comigo. _ Leandro chamou. _ Quero que ajude os garçons a se vestirem. _ Ele disse polindo nervosamente um garfo.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O que? Com quem?
Quase cair do sofá. Tia Danna era separada, depois que se separou do tio Carlos ela ficou sozinha por um bom tempo, isso foi antes do meu pai morrer. Quando fui morar com ela acabamos tampando o buraco uma da outra.
_ Ele se chama Stephan é um homem maravilhoso e pelo o que tudo indica me ama de verdade, ele é médico.
_ Bem, se essa é a sua escolha eu apoio. Espero ganhar um convite.
_ Claro que sim, não somente ele como as passagens.
Depois de ela me contar dê seus planos para o casamento o assunto voltou pra mim. Como sempre ela queria saber de tudo, principalmente de como andava meu coração.
_ Está aqui e está batendo então acho que está tudo bem com ele.
_ É lógico que está aí querida, mas tem algum morador?
_ Não, ainda está com a plaquinha de “vende-se”.
Tia Danna era como uma verdadeira mãe pra mim e como toda mãe as vezes ela merecia ser cortada.
_ Tia tenho que ir dormir. Amanhã os Monte Negro irão jantar no restaurante e eu irei atendê-los.
_ Sério? Os argentinos? Eles quase não aparecem. _ Ela disse surpresa. Era uma reação comum a todos.
_ Sim.
_ Pelo motivo nobre irei deixá-la fingir descansar. Foi ótimo falar com você linda, sinto muita saudade.
_ Eu também tia, todos os dias.
_ Assim que eu puder irei vê-la, sem isso a ordem é que se cuide e seja feliz.
_ Entendido capitã._ Eu disse engrossando a voz.
Ela riu.
_ Serio anjo faça isso por você mesma. Não deixe a chance lhe escapar. Bem, tenha uma boa noite e sorte no jantar. Eu te amo.
_ Também te amo.
Depois do telefone fiquei melhor, as coisas parecia normais, o ar pesado havia aliviado e tive cabeça para fazer a minha terapia milagrosa.
____________________________________________________________________________________________
Quase cair do sofá. Tia Danna era separada, depois que se separou do tio Carlos ela ficou sozinha por um bom tempo, isso foi antes do meu pai morrer. Quando fui morar com ela acabamos tampando o buraco uma da outra.
_ Ele se chama Stephan é um homem maravilhoso e pelo o que tudo indica me ama de verdade, ele é médico.
_ Bem, se essa é a sua escolha eu apoio. Espero ganhar um convite.
_ Claro que sim, não somente ele como as passagens.
Depois de ela me contar dê seus planos para o casamento o assunto voltou pra mim. Como sempre ela queria saber de tudo, principalmente de como andava meu coração.
_ Está aqui e está batendo então acho que está tudo bem com ele.
_ É lógico que está aí querida, mas tem algum morador?
_ Não, ainda está com a plaquinha de “vende-se”.
Tia Danna era como uma verdadeira mãe pra mim e como toda mãe as vezes ela merecia ser cortada.
_ Tia tenho que ir dormir. Amanhã os Monte Negro irão jantar no restaurante e eu irei atendê-los.
_ Sério? Os argentinos? Eles quase não aparecem. _ Ela disse surpresa. Era uma reação comum a todos.
_ Sim.
_ Pelo motivo nobre irei deixá-la fingir descansar. Foi ótimo falar com você linda, sinto muita saudade.
_ Eu também tia, todos os dias.
_ Assim que eu puder irei vê-la, sem isso a ordem é que se cuide e seja feliz.
_ Entendido capitã._ Eu disse engrossando a voz.
Ela riu.
_ Serio anjo faça isso por você mesma. Não deixe a chance lhe escapar. Bem, tenha uma boa noite e sorte no jantar. Eu te amo.
_ Também te amo.
Depois do telefone fiquei melhor, as coisas parecia normais, o ar pesado havia aliviado e tive cabeça para fazer a minha terapia milagrosa.
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Tinha aquele bendito jantar, o qual eu deveria passar o tempo todo sorrindo e sendo gentil com um bando de almofadinhas que tinham uma péssima fama. Os interessados em saber apenas em como anda a fama e os lucros do restaurante.
Monte Negro, o nome ecoou na minha cabeça. Era a única coisa que eu sabia, além da simpatia da família . Deviam ser bonitos, bem vestidos, talvez magros ou não.
O telefone tocou, o despertador marcava meia noite, fiquei em duvida em atender ou não, mas por fim resolvi atender eu não ia me privar por causa dessas coisas estranhas que estavam me atacando, podia ser importante.
_ Alô?
_ Anjo?_ A voz disse incerta.
_ Tia. _ Ela é a única que me chama assim.
_ Querida. – Ela disse com um sotaque romeno. _ Como está linda?
_ Bem. _ menti.
_ Por que será que seu “bem” não me convenceu?
_ Deve ser a sua super proteção falando mais alto.
_ Talvez, como está tudo aí?
_ Normal, como sempre_ mentir novamente. _ E aí?
_ Uma loucura e foi por isso que te liguei, talvez não vai dá para eu ir aí esse ano.
_ Por quê?
_ Está aparecendo um surto de deformações, parece ser ataque de alguma ceita. Todos os dias há pelo menos três casos e pelo o ritmo que anda as coisas não terei férias.
_ Não sabem o motivo dos ataques?
_ Não, a única coisa que suspeitam é de rituais.
_ Rituais?
_ Sim, há muitas crenças aqui.
_ Entendo, então só a vejo ano que vêm?
_ Talvez querida, tenho novidades para você. _A voz dela mudou. _ Eu iria te contar quando eu estivesse aí, mas como não sei se será possível, terei contar por telefone mesmo.
_ O que é? Conheceu algum vampiro?_ Brinquei.
_ Engraçadinha. _ Ela riu. _ Não, apenas um simples mortal. Anjo eu vou me casar.
Monte Negro, o nome ecoou na minha cabeça. Era a única coisa que eu sabia, além da simpatia da família . Deviam ser bonitos, bem vestidos, talvez magros ou não.
O telefone tocou, o despertador marcava meia noite, fiquei em duvida em atender ou não, mas por fim resolvi atender eu não ia me privar por causa dessas coisas estranhas que estavam me atacando, podia ser importante.
_ Alô?
_ Anjo?_ A voz disse incerta.
_ Tia. _ Ela é a única que me chama assim.
_ Querida. – Ela disse com um sotaque romeno. _ Como está linda?
_ Bem. _ menti.
_ Por que será que seu “bem” não me convenceu?
_ Deve ser a sua super proteção falando mais alto.
_ Talvez, como está tudo aí?
_ Normal, como sempre_ mentir novamente. _ E aí?
_ Uma loucura e foi por isso que te liguei, talvez não vai dá para eu ir aí esse ano.
_ Por quê?
_ Está aparecendo um surto de deformações, parece ser ataque de alguma ceita. Todos os dias há pelo menos três casos e pelo o ritmo que anda as coisas não terei férias.
_ Não sabem o motivo dos ataques?
_ Não, a única coisa que suspeitam é de rituais.
_ Rituais?
_ Sim, há muitas crenças aqui.
_ Entendo, então só a vejo ano que vêm?
_ Talvez querida, tenho novidades para você. _A voz dela mudou. _ Eu iria te contar quando eu estivesse aí, mas como não sei se será possível, terei contar por telefone mesmo.
_ O que é? Conheceu algum vampiro?_ Brinquei.
_ Engraçadinha. _ Ela riu. _ Não, apenas um simples mortal. Anjo eu vou me casar.
Não havia ninguém, apenas um buquê de rosas largado na porta. No buquê havia um cartão endereçado a mim, as rosas eram bem bonitas algumas em botões, outras estavam desabrochando. Era engano, eu nunca recebia flores ou podia ser uma pegadinha, ultimamente eu estava sendo o alvo.
Levei as flores ao nariz para sentir seu perfume e me surpreendi ao sentir um cheiro fraco mais familiar, não era o cheiro natural de uma rosa. Era um cheiro conhecido e estava em todo o ramo.
Enxofre. Meu cérebro acusou dando flash back do meu pesadelo. Meu ombro começou a queimar e estava se aprofundando como no sonho.
O que estava acontecendo? O que era aquilo?
Joguei o buquê na pia e taquei fogo, o fogo se alastrou rapidamente não deixando rastros. Havia um cartão que estava destinado a mim com uma letra atrapalhada que dizia “Não esqueça de ouvir suas mensagens”
Sim, havia uma mensagem, o botão vermelho piscando indicava isso.
Medo, eu estava com medo, era a mensagem transmitida para todo o meu corpo. Eu estava com medo que aquilo que eu achasse improvável fosse provável. Minhas mãos estava trêmulas, meus movimentos lentos, quando apertei o botão me afundei no sofá. Primeiro houve uma respiração pesada como da ultima vez e depois uma voz rouca e aguda disse “Ainda não”.
Certo. Ao menos que eu estivesse louca eu havia acabado de escutar na vida real a voz da coisa que apareceu no meu sonho e eu havia acabado de sentir o mesmo cheiro que minha mente havia planejado.
Eu tinha um problema serio e as pessoas estavam se aproveitando disso, eu precisava saber o que estava acontecendo, antes que isso me deixasse definitivamente louca.
Nunca pensei que um dia iria gostar dá ideia de não dormi. Agora eu estava na cama com meus braços ao redor das pernas, parecendo uma criança assustada sem ter o que fazer naquela forma protetora. Não conseguia pensar em nada, minha mente era um vazio total. Eu podia ouvir claramente meus batimentos cardíacos, estavam desajeitados e não seguiam um ritmo. Minha respiração estava lenta e às vezes sem perceber eu parava de respirar e meus pulmões queimavam.
Alguma parte do meu cérebro me lembrou do grande jantar de amanhã á noite. Lembrou-me que eu tinha que está bem preparada para o evento, que ninguém ia gostar de ver uma recepcionista com fundas olheiras e nem com cara de zumbi. Eles iriam sair correndo e tchau emprego.
_ Droga!_Murmurei.
Levei as flores ao nariz para sentir seu perfume e me surpreendi ao sentir um cheiro fraco mais familiar, não era o cheiro natural de uma rosa. Era um cheiro conhecido e estava em todo o ramo.
Enxofre. Meu cérebro acusou dando flash back do meu pesadelo. Meu ombro começou a queimar e estava se aprofundando como no sonho.
O que estava acontecendo? O que era aquilo?
Joguei o buquê na pia e taquei fogo, o fogo se alastrou rapidamente não deixando rastros. Havia um cartão que estava destinado a mim com uma letra atrapalhada que dizia “Não esqueça de ouvir suas mensagens”
Sim, havia uma mensagem, o botão vermelho piscando indicava isso.
Medo, eu estava com medo, era a mensagem transmitida para todo o meu corpo. Eu estava com medo que aquilo que eu achasse improvável fosse provável. Minhas mãos estava trêmulas, meus movimentos lentos, quando apertei o botão me afundei no sofá. Primeiro houve uma respiração pesada como da ultima vez e depois uma voz rouca e aguda disse “Ainda não”.
Certo. Ao menos que eu estivesse louca eu havia acabado de escutar na vida real a voz da coisa que apareceu no meu sonho e eu havia acabado de sentir o mesmo cheiro que minha mente havia planejado.
Eu tinha um problema serio e as pessoas estavam se aproveitando disso, eu precisava saber o que estava acontecendo, antes que isso me deixasse definitivamente louca.
Nunca pensei que um dia iria gostar dá ideia de não dormi. Agora eu estava na cama com meus braços ao redor das pernas, parecendo uma criança assustada sem ter o que fazer naquela forma protetora. Não conseguia pensar em nada, minha mente era um vazio total. Eu podia ouvir claramente meus batimentos cardíacos, estavam desajeitados e não seguiam um ritmo. Minha respiração estava lenta e às vezes sem perceber eu parava de respirar e meus pulmões queimavam.
Alguma parte do meu cérebro me lembrou do grande jantar de amanhã á noite. Lembrou-me que eu tinha que está bem preparada para o evento, que ninguém ia gostar de ver uma recepcionista com fundas olheiras e nem com cara de zumbi. Eles iriam sair correndo e tchau emprego.
_ Droga!_Murmurei.
_ A própria. _ Ela suspirou. _ Tenho que entrar antes que ela comece a gritar sem parar.
_ Tudo bem, tenha um bom fim de semana.
_ Obrigada, boa sorte no jantar.
_ Eu vou precisar, até segunda.
_ Até segunda. _ Ela acenou e entrou.
_ Sara!_ Chamei.
Ela voltou alguns passos.
_ Caso queira conversar, sabe onde me encontrar.
Ela balançou a cabeça e sorriu e então subiu.
Decidir que Sara era uma boa garota, mas algo me dizia que não era só isso, que era mais do que eu imaginava. Ao sair do bairro topei com duas viaturas da policia militar, eles estavam patrulhando.
No caminho de casa comecei a imaginar como seria o jantar e todas as teorias eram deprimentes. Não que eu fosse pessimista, mas todas as minhas ideias otimistas não eram realistas.
Os Monte Negro tinham fama de serem requintados, observadores e imunes a qualquer boa ação sem preparação quando se tratava de negócios, principalmente negócios de família que dão muitos lucros. Leandro fez questão de deixar isso bem claro depois de repassar comigo regras e regras de atendimento. Ele disse que apesar de tudo era uma coisa fácil e rápida, mas que pelo peso se tornava lento e muito difícil e que com isso os funcionários se atrapalhavam com tanta pressão.
Caso por ironia do destino desse errado, um estágio em algum hospital da cidade pagaria a minha meia bolsa na faculdade.
Meu bairro ao contrário do Siqueira não tinha uma faixa dando boas vindas, havia apenas uma placa o anunciando, eu morava praticamente no centro do bairro. Antes de ir pra casa passei no supermercado, suco e biscoitos seria meu jantar.
Guardei meu carro na garagem e entrei pela porta dos fundos, Lira me esperava na porta ao lado de sua tigela, estava com fome. Coloquei um pouco de ração na sua tigela e coloquei as compras na mesa e fui para o quarto. Estava tudo normal, do jeito que eu havia deixado, era bem melhor assim.
Enquanto eu tomava banho escutei a campainha soar três vezes seguidas, terminei rapidamente e desci enrolada na toalha.
_ Tudo bem, tenha um bom fim de semana.
_ Obrigada, boa sorte no jantar.
_ Eu vou precisar, até segunda.
_ Até segunda. _ Ela acenou e entrou.
_ Sara!_ Chamei.
Ela voltou alguns passos.
_ Caso queira conversar, sabe onde me encontrar.
Ela balançou a cabeça e sorriu e então subiu.
Decidir que Sara era uma boa garota, mas algo me dizia que não era só isso, que era mais do que eu imaginava. Ao sair do bairro topei com duas viaturas da policia militar, eles estavam patrulhando.
No caminho de casa comecei a imaginar como seria o jantar e todas as teorias eram deprimentes. Não que eu fosse pessimista, mas todas as minhas ideias otimistas não eram realistas.
Os Monte Negro tinham fama de serem requintados, observadores e imunes a qualquer boa ação sem preparação quando se tratava de negócios, principalmente negócios de família que dão muitos lucros. Leandro fez questão de deixar isso bem claro depois de repassar comigo regras e regras de atendimento. Ele disse que apesar de tudo era uma coisa fácil e rápida, mas que pelo peso se tornava lento e muito difícil e que com isso os funcionários se atrapalhavam com tanta pressão.
Caso por ironia do destino desse errado, um estágio em algum hospital da cidade pagaria a minha meia bolsa na faculdade.
Meu bairro ao contrário do Siqueira não tinha uma faixa dando boas vindas, havia apenas uma placa o anunciando, eu morava praticamente no centro do bairro. Antes de ir pra casa passei no supermercado, suco e biscoitos seria meu jantar.
Guardei meu carro na garagem e entrei pela porta dos fundos, Lira me esperava na porta ao lado de sua tigela, estava com fome. Coloquei um pouco de ração na sua tigela e coloquei as compras na mesa e fui para o quarto. Estava tudo normal, do jeito que eu havia deixado, era bem melhor assim.
Enquanto eu tomava banho escutei a campainha soar três vezes seguidas, terminei rapidamente e desci enrolada na toalha.
_ Qual?
_ Se eu sou uma drogada?
_ Você não é.
_ Como pode ter certeza?
_ É uma drogada?_ Perguntei
_ Não. _ Ela respondeu.
_ Viu?
Ela riu.
_ Em que rua mora?
_ Beco 30, casa C.
O Beco 30, na verdade era uma rua normal, havia muitas casas todas elas bem juntas uma á outra e pareciam está no mesmo lote, cada bloco dessas casas significava uma letra. O bloco C não era constituído de casas era um velho apartamento de quatro andares de um tom amarelo que estava em alguns pontos mofado, a maioria das janelas estava quebradas. Parei o carro na porta.
_ Em que andar você mora?
_ No terceiro. _ Ela disse pegando a bolsa e abrindo a porta do carro. _ Obrigada pela carona e me desculpe se fui grossa com você, mas é que eu preciso desse emprego.
_ Mentiu o endereço.
_ Apenas não contei a verdade. Eles não iam dá emprego a uma moradora daqui.
Ela parecia envergonhada pelo que fez, mas ela estava certa.
_ Não se preocupe, não vou contar nada. Onde disse que morava?
_ No centro, perto dos prédios.
_ É quase uma verdade.
Ela sorriu.
_Sara! _ Uma mulher gritou de um das janelas quebradas, não deu pra vê-la muito bem.
_ Sua mãe?
_ Se eu sou uma drogada?
_ Você não é.
_ Como pode ter certeza?
_ É uma drogada?_ Perguntei
_ Não. _ Ela respondeu.
_ Viu?
Ela riu.
_ Em que rua mora?
_ Beco 30, casa C.
O Beco 30, na verdade era uma rua normal, havia muitas casas todas elas bem juntas uma á outra e pareciam está no mesmo lote, cada bloco dessas casas significava uma letra. O bloco C não era constituído de casas era um velho apartamento de quatro andares de um tom amarelo que estava em alguns pontos mofado, a maioria das janelas estava quebradas. Parei o carro na porta.
_ Em que andar você mora?
_ No terceiro. _ Ela disse pegando a bolsa e abrindo a porta do carro. _ Obrigada pela carona e me desculpe se fui grossa com você, mas é que eu preciso desse emprego.
_ Mentiu o endereço.
_ Apenas não contei a verdade. Eles não iam dá emprego a uma moradora daqui.
Ela parecia envergonhada pelo que fez, mas ela estava certa.
_ Não se preocupe, não vou contar nada. Onde disse que morava?
_ No centro, perto dos prédios.
_ É quase uma verdade.
Ela sorriu.
_Sara! _ Uma mulher gritou de um das janelas quebradas, não deu pra vê-la muito bem.
_ Sua mãe?
3. Familiar
Sara morava na parte humilde da cidade, num bairro atrás dos grandes prédios do Centro, Siqueira era o nome dele.
Ela estava no banco de trás e não estava nada à vontade, estava de braços cruzados às vezes ela olhava pela janela, vendo onde estava, alisava os braços e de vez em quando olhava pra mim. O olhar dela encontrou o meu, duas vezes, pelo jeito estava arrependida de ter aceitado minha carona.
_ Está tudo bem? _ Perguntei quando o sinal fechou.
Ela se assustou com a minha pergunta, apenas balançou a cabeça afirmando que sim. Algo me dizia que era mentira.
_ Tem certeza?
_ Já disse que sim. _ Ela cruzou os braços confirmando meus pensamentos.
_ Vire a direita depois de passarmos pelo os grandes prédios. _ Ela disse quando o sinal abriu e em seguida abaixou a cabeça.
Será que era isso? Ela estava com vergonha do lugar onde ela morava.
_ Sei onde é o Siqueira._ A olhei pelo retrovisor.
_ Sabe? Pra quem mora no Mangabeiras, isso é estranho.
Sim, ela estava com vergonha do seu bairro.
_ E o que tem isso? É um bairro normal, como qualquer outro.
_ Não é, e você sabe disso. O governo só não o coloca em extinção com medo de prejudicar os grandes prédios.
O bairro Siqueira era realmente uma pedra no caminho do governo e tinha alguns problemas com roubo e drogas, a maiorias das pessoas só moravam ali porque não tinham opção e nem condição de alugar ou ter uma casa na cidade ou longe dela, os preços são absurdos. Se minha tia não tivesse me obrigado a cuidar da casa dela eu teria procurado um lugar ali.
_ Então é por isso que você está assim? Por causa do bairro?
Ela não respondeu, devia ter algo mais. Virei à direita atrás dos grandes prédios e avistei a entrada do bairro, uma faixa velha dava as boas vindas. Acolhedor ele era.
_ Não vai fazer a pergunta importante? _ Ela perguntou.
Ela estava no banco de trás e não estava nada à vontade, estava de braços cruzados às vezes ela olhava pela janela, vendo onde estava, alisava os braços e de vez em quando olhava pra mim. O olhar dela encontrou o meu, duas vezes, pelo jeito estava arrependida de ter aceitado minha carona.
_ Está tudo bem? _ Perguntei quando o sinal fechou.
Ela se assustou com a minha pergunta, apenas balançou a cabeça afirmando que sim. Algo me dizia que era mentira.
_ Tem certeza?
_ Já disse que sim. _ Ela cruzou os braços confirmando meus pensamentos.
_ Vire a direita depois de passarmos pelo os grandes prédios. _ Ela disse quando o sinal abriu e em seguida abaixou a cabeça.
Será que era isso? Ela estava com vergonha do lugar onde ela morava.
_ Sei onde é o Siqueira._ A olhei pelo retrovisor.
_ Sabe? Pra quem mora no Mangabeiras, isso é estranho.
Sim, ela estava com vergonha do seu bairro.
_ E o que tem isso? É um bairro normal, como qualquer outro.
_ Não é, e você sabe disso. O governo só não o coloca em extinção com medo de prejudicar os grandes prédios.
O bairro Siqueira era realmente uma pedra no caminho do governo e tinha alguns problemas com roubo e drogas, a maiorias das pessoas só moravam ali porque não tinham opção e nem condição de alugar ou ter uma casa na cidade ou longe dela, os preços são absurdos. Se minha tia não tivesse me obrigado a cuidar da casa dela eu teria procurado um lugar ali.
_ Então é por isso que você está assim? Por causa do bairro?
Ela não respondeu, devia ter algo mais. Virei à direita atrás dos grandes prédios e avistei a entrada do bairro, uma faixa velha dava as boas vindas. Acolhedor ele era.
_ Não vai fazer a pergunta importante? _ Ela perguntou.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Apareceram alguns clientes atrás de sobremesa, o restante do turno foi monótono, apareceu quatro ou cinco clientes nada mais que isso.
_ Já vou Angélica. _ Avisou Sara.
_ Espera. Se quiser posso te dá uma carona meu horário termina em quinze minutos.
Na verdade já havia terminado, mas o quinze minutos era o tempo do atraso da Daiana.
Ela pensou por um momento e então balançou a cabeça positivamente.
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_ Já vou Angélica. _ Avisou Sara.
_ Espera. Se quiser posso te dá uma carona meu horário termina em quinze minutos.
Na verdade já havia terminado, mas o quinze minutos era o tempo do atraso da Daiana.
Ela pensou por um momento e então balançou a cabeça positivamente.
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No fim a coisa ficou entre eu e Daiana e quem iria decidir era a equipe formada.
Os primeiros a votarem foram os ajudantes do chefe, eles se dividiram entre a nós, depois foram os garçons e eles fizeram o mesmo. Daiana ganhava de mim por um voto e agora Leandro e Fernando eram os únicos que faltavam. Os dois foram para um canto e começaram a conversar, iriam fazer o voto decisivo juntos, votando na mesmo.
_ Boa sorte com o jantar. _ Eu disse a Daiana.
Estava certa que ela ia ser a escolhida, ela era do turno da noite e tinha mais tempo. Ela apenas sorriu como resposta, acreditava no mesmo resultado.
Eles ficaram lado a lado e então Leandro começou a falar:
_ As duas sabem quem são ótimas funcionarias, mas infeliz temos que escolher.
_ A que não for escolhida não se sinta menor, terá outras oportunidades. _ Disse Fernando.
“Porque eles não dizem de uma vez? Ficam fazendo drama.” Pensei.
_ Nós escolhermos a ideal, a qual estamos depositando o nome Gômer nas mãos. _ Disse Leandro.
_ Nós escolhermos você, Angélica. _ Disse Fernando finalmente.
Não acreditei no que ouvi. Eles haviam me escolhido? Perto de Daiana eu era tão inexperiente como Sara e eles haviam colocado em minhas mãos a responsabilidade de ser o cartão-postal do restaurante.
_ Eu?
_ É a única Angélica daqui. _ Respondeu Fernando.
Daiana estava tão surpresa quanto eu, ela me olhava e olhava pra eles confusa.
_ Não querendo criticar a decisão de vocês, mas porque ela? Angélica ainda é uma novata e pode ser despedida. _ Disse Daiana.
_ Sabemos disso, mas vamos arriscar. Angélica tem uma ótima conduta e realmente ela tem uma simpatia com os clientes. _ Disse Leandro.
_ Além do mais, ela nunca chega atrasada. _ Completou Leandro.
Depois disso ela não disse mais nada e eu sabia que não poderia recusar, ela não iria conseguir mesmo.
_ O segundo turno está dispensado. _ Disse Leandro contente.
Depois que os funcionários foram embora subimos as cortinas e abrimos as janelas, eu, Sara e os outros vestimos nossos uniformes e começamos o nosso expediente.
Os primeiros a votarem foram os ajudantes do chefe, eles se dividiram entre a nós, depois foram os garçons e eles fizeram o mesmo. Daiana ganhava de mim por um voto e agora Leandro e Fernando eram os únicos que faltavam. Os dois foram para um canto e começaram a conversar, iriam fazer o voto decisivo juntos, votando na mesmo.
_ Boa sorte com o jantar. _ Eu disse a Daiana.
Estava certa que ela ia ser a escolhida, ela era do turno da noite e tinha mais tempo. Ela apenas sorriu como resposta, acreditava no mesmo resultado.
Eles ficaram lado a lado e então Leandro começou a falar:
_ As duas sabem quem são ótimas funcionarias, mas infeliz temos que escolher.
_ A que não for escolhida não se sinta menor, terá outras oportunidades. _ Disse Fernando.
“Porque eles não dizem de uma vez? Ficam fazendo drama.” Pensei.
_ Nós escolhermos a ideal, a qual estamos depositando o nome Gômer nas mãos. _ Disse Leandro.
_ Nós escolhermos você, Angélica. _ Disse Fernando finalmente.
Não acreditei no que ouvi. Eles haviam me escolhido? Perto de Daiana eu era tão inexperiente como Sara e eles haviam colocado em minhas mãos a responsabilidade de ser o cartão-postal do restaurante.
_ Eu?
_ É a única Angélica daqui. _ Respondeu Fernando.
Daiana estava tão surpresa quanto eu, ela me olhava e olhava pra eles confusa.
_ Não querendo criticar a decisão de vocês, mas porque ela? Angélica ainda é uma novata e pode ser despedida. _ Disse Daiana.
_ Sabemos disso, mas vamos arriscar. Angélica tem uma ótima conduta e realmente ela tem uma simpatia com os clientes. _ Disse Leandro.
_ Além do mais, ela nunca chega atrasada. _ Completou Leandro.
Depois disso ela não disse mais nada e eu sabia que não poderia recusar, ela não iria conseguir mesmo.
_ O segundo turno está dispensado. _ Disse Leandro contente.
Depois que os funcionários foram embora subimos as cortinas e abrimos as janelas, eu, Sara e os outros vestimos nossos uniformes e começamos o nosso expediente.
Estava explicado o motivo de tanta inquietação. Os Monte Negro só viam no restaurante uma vez ao ano, no ano passado eles não vieram e obviamente esse ano eles virão duas vezes pior.
_ Não são argentinos, apenas vivem lá. _ Ele me corrigiu
_ E então o que vamos fazer? _ Perguntou Bruno.
_ A pergunta certa seria quais irão fazer? _ Disse Fernando.
_ Vamos fazer algo democrático _ disse Leandro voltando. _ Vamos fazer indicações e justificá-las e depois votação.
Todos concordaram. Ele pegou papel e caneta e começou anotar algo.
_ O chefe será Fernando, além do mais é o único. Quero todos os ajudantes aqui amanhã. _ Ele disse fazendo um esquema. _ Preciso de todos os garçons, os Monte Negro irão trazer amigos então já perceberão a gravidade da situação.
_ Apenas os garçons?_ Perguntou Daiana que estava ao lado de Leandro.
_ Sim. Entre as mulheres iremos escolher uma para exercer o papel mais importante, que vai ser o cartão postal do restaurante.
Todas se olharam, era uma boa chance da escolhida tentar subir e ganhar a simpatia dos donos ou perder o emprego. Dois pesos.
_ Os que não fazem parte da equipe formada terão voz também. Vamos começar.
Ele começou com os que estavam fora equipe tirando as concorrentes. Não me importava com isso, com o agradar os “Chefões”. Eu só precisava desse salário, ele me sustentava e pegava minhas contas e o mais importante me fazia independente. Mais três anos ali que era o tempo que faltava para eu me formar em Medicina e eu estaria em algum hospital salvando vidas.
Os que estavam fora começaram e muitos votaram em Daiana, ela tinha mais experiência e mais tempo no Gômer. Os outros se dividiram nas outras garçonetes e até Sara participou.
_ Angélica. _ Ela disse.
_ E por que _ Perguntou Leandro.
_ Pelo o que vi, ela faz um bom trabalho e os clientes chamam pelo atendimento dela.
_ Não são argentinos, apenas vivem lá. _ Ele me corrigiu
_ E então o que vamos fazer? _ Perguntou Bruno.
_ A pergunta certa seria quais irão fazer? _ Disse Fernando.
_ Vamos fazer algo democrático _ disse Leandro voltando. _ Vamos fazer indicações e justificá-las e depois votação.
Todos concordaram. Ele pegou papel e caneta e começou anotar algo.
_ O chefe será Fernando, além do mais é o único. Quero todos os ajudantes aqui amanhã. _ Ele disse fazendo um esquema. _ Preciso de todos os garçons, os Monte Negro irão trazer amigos então já perceberão a gravidade da situação.
_ Apenas os garçons?_ Perguntou Daiana que estava ao lado de Leandro.
_ Sim. Entre as mulheres iremos escolher uma para exercer o papel mais importante, que vai ser o cartão postal do restaurante.
Todas se olharam, era uma boa chance da escolhida tentar subir e ganhar a simpatia dos donos ou perder o emprego. Dois pesos.
_ Os que não fazem parte da equipe formada terão voz também. Vamos começar.
Ele começou com os que estavam fora equipe tirando as concorrentes. Não me importava com isso, com o agradar os “Chefões”. Eu só precisava desse salário, ele me sustentava e pegava minhas contas e o mais importante me fazia independente. Mais três anos ali que era o tempo que faltava para eu me formar em Medicina e eu estaria em algum hospital salvando vidas.
Os que estavam fora começaram e muitos votaram em Daiana, ela tinha mais experiência e mais tempo no Gômer. Os outros se dividiram nas outras garçonetes e até Sara participou.
_ Angélica. _ Ela disse.
_ E por que _ Perguntou Leandro.
_ Pelo o que vi, ela faz um bom trabalho e os clientes chamam pelo atendimento dela.
Alguns alunos estavam dormindo, outros estavam conversando entre si e poucos prestavam atenção eu era a que fingia estava prestando atenção. Meus pensamentos estavam longe, em outro estágio.
Quando a palestra finalmente terminou tive que correr para o trabalho, havia durado mais tempo que o combinado. As vagas para funcionários do restaurante estavam lotadas, o que não era normal já que naquele turno não havia muita gente.
As cortinas de veludo verde-musgo caiam pela porta da frente e pelas janelas, o que indicavam que estava fechado. Encaixei meu carro num espaço apertado entre um Uno e um Vectra e entrei pelos fundos.
Lá dentro havia uma discussão. Leandro estava inflamado e falava mais alto do que o normal. Alguns funcionários já alterados estavam de pé respondendo á altura. Eu estava parada observando, minha cabeça seguia o ritmo da discussão.
_ Mas isso é impossível, um jantar desse tem que ser avisado dias antes e não um dia antes. _ Reclamou Fernando o chefe de cozinha. _ Não tenho a mínima noção de que prato servir.
_ Eu já lhe disse Fernando, você não terá que se preocupar com novas criações. _ Leandro disse. _ Apenas temos que nos preocupar com a recepção.
_ O que seria? _ Fernando perguntou provocante.
A expressão do Leandro era a mesma de ser ver um vulcão preste a entrar em erupção, dava pra ver o sangue fervendo.
_ Algo especial _ Eu disse tentando poupar a todos que o vulcão Leandro entrasse em erupção e chamando atenção de todos.
_ Isso é lógico Angélica tem que ser algo muito especial. _ Replicou Leandro.
_ Boa tarde pra você também. _ Sorrir e fui me sentar em uma das mesas perto de Sara.
Leandro respirou fundo e pediu com um gesto para Fernando se acalmasse.
_ Pra você que chegou agora Angélica _ ele veio andando em direção da minha mesa. _ Estamos decidindo o que fazer para um jantar importantíssimo amanhã à noite.
_ Nossa! _ Fiz cara de surpresa. _ Por acaso o presidente vai vim jantar aqui?
Os funcionários riram, mas Leandro não gostou nada da minha piadinha, vi a veia do pescoço dele pular.
_ Não senhorita, apenas o cara que paga o meu salário, o seu salário, os nossos salários. _ Ele fez um circulo no ar. _ Os Monte Negro estarão aqui amanhã para averiguar seus negócios.
Quando a palestra finalmente terminou tive que correr para o trabalho, havia durado mais tempo que o combinado. As vagas para funcionários do restaurante estavam lotadas, o que não era normal já que naquele turno não havia muita gente.
As cortinas de veludo verde-musgo caiam pela porta da frente e pelas janelas, o que indicavam que estava fechado. Encaixei meu carro num espaço apertado entre um Uno e um Vectra e entrei pelos fundos.
Lá dentro havia uma discussão. Leandro estava inflamado e falava mais alto do que o normal. Alguns funcionários já alterados estavam de pé respondendo á altura. Eu estava parada observando, minha cabeça seguia o ritmo da discussão.
_ Mas isso é impossível, um jantar desse tem que ser avisado dias antes e não um dia antes. _ Reclamou Fernando o chefe de cozinha. _ Não tenho a mínima noção de que prato servir.
_ Eu já lhe disse Fernando, você não terá que se preocupar com novas criações. _ Leandro disse. _ Apenas temos que nos preocupar com a recepção.
_ O que seria? _ Fernando perguntou provocante.
A expressão do Leandro era a mesma de ser ver um vulcão preste a entrar em erupção, dava pra ver o sangue fervendo.
_ Algo especial _ Eu disse tentando poupar a todos que o vulcão Leandro entrasse em erupção e chamando atenção de todos.
_ Isso é lógico Angélica tem que ser algo muito especial. _ Replicou Leandro.
_ Boa tarde pra você também. _ Sorrir e fui me sentar em uma das mesas perto de Sara.
Leandro respirou fundo e pediu com um gesto para Fernando se acalmasse.
_ Pra você que chegou agora Angélica _ ele veio andando em direção da minha mesa. _ Estamos decidindo o que fazer para um jantar importantíssimo amanhã à noite.
_ Nossa! _ Fiz cara de surpresa. _ Por acaso o presidente vai vim jantar aqui?
Os funcionários riram, mas Leandro não gostou nada da minha piadinha, vi a veia do pescoço dele pular.
_ Não senhorita, apenas o cara que paga o meu salário, o seu salário, os nossos salários. _ Ele fez um circulo no ar. _ Os Monte Negro estarão aqui amanhã para averiguar seus negócios.
_ Sanduíche natural? _ Cássio perguntou. Ele estava comprando o meu lanche.
_ E suco de mamão com laranja. _ Acrescentei.
Ele saiu da fila amarrotado de pedidos e entregou aos seus amigos de Direito e veio se sentar ao meu lado.
_ Aqui. _ Ele colocou a bandeja á minha frente.
_ Obrigada.
Geralmente eu não comia nada, mas como a única coisa que meu estômago viu foi à salada de frutas da noite passada, o meu organismo estava me cobrando. Cássio comprou um pastel que chegava a brilhar de tanto óleo e uma garrafa de meio litro de coca cola, ele viu que eu estava olhando e fechou a cara.
_ Que é?
_ Enfarto do Miocárdio. _ Respondi.
_ Morro feliz!_ Ele deu uma grande mordida no pastel, chegou até escorrer óleo.
_ Diz isso agora, quando estiver numa mesa de cirurgia vai praguejar por esse dia.
Ele me ignorou e deu um gole ainda maior do seu refrigerante. Dei uma mordida no meu sanduíche, o pão estava seco demais e o suco doce de mais, mas mesmo assim continuei a comer eu não podia trabalhar sem ter energia.
_ Que cara é essa?_ Ele perguntou empurrando sua bandeja e pegando o sanduíche da minha mão.
_ De quem conseguiu dormi e teve pesadelo.
_ Veja pelo lado bom, pelo menos conseguiu dormi.
_ É. _ Admitir.
_ Quer dividir?_ Ele quis saber.
_ Eu não saberia explicar, nem eu entendi.
Ele começou a rir e eu junto, um pouco sem sentindo.
Depois da aula sobre “Alergia e seus mistérios”, tivemos uma palestra com o Dr. Carlos um dos médicos conceituados do hospital da cidade. Nos cinco primeiros minutos da palestra ele falou das doenças mais aplausíveis e mais raras que já haviam passado pelo hospital e nas duas horas ele nos passou um sermão sobre o branco da roupa de um médico, o quanto era essencial e o quanto ele dizia sobre o médico.
_ E suco de mamão com laranja. _ Acrescentei.
Ele saiu da fila amarrotado de pedidos e entregou aos seus amigos de Direito e veio se sentar ao meu lado.
_ Aqui. _ Ele colocou a bandeja á minha frente.
_ Obrigada.
Geralmente eu não comia nada, mas como a única coisa que meu estômago viu foi à salada de frutas da noite passada, o meu organismo estava me cobrando. Cássio comprou um pastel que chegava a brilhar de tanto óleo e uma garrafa de meio litro de coca cola, ele viu que eu estava olhando e fechou a cara.
_ Que é?
_ Enfarto do Miocárdio. _ Respondi.
_ Morro feliz!_ Ele deu uma grande mordida no pastel, chegou até escorrer óleo.
_ Diz isso agora, quando estiver numa mesa de cirurgia vai praguejar por esse dia.
Ele me ignorou e deu um gole ainda maior do seu refrigerante. Dei uma mordida no meu sanduíche, o pão estava seco demais e o suco doce de mais, mas mesmo assim continuei a comer eu não podia trabalhar sem ter energia.
_ Que cara é essa?_ Ele perguntou empurrando sua bandeja e pegando o sanduíche da minha mão.
_ De quem conseguiu dormi e teve pesadelo.
_ Veja pelo lado bom, pelo menos conseguiu dormi.
_ É. _ Admitir.
_ Quer dividir?_ Ele quis saber.
_ Eu não saberia explicar, nem eu entendi.
Ele começou a rir e eu junto, um pouco sem sentindo.
Depois da aula sobre “Alergia e seus mistérios”, tivemos uma palestra com o Dr. Carlos um dos médicos conceituados do hospital da cidade. Nos cinco primeiros minutos da palestra ele falou das doenças mais aplausíveis e mais raras que já haviam passado pelo hospital e nas duas horas ele nos passou um sermão sobre o branco da roupa de um médico, o quanto era essencial e o quanto ele dizia sobre o médico.
De repente ela parou, dei alguns passos a frente e então parei e olhei para ela, seus olhos estavam arregalados e o medo gritava por eles, sua expressão era de terror.
_ O que há? _ Perguntei.
_ Eles estão aqui. _ Ela respondeu.
_ Eles quem? _ Eu olhava para os lados procurando. Meu ombro esquerdo começou a queimar, era uma queimação intensa, parecia se afundar na minha carne cada vez mais.
_ Eles! – Ela apontou para cima.
Os batimentos do meu coração diminuíram e meu corpo se recusou a me obedecer, eu queria olhar para cima, mas meu corpo não deixava.
_ Corre Angélica! – Ela gritou e em seguida começou a correr.
_ Não consigo!_ Gritei, mas minha voz saiu sem som. Sentir um vento forte se chocar contra minhas costas e ouvir um barulho estranho que parecia um bater de asas.
Meu corpo estava paralisado e a queimação se afundava cada vez mais.
_ Eu vou morrer. _ Pensei.
Um cheiro forte de enxofre tomou conta da brisa suave e fresca e uma voz rouca e aguda quebrou o silêncio.
_ Ainda não. _ A voz soou próxima ao meu ouvido.
Na mesma hora o despertador tocou e eu acordei com a sensação estranha do pesadelo, meu ombro esquerdo queimava, mas era a queimação leve de sempre.
Tomei um banho frio, fiquei um bom tempo debaixo do chuveiro massageando meu ombro que ainda queimava. A minha vida era realmente um sistema não compensatório, eu custava a dormi e quando conseguia eu tinha pesadelo.
Na faculdade o tempo passou lentamente era aula de Patologia sobre Alergia, a aula estava boa, era eu quem não estava, eu parecia um fantoche largado num canto escorada na parede com o olhar distante.
_ Angélica, qual é o outro nome dado a Alergia?
Foi com muito esforço que mirei a apostila e respondi.
_ Hipersensibilidade.
_ Isso _ ele confirmou. _ É conhecida há séculos embora continue a encerrar mistérios.
Enquanto fazíamos o exercício à sala estava quieta, dava pra se ouvir o tique-taque do relógio da parede central. Eu não sabia o porquê de eu está tão incomodada com o pesadelo, era apenas uma projeção da minha mente, uma fantasia, uma ilusão. O que importava era que eu havia dormido ou pelo menos era o que eu pensava.
_ O que há? _ Perguntei.
_ Eles estão aqui. _ Ela respondeu.
_ Eles quem? _ Eu olhava para os lados procurando. Meu ombro esquerdo começou a queimar, era uma queimação intensa, parecia se afundar na minha carne cada vez mais.
_ Eles! – Ela apontou para cima.
Os batimentos do meu coração diminuíram e meu corpo se recusou a me obedecer, eu queria olhar para cima, mas meu corpo não deixava.
_ Corre Angélica! – Ela gritou e em seguida começou a correr.
_ Não consigo!_ Gritei, mas minha voz saiu sem som. Sentir um vento forte se chocar contra minhas costas e ouvir um barulho estranho que parecia um bater de asas.
Meu corpo estava paralisado e a queimação se afundava cada vez mais.
_ Eu vou morrer. _ Pensei.
Um cheiro forte de enxofre tomou conta da brisa suave e fresca e uma voz rouca e aguda quebrou o silêncio.
_ Ainda não. _ A voz soou próxima ao meu ouvido.
Na mesma hora o despertador tocou e eu acordei com a sensação estranha do pesadelo, meu ombro esquerdo queimava, mas era a queimação leve de sempre.
Tomei um banho frio, fiquei um bom tempo debaixo do chuveiro massageando meu ombro que ainda queimava. A minha vida era realmente um sistema não compensatório, eu custava a dormi e quando conseguia eu tinha pesadelo.
Na faculdade o tempo passou lentamente era aula de Patologia sobre Alergia, a aula estava boa, era eu quem não estava, eu parecia um fantoche largado num canto escorada na parede com o olhar distante.
_ Angélica, qual é o outro nome dado a Alergia?
Foi com muito esforço que mirei a apostila e respondi.
_ Hipersensibilidade.
_ Isso _ ele confirmou. _ É conhecida há séculos embora continue a encerrar mistérios.
Enquanto fazíamos o exercício à sala estava quieta, dava pra se ouvir o tique-taque do relógio da parede central. Eu não sabia o porquê de eu está tão incomodada com o pesadelo, era apenas uma projeção da minha mente, uma fantasia, uma ilusão. O que importava era que eu havia dormido ou pelo menos era o que eu pensava.
2. Visitante Oculto
Minha casa ficava escondida da cidade, meu bairro, o bairro Mangabeiras era que se chamava de “parte verde”, fica aos pés da Serra do Curral. Tinha poucas casas já que a maioria das pessoas prefere morar em apartamentos no centro da cidade, onde tem acesso rápido ao mercado.
A casa da minha tia era a maior dali por isso constantemente eu tinha que tomar certos cuidados.
Assim que pisei em meu território joguei minha mochila na sala e subi para o quarto eu precisava tomar um bom banho.
A janela estava aberta, minha cama estava atrapalhada e havia pegadas de lama por toda parte. Abrir rapidamente a ultima gaveta do guarda-roupa em meio minhas peças intima havia uma caixa felpuda a qual guardava o crucifixo de prata com rubi que minha tia havia me dado era a única joia que eu tinha. Sei que a casa não era o refúgio certo pra ela, mas ninguém sabia que eu tinha. Fui olhar o resto da casa, estava tudo em ordem, nada estava fora do lugar e eu não entedia isso.
Liguei para a polícia, mas a única coisa que fizeram foi uma ocorrência, isso antes de tentarem me convencer que eu havia deixado à janela aberta, a cama não feita e que as pegadas eram minhas.
Arrumei o quarto e depois fiz uma travessa de salada de frutas e enquanto eu comia ouvia as mensagens deixadas no correio de voz. Tinha dois recados.
“Oi Angélica é a Paula, só liguei pra lembrar que amanhã tem uma palestra importante, não falte. Beijos.”
Havia realmente me esquecido da palestra, era de um médico importante. Não havia outro recado, depois do da Paula ouvir apenas uma respiração pesada, alguém querendo me pregar uma peça como se já não bastasse a visita.
Fiquei altas horas da noite vendo TV e quando fui dormir não precisei de terapia, quando dei por mim já estava dormindo de verdade.
Eu estava caminhando por uma trilha com Sara a garota nova do restaurante. Nós estávamos conversando e rindo muito, parecíamos ser ótimas amigas. A trilha era rodeada de grandes árvores de troncos grossos, de onde estávamos dava pra ver o fim dela que nos levava para o que parecia um bosque.
A casa da minha tia era a maior dali por isso constantemente eu tinha que tomar certos cuidados.
Assim que pisei em meu território joguei minha mochila na sala e subi para o quarto eu precisava tomar um bom banho.
A janela estava aberta, minha cama estava atrapalhada e havia pegadas de lama por toda parte. Abrir rapidamente a ultima gaveta do guarda-roupa em meio minhas peças intima havia uma caixa felpuda a qual guardava o crucifixo de prata com rubi que minha tia havia me dado era a única joia que eu tinha. Sei que a casa não era o refúgio certo pra ela, mas ninguém sabia que eu tinha. Fui olhar o resto da casa, estava tudo em ordem, nada estava fora do lugar e eu não entedia isso.
Liguei para a polícia, mas a única coisa que fizeram foi uma ocorrência, isso antes de tentarem me convencer que eu havia deixado à janela aberta, a cama não feita e que as pegadas eram minhas.
Arrumei o quarto e depois fiz uma travessa de salada de frutas e enquanto eu comia ouvia as mensagens deixadas no correio de voz. Tinha dois recados.
“Oi Angélica é a Paula, só liguei pra lembrar que amanhã tem uma palestra importante, não falte. Beijos.”
Havia realmente me esquecido da palestra, era de um médico importante. Não havia outro recado, depois do da Paula ouvir apenas uma respiração pesada, alguém querendo me pregar uma peça como se já não bastasse a visita.
Fiquei altas horas da noite vendo TV e quando fui dormir não precisei de terapia, quando dei por mim já estava dormindo de verdade.
Eu estava caminhando por uma trilha com Sara a garota nova do restaurante. Nós estávamos conversando e rindo muito, parecíamos ser ótimas amigas. A trilha era rodeada de grandes árvores de troncos grossos, de onde estávamos dava pra ver o fim dela que nos levava para o que parecia um bosque.
domingo, 17 de outubro de 2010
Era uma equipe grande com seis garçons e cinco garçonetes e os ajudantes do chefe de cozinha.
_ Oi Angélica. _ Me cumprimentou Bruno um dos garçons.
_ Oi Bruno.
_ Como foi com a aprendiz?
_ Nada mal.
Bruno Henrique é um cara bacana ele é cinco anos mais velho do que eu e é irmão de Daiana a garçonete que assume o meu turno. Cabelos escuros arrepiados, corpo em forma, olhos esverdeados, alto, engraçado.
_ Daiana já está chegando. _ Me avisou.
_ Tudo bem. E Jade como está?
_ Bem _ele sorriu. _ À hora está quase chegando.
Jade Brito era esposa de Bruno ela está de licença por causa da gravidez. Quinze minutos depois Daiana chegou, a vi discuti com Bruno e o vi rir, depois ela veio até mim.
_ Me desculpe Angélica, mas o trânsito estava horrível. _ Ela disse ofegante .
_ Entendo. _ Era o que eu dizia sempre depois de escutar as desculpas dela.
Isso não me incomodava e ela sabia disso, eu era a única que não tinha nada de interessante a fazer depois do trabalho e ela meio que se aproveitava disso.
Troquei de roupa e fui para a casa, o relógio marca sete horas, era apenas o começo da noite.
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_ Oi Angélica. _ Me cumprimentou Bruno um dos garçons.
_ Oi Bruno.
_ Como foi com a aprendiz?
_ Nada mal.
Bruno Henrique é um cara bacana ele é cinco anos mais velho do que eu e é irmão de Daiana a garçonete que assume o meu turno. Cabelos escuros arrepiados, corpo em forma, olhos esverdeados, alto, engraçado.
_ Daiana já está chegando. _ Me avisou.
_ Tudo bem. E Jade como está?
_ Bem _ele sorriu. _ À hora está quase chegando.
Jade Brito era esposa de Bruno ela está de licença por causa da gravidez. Quinze minutos depois Daiana chegou, a vi discuti com Bruno e o vi rir, depois ela veio até mim.
_ Me desculpe Angélica, mas o trânsito estava horrível. _ Ela disse ofegante .
_ Entendo. _ Era o que eu dizia sempre depois de escutar as desculpas dela.
Isso não me incomodava e ela sabia disso, eu era a única que não tinha nada de interessante a fazer depois do trabalho e ela meio que se aproveitava disso.
Troquei de roupa e fui para a casa, o relógio marca sete horas, era apenas o começo da noite.
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_ Meninas vocês terão muito tempo para se conhecerem, agora mãos a obra. _ Leandro chamou nossa atenção.
Já havia clientes nos esperando peguei alguns menus, bloco de notas e caneta e fui atender uma mesa das mesas. Combinamos que eu iria fazer uma demonstração e a outra mesa ela iria atender, se houvesse alguma duvida era só me chamar.
Para minha sorte Sara era uma garota esperta e empenhada, ela não precisou de mim e na primeira vez se saiu muito bem. Eu cuidava dos clientes antigos, os mais importantes enquanto ela atendia os que não faziam muita frequência.
_ Angélica, o senhor da mesa sete quer fala com você.
O senhor da mesa sete era Tales um cliente de menos frequência, mas exigente, foi meu primeiro cliente.
_ Boa tarde Angélica! _ Ele me cumprimentou assim que me aproximei.
_ Boa tarde! _ Sorrir.
_ Sabe que faço questão que me atenda. _ Protestou ele.
_ Sim, sei. Mas nem sempre estarei aqui.
_ Eu sei _ ele disse parecendo triste. _ O que me recomenda hoje?
_ Berinjelas recheadas com tiras de lombo, salada de agrião acompanhado de vinho branco e de sobremesa sorvete de maracujá.
_ Pode trazer. _ Ele sorriu satisfeito.
Entreguei o pedido pra Fernando nosso chefe de cozinha e fiquei ajudando Sara.
_ O senhor da mesa sete é cliente particular seu?
_ Na verdade acho que é o contrário. Ele foi o meu primeiro cliente e gosta de ser atendido por mim.
_ Tomara que eu tenha um desses.
_ Terá se fizer um bom trabalho.
Depois do almoço o restaurante ficou tranquilo e os outros funcionários chegaram para o próximo turno.
_ Bom, eu já vou. _ Anunciou Sara.
_ Tudo bem, te vejo amanhã.
_ Até mais.
O pessoal experiente, o pessoal mais antigo geralmente trabalhava a noite onde se tinha um movimento maior e antes que ela caísse eles chegavam e se aprontavam para assumir o turno.
Já havia clientes nos esperando peguei alguns menus, bloco de notas e caneta e fui atender uma mesa das mesas. Combinamos que eu iria fazer uma demonstração e a outra mesa ela iria atender, se houvesse alguma duvida era só me chamar.
Para minha sorte Sara era uma garota esperta e empenhada, ela não precisou de mim e na primeira vez se saiu muito bem. Eu cuidava dos clientes antigos, os mais importantes enquanto ela atendia os que não faziam muita frequência.
_ Angélica, o senhor da mesa sete quer fala com você.
O senhor da mesa sete era Tales um cliente de menos frequência, mas exigente, foi meu primeiro cliente.
_ Boa tarde Angélica! _ Ele me cumprimentou assim que me aproximei.
_ Boa tarde! _ Sorrir.
_ Sabe que faço questão que me atenda. _ Protestou ele.
_ Sim, sei. Mas nem sempre estarei aqui.
_ Eu sei _ ele disse parecendo triste. _ O que me recomenda hoje?
_ Berinjelas recheadas com tiras de lombo, salada de agrião acompanhado de vinho branco e de sobremesa sorvete de maracujá.
_ Pode trazer. _ Ele sorriu satisfeito.
Entreguei o pedido pra Fernando nosso chefe de cozinha e fiquei ajudando Sara.
_ O senhor da mesa sete é cliente particular seu?
_ Na verdade acho que é o contrário. Ele foi o meu primeiro cliente e gosta de ser atendido por mim.
_ Tomara que eu tenha um desses.
_ Terá se fizer um bom trabalho.
Depois do almoço o restaurante ficou tranquilo e os outros funcionários chegaram para o próximo turno.
_ Bom, eu já vou. _ Anunciou Sara.
_ Tudo bem, te vejo amanhã.
_ Até mais.
O pessoal experiente, o pessoal mais antigo geralmente trabalhava a noite onde se tinha um movimento maior e antes que ela caísse eles chegavam e se aprontavam para assumir o turno.
_ Boa tarde Leandro. _Sorrir.
_ Sara já chegou e está te esperando._ Ele adiantou.
Sara era a garota nova, nossa aprendiz e eu havia ficado responsável por ela. Eu estava rezando para que ela fosse uma adolescente normal ou que pelo menos fingisse, e que fosse esperta, assim eu não teria muito trabalho.
Ela estava no vestiário dos funcionários, estava vestida com uniforme do restaurante de frente para o espelho terminando de arrumar o cabelo. Ela era baixa 1,65 talvez, cabelo loiro escuro com algumas mechas de tons avermelhados já desbotando um pouco cacheado, magra, pele clara.
_ Olá!_ Cumprimentei.
_ Oi! _ Ela disse com um sorriso tímido.
_ Meu nome é Angélica Trindade e serei sua instrutora. _Estendi a mão.
_ Sara Gabriele. _ Ela disse pegando em minha mão. _ Leandro falou muito bem de você. Me vesti corretamente?
_ O uniforme está correto, mas o cabelo, você deve subir mais. Deixá-lo assim baixo a deixa com cara de velha.
Na mesma hora ela desfez o rabo de cavalo e o fez mais alto.
_ Assim está bom?
_ Bom!_ Sorri tentando parecer simpática. _ Vou me trocar e te encontro lá em cima.
_ Tudo bem. _ Ela disse saindo.
Ela parecia que não ia dá trabalho, isso era bom eu não tinha muita paciência. Vestir meu uniforme, fiz um coque, passei uma leve maquiagem e enfiei minha mochila em um dos armários.
_ Você vai trabalhar quantas horas? _ Perguntei.
_ Quatro e terei folga nos fins de semana.
_ Sorte sua. _ Deixei escapar. _ Isso aqui nos fins de semana é um caos.
Eu trabalhava apenas um fim de semana por mês, hora extra, para ajudar os outros.
_ Quantos anos você tem? _ Ela parecia ser bem novinha.
_ Dezessete e você?
_ Vinte.
_ Sara já chegou e está te esperando._ Ele adiantou.
Sara era a garota nova, nossa aprendiz e eu havia ficado responsável por ela. Eu estava rezando para que ela fosse uma adolescente normal ou que pelo menos fingisse, e que fosse esperta, assim eu não teria muito trabalho.
Ela estava no vestiário dos funcionários, estava vestida com uniforme do restaurante de frente para o espelho terminando de arrumar o cabelo. Ela era baixa 1,65 talvez, cabelo loiro escuro com algumas mechas de tons avermelhados já desbotando um pouco cacheado, magra, pele clara.
_ Olá!_ Cumprimentei.
_ Oi! _ Ela disse com um sorriso tímido.
_ Meu nome é Angélica Trindade e serei sua instrutora. _Estendi a mão.
_ Sara Gabriele. _ Ela disse pegando em minha mão. _ Leandro falou muito bem de você. Me vesti corretamente?
_ O uniforme está correto, mas o cabelo, você deve subir mais. Deixá-lo assim baixo a deixa com cara de velha.
Na mesma hora ela desfez o rabo de cavalo e o fez mais alto.
_ Assim está bom?
_ Bom!_ Sorri tentando parecer simpática. _ Vou me trocar e te encontro lá em cima.
_ Tudo bem. _ Ela disse saindo.
Ela parecia que não ia dá trabalho, isso era bom eu não tinha muita paciência. Vestir meu uniforme, fiz um coque, passei uma leve maquiagem e enfiei minha mochila em um dos armários.
_ Você vai trabalhar quantas horas? _ Perguntei.
_ Quatro e terei folga nos fins de semana.
_ Sorte sua. _ Deixei escapar. _ Isso aqui nos fins de semana é um caos.
Eu trabalhava apenas um fim de semana por mês, hora extra, para ajudar os outros.
_ Quantos anos você tem? _ Ela parecia ser bem novinha.
_ Dezessete e você?
_ Vinte.
_ E a sua?
_ Estamos em uma audiência e eu sou o advogado de defesa._ Ele disse animado.
_ Isso parece ser legal.
_ É, quando você tem argumentos.
_ Não anda tendo muitos?
_ Meu cliente tem muita culpa no cartório. _ Ele riu.
Geralmente quando nos encontrávamos não tínhamos muito o que conversar, nos comunicávamos por olhar ou por gestos simples, falar não era a nossa praia. Às vezes ficávamos calados olhando um para o outro e no fim parecia que tivéssemos tido uma longa conversa.
De volta a sala Paula foi à acidentada e eu cuidei do falso braço quebrado, Paula não era muito boa com faixas e gesso. O professor ficava vagando pela sala observando o trabalho e fazendo criticas.
_ Que tipo de acidente temos aqui? _ Ele perguntou nada animado.
_ Um braço quebrado, depois de um acidente com uma bicicleta. _ Paula disse contente.
_ Uma coisa simples. _ Ele avaliou indo para outra dupla.
Quando todos terminaram a sala parecia um Pronto-Socorro. Houve muitos cortes profundos como acidentes domésticos, muita gente enfaixada e muitos pés e braços quebrados. Depois de fazemos as anotações do exercício o professor nos liberou, da faculdade eu fui para o trabalho. No caminho passei na lavanderia e peguei meu uniforme lavado e bem passado ao rigor.
Meu uniforme era composto de uma blusa branca, colete, calça social e um par de sapatos também pretos. As garçonetes do restaurante Gômer se vestiam assim e usavam os cabelos presos em um coque ou em um rabo de cavalo sem nem um fio solto, normas da casa. O restaurante pertence a uma família de argentinos que vieram para Minas Gerais há uns quinze anos atrás, possui uma reputação invejável e é bastante procurado. Faz dois anos que trabalho lá, meu chefe Leandro Diniz é um amor de pessoa quando não se sente contrariado e quando tudo dá certo, mas na verdade ele é um terror.
Estacionei na vaga reservada para funcionários, tudo era bem separado para deixar bem claro quem eram os clientes e quem eram os empregados.
_ Boa tarde Angélica! _ Me cumprimentou Leandro sorridente. _ Pontual como sempre.
_ Estamos em uma audiência e eu sou o advogado de defesa._ Ele disse animado.
_ Isso parece ser legal.
_ É, quando você tem argumentos.
_ Não anda tendo muitos?
_ Meu cliente tem muita culpa no cartório. _ Ele riu.
Geralmente quando nos encontrávamos não tínhamos muito o que conversar, nos comunicávamos por olhar ou por gestos simples, falar não era a nossa praia. Às vezes ficávamos calados olhando um para o outro e no fim parecia que tivéssemos tido uma longa conversa.
De volta a sala Paula foi à acidentada e eu cuidei do falso braço quebrado, Paula não era muito boa com faixas e gesso. O professor ficava vagando pela sala observando o trabalho e fazendo criticas.
_ Que tipo de acidente temos aqui? _ Ele perguntou nada animado.
_ Um braço quebrado, depois de um acidente com uma bicicleta. _ Paula disse contente.
_ Uma coisa simples. _ Ele avaliou indo para outra dupla.
Quando todos terminaram a sala parecia um Pronto-Socorro. Houve muitos cortes profundos como acidentes domésticos, muita gente enfaixada e muitos pés e braços quebrados. Depois de fazemos as anotações do exercício o professor nos liberou, da faculdade eu fui para o trabalho. No caminho passei na lavanderia e peguei meu uniforme lavado e bem passado ao rigor.
Meu uniforme era composto de uma blusa branca, colete, calça social e um par de sapatos também pretos. As garçonetes do restaurante Gômer se vestiam assim e usavam os cabelos presos em um coque ou em um rabo de cavalo sem nem um fio solto, normas da casa. O restaurante pertence a uma família de argentinos que vieram para Minas Gerais há uns quinze anos atrás, possui uma reputação invejável e é bastante procurado. Faz dois anos que trabalho lá, meu chefe Leandro Diniz é um amor de pessoa quando não se sente contrariado e quando tudo dá certo, mas na verdade ele é um terror.
Estacionei na vaga reservada para funcionários, tudo era bem separado para deixar bem claro quem eram os clientes e quem eram os empregados.
_ Boa tarde Angélica! _ Me cumprimentou Leandro sorridente. _ Pontual como sempre.
_ Angélica!_ O professor chamou minha atenção. _ Chega atrasada e ainda atrapalha minha aula.
_ Desculpa.
O professor podia ser lerdo às vezes, mas em outras ele era pior que mulher com TPM.
A aula de hoje era uma revisão de ferimentos o que envolvia acidentes. Revisão quer dizer que o professor não quer dá aula, então ele usa algo para esconder isso.
_ Hoje vamos trabalhar com curativos. O lado direito ficará responsável por cuidar de ferimentos domésticos e o esquerdo ferimentos mais graves. _ Ele explicou. _ Quero que usem a imaginação, sei que alguns de vocês têm muita.
_ Qual será o nosso ferimento?_ Paula perguntou.
_ Um corte profundo perto do osso com hemorragia, uma bacia quebrada...
_ Não pode ser um simples braço quebrado?_ Ela me cortou.
_ Pode ser.
Eu não estava acostumada com coisas simples, eu sempre imaginava os pior porque um médico de verdade cuidava de coisas além do que um braço quebrado.
Passei o intervalo com Cássio um colega que fazia direito, mas não gostava de passar o momento livre discutindo leis e falando sobre a legislação. Paula assim que viu Cássio mudou totalmente e saiu dizendo que tinha que ver algumas coisas.
_ Está acontecendo algo?_ Perguntei.
_ Não. _Ele respondeu depressa.
_ Tem certeza?
_ Sim, por quê?
_ A Paula te viu e ficou estranha.
_ Até parece que não conhece a Paula, ela é estranha. _ Ele sorriu levando a mão á cabeça.
Cássio Júnior era uma das poucas pessoas que eu conversava ali. Ele era alto, magro, tinha os cabelos e os olhos castanhos claros, quieto, inteligente e cuidadoso ele fazia o segundo ano de Direito.
_ Como está à aula? _ Ele perguntou.
_ Eu e Paula estamos cuidando de um braço quebrado.
_ Desculpa.
O professor podia ser lerdo às vezes, mas em outras ele era pior que mulher com TPM.
A aula de hoje era uma revisão de ferimentos o que envolvia acidentes. Revisão quer dizer que o professor não quer dá aula, então ele usa algo para esconder isso.
_ Hoje vamos trabalhar com curativos. O lado direito ficará responsável por cuidar de ferimentos domésticos e o esquerdo ferimentos mais graves. _ Ele explicou. _ Quero que usem a imaginação, sei que alguns de vocês têm muita.
_ Qual será o nosso ferimento?_ Paula perguntou.
_ Um corte profundo perto do osso com hemorragia, uma bacia quebrada...
_ Não pode ser um simples braço quebrado?_ Ela me cortou.
_ Pode ser.
Eu não estava acostumada com coisas simples, eu sempre imaginava os pior porque um médico de verdade cuidava de coisas além do que um braço quebrado.
Passei o intervalo com Cássio um colega que fazia direito, mas não gostava de passar o momento livre discutindo leis e falando sobre a legislação. Paula assim que viu Cássio mudou totalmente e saiu dizendo que tinha que ver algumas coisas.
_ Está acontecendo algo?_ Perguntei.
_ Não. _Ele respondeu depressa.
_ Tem certeza?
_ Sim, por quê?
_ A Paula te viu e ficou estranha.
_ Até parece que não conhece a Paula, ela é estranha. _ Ele sorriu levando a mão á cabeça.
Cássio Júnior era uma das poucas pessoas que eu conversava ali. Ele era alto, magro, tinha os cabelos e os olhos castanhos claros, quieto, inteligente e cuidadoso ele fazia o segundo ano de Direito.
_ Como está à aula? _ Ele perguntou.
_ Eu e Paula estamos cuidando de um braço quebrado.
Às seis da manhã quando o despertador soou meu corpo reagiu naturalmente, com a preguiça normal de um copo normal. Arrumei a cama e tomei um banho quente o clima ainda estava um pouco frio. Vestir um jeans, uma blusa preta, uma jaqueta, joguei minha mochila nas costas e desci.
Eu não gostava muito de tomar café, mas como eu não dormia bem a noite e precisava ficar bem acordada pela manhã, cafeína era uma boa amiga para cortar qualquer rastro futuro de sono e cansaço.
A UFMG a faculdade onde eu fazia o segundo ano de Medicina não ficava muito longe da minha casa, mas era um bom caminho . Por sorte eu tinha um Prisma cor vinho é de segunda mão, mas que nunca me deixou na mão, o comprei especialmente pra isso, não dava para ficar indo e vindo para faculdade e para o trabalho de ônibus.
Assim que cheguei à faculdade a maioria dos alunos já havia entrado alguns estavam na porta perto de seus carros conversando e fumando antes de entrar. Meu professor já estava acostumado com meus atrasos, eu fazia isso de propósito se eu quisesse chegar cedo, eu chegaria.
Entrei pela segunda porta, tentando me poupar da expressão de reprova do professor, mas falhei. Ele me pegou no quinto passo.
_ Qual a desculpa de hoje Angélica?_ Ele perguntou curioso.
_Bem, houve um engarrafamento e o pneu de uma senhora furou e como eu gosto de ajudar o próximo parei para ajudá-la.
Ele me olhou surpreso e começou a rir, as minhas desculpas estavam cada dia mais criativas.
_ Vá para o seu lugar _ ele disse entre os risos.
Eu me sentava no lado esquerdo da sala, eu era companheira da Paula.
_ Tudo bem? _ Ela perguntou.
_ Até agora sim e você?
_ Maravilhosamente bem. _ Ela sorriu. Pelo jeito dela, isso significava que tinha um namorado novo.
_ Qual a desculpa de hoje?
_ Parei para ajudar o próximo. _ Sorrir.
_ Nossa que prestativa. Devia ganhar a medalha da bondade_ ela me zoou.
_ Eu também acho, mas infelizmente as pessoas não sabem reconhecer um bom exemplo.
Eu não gostava muito de tomar café, mas como eu não dormia bem a noite e precisava ficar bem acordada pela manhã, cafeína era uma boa amiga para cortar qualquer rastro futuro de sono e cansaço.
A UFMG a faculdade onde eu fazia o segundo ano de Medicina não ficava muito longe da minha casa, mas era um bom caminho . Por sorte eu tinha um Prisma cor vinho é de segunda mão, mas que nunca me deixou na mão, o comprei especialmente pra isso, não dava para ficar indo e vindo para faculdade e para o trabalho de ônibus.
Assim que cheguei à faculdade a maioria dos alunos já havia entrado alguns estavam na porta perto de seus carros conversando e fumando antes de entrar. Meu professor já estava acostumado com meus atrasos, eu fazia isso de propósito se eu quisesse chegar cedo, eu chegaria.
Entrei pela segunda porta, tentando me poupar da expressão de reprova do professor, mas falhei. Ele me pegou no quinto passo.
_ Qual a desculpa de hoje Angélica?_ Ele perguntou curioso.
_Bem, houve um engarrafamento e o pneu de uma senhora furou e como eu gosto de ajudar o próximo parei para ajudá-la.
Ele me olhou surpreso e começou a rir, as minhas desculpas estavam cada dia mais criativas.
_ Vá para o seu lugar _ ele disse entre os risos.
Eu me sentava no lado esquerdo da sala, eu era companheira da Paula.
_ Tudo bem? _ Ela perguntou.
_ Até agora sim e você?
_ Maravilhosamente bem. _ Ela sorriu. Pelo jeito dela, isso significava que tinha um namorado novo.
_ Qual a desculpa de hoje?
_ Parei para ajudar o próximo. _ Sorrir.
_ Nossa que prestativa. Devia ganhar a medalha da bondade_ ela me zoou.
_ Eu também acho, mas infelizmente as pessoas não sabem reconhecer um bom exemplo.
Quando o filme terminou eram três e meia da manhã e eu estava na mesma, sem qualquer rastro de sono.
Desliguei a TV e voltei para o quarto, algo macio passou rápido por cima dos meus pés, era minha gata Lira que se assustou quando abrir a porta. Tia Danna havia me dado Lira na ultima vez que esteve aqui no ano passado. Ela disse que Lira ia me ajudar a ficar menos sozinha, mas creio que ela errou de presente.
Lira assim como eu gostava de ser independente e só me procurava quando queria comida ou carinho, vivia passeando e respeitava meu espaço, devia ser por isso que nos dávamos tão bem.
A chuva tinha dado uma moderada e agora caia fraca e fina. Da janela do meu quarto dava pra ver a rua e a casa do vizinho, olhando um pouco mais longe entre os galhos da mangueira do jardim que ficava ao lado da janela do meu quarto eu vi uma pessoa com o que parecia ser uma capa de chuva e estava de cabeça baixa. Abrir um pouco a janela, uma brisa fria queimou a ponta de meu nariz, apertei os olhos tentando ter uma visão melhor, talvez eu conhecesse.
A pessoa olhou na minha direção, não pude ver seu rosto, estava escuro e o capuz tampava sua face. Imediatamente fechei a janela, um arrepio percorreu minha espinha, voltei para a cama era melhor eu tentar dormir, eu já estava vendo coisas.
Meu ombro esquerdo começou a queimar, no lugar onde se situava minha marca de nascença, era uma queimação suportável. Às vezes isso acontecia, ela queimava como fogo, não sei por que, mas até que eu havia me acostumado era uma das minhas coisas estranhas.
Eu precisava dormir e eu tinha pouco tempo para isso, eu tinha duas alternativas, ficar olhando pro teto até acontecer o milagre do sono, ou dá a volta no meu corpo. Vi isso um dia num programa de TV e em algumas vezes deu certo.
Enfiei a mão debaixo do travesseiro e fechei os olhos, tudo que eu tinha que fazer era desligar minha mente do corpo assim ele estaria descansando enquanto minha mente estaria acordada em certo ponto.
Eu tinha consciência de tudo ao meu redor. Do som abafado do despertador ao barulho que os galhos da árvore faziam ao balançar e assim meu corpo dormiu. Era uma coisa estranha, me sentia dormindo, mas eu sabia que estava acordada.
Desliguei a TV e voltei para o quarto, algo macio passou rápido por cima dos meus pés, era minha gata Lira que se assustou quando abrir a porta. Tia Danna havia me dado Lira na ultima vez que esteve aqui no ano passado. Ela disse que Lira ia me ajudar a ficar menos sozinha, mas creio que ela errou de presente.
Lira assim como eu gostava de ser independente e só me procurava quando queria comida ou carinho, vivia passeando e respeitava meu espaço, devia ser por isso que nos dávamos tão bem.
A chuva tinha dado uma moderada e agora caia fraca e fina. Da janela do meu quarto dava pra ver a rua e a casa do vizinho, olhando um pouco mais longe entre os galhos da mangueira do jardim que ficava ao lado da janela do meu quarto eu vi uma pessoa com o que parecia ser uma capa de chuva e estava de cabeça baixa. Abrir um pouco a janela, uma brisa fria queimou a ponta de meu nariz, apertei os olhos tentando ter uma visão melhor, talvez eu conhecesse.
A pessoa olhou na minha direção, não pude ver seu rosto, estava escuro e o capuz tampava sua face. Imediatamente fechei a janela, um arrepio percorreu minha espinha, voltei para a cama era melhor eu tentar dormir, eu já estava vendo coisas.
Meu ombro esquerdo começou a queimar, no lugar onde se situava minha marca de nascença, era uma queimação suportável. Às vezes isso acontecia, ela queimava como fogo, não sei por que, mas até que eu havia me acostumado era uma das minhas coisas estranhas.
Eu precisava dormir e eu tinha pouco tempo para isso, eu tinha duas alternativas, ficar olhando pro teto até acontecer o milagre do sono, ou dá a volta no meu corpo. Vi isso um dia num programa de TV e em algumas vezes deu certo.
Enfiei a mão debaixo do travesseiro e fechei os olhos, tudo que eu tinha que fazer era desligar minha mente do corpo assim ele estaria descansando enquanto minha mente estaria acordada em certo ponto.
Eu tinha consciência de tudo ao meu redor. Do som abafado do despertador ao barulho que os galhos da árvore faziam ao balançar e assim meu corpo dormiu. Era uma coisa estranha, me sentia dormindo, mas eu sabia que estava acordada.
1 . Insonia
No escuro da noite eu rolava na cama.
Eu tenho um sério problema de insônia que nem os medicamentos resolvem. O médico disse para eu fazer varias coisas durante o dia para que no fim eu estivesse exausta e dormisse, como se eu não fizesse, mas por alguma razão isso não funcionava. Eu queria tomar um “sossega leão”, quem sabe dava algum resultado, mas o médico achava isso demais e que podia me derrubar de vez.
Lá fora caia uma chuva pesada, o barulho que ela fazia ao tocar o telhado era alto, mas agradável, quando tocava o chão era calmo e relaxante, mas mesmo assim eu não conseguia dormi. O despertador marcava duas da manhã, eu estava louca que desse seis horas que é a hora que eu me arrumo para a faculdade e trabalho.
Levantei e fui para a cozinha beber um pouco de água, por causa da chuva forte a luz estava fraca e iluminava pouco. A cozinha era exagerada no tamanho, tia Danna realmente era exagerada em tudo, se a casa fosse minha ela seria um cubículo, não sei para quê uma coisa grande que só é usada algumas vezes, já que tanto ela quanto eu não gostamos de cozinhar.
Desde que meu pai morreu passei a viver com Danna, já que minha mãe deu a vida por mim.
Quando meu pai morreu eu tinha oito anos, foi em um acidente de trânsito em São Paulo e desde então passei a viver com ela. Ela foi como uma mãe pra mim, cuidou de mim com dedicação e carinho, foi muito presente, isso até os meus dezessete anos. Quando chegou ao auge de sua carreira de cirugiã-plastica ela foi convidada á trabalhar na Romênia, no começo ela recusou a ideia, mas depois de muita conversa ela aceitou. Só a vejo uma vez por ano no mês de Julho quando ela tem férias e vem para o Brasil me visitar.
Arrumei um emprego no restaurante mais prestigiado da cidade onde já trabalho a algum tempo, dispensando a mesada que ela depositava, ficando dependente apenas da casa que ela insiste que eu cuide enquanto ela estiver fora. Mas nos sabemos que ela não vai mais voltar.
Tomei um pouco de água e fui para a sala ver TV, devia ter algo passando, algo que fosse para as pessoas como eu que fossem a insônia em pessoa.
No canal doze ia começar um filme, no canal cinco passava um seriado chato de espiãs, no canal sete passava uma central de vendas de coisas para academia, o canal quatro estava fora do ar. Decidir ver o filme parecia ser menos chato.
Eu tenho um sério problema de insônia que nem os medicamentos resolvem. O médico disse para eu fazer varias coisas durante o dia para que no fim eu estivesse exausta e dormisse, como se eu não fizesse, mas por alguma razão isso não funcionava. Eu queria tomar um “sossega leão”, quem sabe dava algum resultado, mas o médico achava isso demais e que podia me derrubar de vez.
Lá fora caia uma chuva pesada, o barulho que ela fazia ao tocar o telhado era alto, mas agradável, quando tocava o chão era calmo e relaxante, mas mesmo assim eu não conseguia dormi. O despertador marcava duas da manhã, eu estava louca que desse seis horas que é a hora que eu me arrumo para a faculdade e trabalho.
Levantei e fui para a cozinha beber um pouco de água, por causa da chuva forte a luz estava fraca e iluminava pouco. A cozinha era exagerada no tamanho, tia Danna realmente era exagerada em tudo, se a casa fosse minha ela seria um cubículo, não sei para quê uma coisa grande que só é usada algumas vezes, já que tanto ela quanto eu não gostamos de cozinhar.
Desde que meu pai morreu passei a viver com Danna, já que minha mãe deu a vida por mim.
Quando meu pai morreu eu tinha oito anos, foi em um acidente de trânsito em São Paulo e desde então passei a viver com ela. Ela foi como uma mãe pra mim, cuidou de mim com dedicação e carinho, foi muito presente, isso até os meus dezessete anos. Quando chegou ao auge de sua carreira de cirugiã-plastica ela foi convidada á trabalhar na Romênia, no começo ela recusou a ideia, mas depois de muita conversa ela aceitou. Só a vejo uma vez por ano no mês de Julho quando ela tem férias e vem para o Brasil me visitar.
Arrumei um emprego no restaurante mais prestigiado da cidade onde já trabalho a algum tempo, dispensando a mesada que ela depositava, ficando dependente apenas da casa que ela insiste que eu cuide enquanto ela estiver fora. Mas nos sabemos que ela não vai mais voltar.
Tomei um pouco de água e fui para a sala ver TV, devia ter algo passando, algo que fosse para as pessoas como eu que fossem a insônia em pessoa.
No canal doze ia começar um filme, no canal cinco passava um seriado chato de espiãs, no canal sete passava uma central de vendas de coisas para academia, o canal quatro estava fora do ar. Decidir ver o filme parecia ser menos chato.
Prólogo
A vida é uma caixinha de surpresas.
Enquanto nós nos preocupamos com vida em outros planetas mal sabemos das que existem no nosso.
Lugares nunca vistos, criaturas apenas imagináveis, seres diferentes.
Nunca pensei em sai da minha caixinha de vidro, do meu mundinho monótono, mas tudo aconteceu de repente e não tive escolha. Minha caixa de vidro foi quebrada e eu fui tomada pela minha verdadeira realidade.
Enquanto nós nos preocupamos com vida em outros planetas mal sabemos das que existem no nosso.
Lugares nunca vistos, criaturas apenas imagináveis, seres diferentes.
Nunca pensei em sai da minha caixinha de vidro, do meu mundinho monótono, mas tudo aconteceu de repente e não tive escolha. Minha caixa de vidro foi quebrada e eu fui tomada pela minha verdadeira realidade.
Anjo de fogo
Há séculos atrás uma raça maligna se libertou do submundo com a ajuda dos Decadentes, seus adoradores, buscando formar um exercito.
Essa raça nomeada Principados, mas conhecida popularmente como Demônios, destruiu cidades e vidas acabando com a luz do segundo lado do mundo, dando inicio a era da escuridão.
Seis seres celestiais foram mandados para destruir os demônios e fazer a luz voltar a reinar, mas todos fracassaram.
Um sétimo foi mandado (Zafiriel), o ultimo da linhagem pura. Ele foi atrás de todos os demônios, os exterminando e os fazendo voltar para o submundo.
Forte e ágil ele massacrou todos sem piedade ou misericórdia, mas foi tarde de mais, as trevas já haviam consumido tudo.
Sua missão estava cumprida, mesmo com as trevas ali ele teria que voltar, sabia que um ser de luz não podia ficar entre os mortais. Para ficar ali teria que ser um deles, ele teria que assumir a forma humana. Ter um coração pulsando, ser orgânico, ter fome, ser sujeitos aos pecados, viver e depois morrer.
Ele desistiu de suas asas assumindo a forma humana (uma mulher) aprisionando seu espírito. Como um ser diferente ele possuía o dom de purificar maus espíritos, foi marcado pelos dois mundos invisíveis aos olhos humanos.
Com a ajuda de mortais puros espiritualmente ele conseguiu fazer a luz reinar outra vez.
Depois de ter seu trabalho cumprido ele pereceu. Seus restos foram queimados e as cinzas elevadas ao céu, ficou conhecido como o Anjo de fogo.
Essa raça nomeada Principados, mas conhecida popularmente como Demônios, destruiu cidades e vidas acabando com a luz do segundo lado do mundo, dando inicio a era da escuridão.
Seis seres celestiais foram mandados para destruir os demônios e fazer a luz voltar a reinar, mas todos fracassaram.
Um sétimo foi mandado (Zafiriel), o ultimo da linhagem pura. Ele foi atrás de todos os demônios, os exterminando e os fazendo voltar para o submundo.
Forte e ágil ele massacrou todos sem piedade ou misericórdia, mas foi tarde de mais, as trevas já haviam consumido tudo.
Sua missão estava cumprida, mesmo com as trevas ali ele teria que voltar, sabia que um ser de luz não podia ficar entre os mortais. Para ficar ali teria que ser um deles, ele teria que assumir a forma humana. Ter um coração pulsando, ser orgânico, ter fome, ser sujeitos aos pecados, viver e depois morrer.
Ele desistiu de suas asas assumindo a forma humana (uma mulher) aprisionando seu espírito. Como um ser diferente ele possuía o dom de purificar maus espíritos, foi marcado pelos dois mundos invisíveis aos olhos humanos.
Com a ajuda de mortais puros espiritualmente ele conseguiu fazer a luz reinar outra vez.
Depois de ter seu trabalho cumprido ele pereceu. Seus restos foram queimados e as cinzas elevadas ao céu, ficou conhecido como o Anjo de fogo.
Aviso!!!
Antes de qualquer coisa devo esclarecer que essa história não é religiosa é pura ficção. Então não fique com medo de ler ou me jogue pedras depois. É um romance simples de terror e suspense que envolve "anjos", como qualquer filme por ai visto. É composto de cinco volumes e esse é o primeiro. Sou uma autora iniciante e está historia ainda não passou por um revisão reforçada(então desconsidere os erros por favor! :).
Qualquer contanto comigo pelo msn e orkut--> elianeliih@hotmail.com
Agradeço desde já pela sua atenção e boa leitura.
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Agradeço desde já pela sua atenção e boa leitura.
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